LAGOS,
LAGUNAS, LAGOAS
Clerisvaldo
B. Chagas, 19 de agosto de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.754
Quando
as águas se acumulam numa depressão, a grosso modo chamamos o local de lago.
Caso o volume d’água não seja tão grande, damos o nome de lagoa. E se
esta depressão com água tiver alguma comunicação com o mar, leva o nome de laguna.
Na verdade, tudo é lago com seus apelidos, conforme suas características. Os
dois lagos de Maceió, por exemplo, chamados lagoas Mundaú e Manguaba,
nos seus vulgos são lagunas. Valendo-me de Elian Alabi Lucci, os lagos
quanto à origem, podem ser: residuais, de erosão, de depressão, tectônicos,
vulcânicos, de barragens e mistos. Os cursos d’água que se comunicam com os
lagos são chamados afluentes e, os que ajudam no escoamento das suas
águas de emissários.
Lagos
residuais – provenientes de antigos mares bem extensos que regrediram.
Exemplos: Cáspio e Aral.
Lagos
de erosão - formados em antigas depressões, em geral pouco profundas,
resultando do trabalho da erosão fluvial. São comuns na bacia do São Francisco,
no Nordeste ou então escavados pelas geleiras como os da Finlândia. Descrevemos
todos eles, do São Francisco, em nosso estado no livro “Repensando a Geografia
de Alagoas” (inédito).
Lagos
de depressão – que resultaram do acúmulo das águas pluviais e fluviais
em depressões fechadas; exemplo Tchad, na Ásia.
Lagos vulcânicos – formados pela
acumulação de água em antigas crateras de vulcões, como o Crater Lake, nos
Estados Unidos.
Lagos
de barragens – formados por restingas ou cordões litorâneos que dão
origem a lagunas, cujos exemplos são os principais lagos brasileiros. (Mundaú,
Manguaba – Maceió)
Lagos
mistos – Que possuem diversas origens, como, por exemplo, os
provenientes de ação erosiva de geleiras, sobre zonas fraturadas da Terra como
é o caso dos Grande Lagos da América do Norte e alguns lagos suíços.
Esperamos
que o amigo ou amiga tenha gostado. Pena não vermos mais a matéria Geografia de
Alagoas, em nossos currículos escolares. Só regressão.
LAGUNA
MUNDAÚ EM TEMPO DE CHEIA (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO: REPENSANDO A GEOGRAFIA DE
ALAGOAS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário