OS MOCHILEIROS
Clerisvaldo B.
Chagas, 18 de junho de 2016
Com mochila às costas, a rapaziada descobriu que vale
à pena correr trecho por esse mundão de Deus. Caso olhemos para o Brasil,
iremos encontrar paisagens e mais paisagens rurais que reúnem grande parte dos
cenários do mundo. O mochileiro parte cedo com seus equipamentos e, na base de
informações, curte lugares deslumbrantes entre montanhas, chapadas, desertos,
pântanos e vales incríveis.
Alguns mochileiros participam somente de caminhadas,
outros praticam alguns tipos de esportes chamados radicais. Além de respirar o
ar puro dos campos, encher-se de conhecimentos, conhecer de perto o seu país, o
mochileiro presta um serviço sem igual à sociedade, particularmente, aos
pesquisadores. Se nós não tivéssemos colocado a mochila às costas, Santana do
Ipanema não teria ganhado seu grande documento: “Ipanema, um Rio Macho”.
Em nossas caminhadas estudando e fotografando para o livro
“Repensando a Geografia de Alagoas”, vimos o belo e fantástico em todas as
regiões do estado. Contudo, estamos sempre a precisar de detalhes que escapam.
É aí onde entra o mochileiro que fotografa, publica e informa inclusive a
altura de montes com seus aparelhos GPS. Talvez o mochileiro mesmo nem saiba da
grande contribuição com o Brasil ao divulgar recantos naturais. Além disso,
alguns anotam todo o trajeto de suas andanças, o que permite ao pesquisador
alinhavar a sua incessante procura e conferir seus dados.
A facilidade da comunicação instantânea, hoje em dia,
permite o acompanhamento das trilhas junto aos aventureiros. O cordão útil e
relevante vai aumentando e tomando gosto em todas as regiões. Afinal só se ama
o que se conhece.
Da nossa parte, obrigado aos mochileiros pela
simbiose. Até o pico do próximo azul de montanha.
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