O ALERTA VEM DO CAMPO
Clerisvaldo B. Chagas,9 de junho de 2016
Em nosso trabalho “Repensando a Geografia de Alagoas”,
vamos encontrando situações tanto como surpresas agradáveis, quanto
desastrosas, principalmente no campo. Mas, dentro do assunto Geografia, um
texto simples nos chamou atenção e passamos a reproduzi-lo. Tem o título: ‘O
Vale do São Francisco e a Irrigação’.
“Em regiões como a do rio São Francisco ─ um dos poucos rios perenes do semiárido ─ construíram-se canais de irrigação para desenvolver
uma agricultura moderna. As lavouras do vale do São Francisco produzem,
anualmente, muitas frutas e legumes. As videiras (...) dão frutos o ano todo.
Técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária ─
Embrapa ─ afirmam que se se cuidasse do solo, o vale do rio São Francisco,
poderia ser tão desenvolvido como o estado da Califórnia nos Estados Unidos,
uma região de características semelhantes.
Tudo depende de como serão
resolvidos os problemas causados pela agricultura moderna no São Francisco. A
situação do solo e da água piorou na região a partir de 1985, quando o governo
incentivou a irrigação.
Irrigação não e chuva
artificial. É uma técnica de produção de alimentos muito delicada. Exige conhecimento
e especialização. Do contrário, ela pode salinizar os solos, um processo que se
torna ainda mais intenso por causa da evaporação da água provocada pelo calor.
A irrigação tem que ser
acompanhada de drenagem do excesso d’água. Da mesma forma tem que se estabelecer
as verdadeiras necessidades de água de cada cultura e aplicar tantos milímetros
quanto forem necessários. Especialmente nos climas semiáridos quando a irrigação
é insuficiente e a evapotranspiração é maior há risco de salinização, se os
solos contiverem altos teores de sais solúveis (do tipo carbonato, normalmente)”.
·
Atos do meio ambiente do Brasil, Brasília. Terra Viva/Embrapa,1996,
p. 85.
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