PALMEIRA
DOS ÍNDIOS E A PIPOCA BONI
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de setembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.962
No
velho costume de olhar a origem de produtos industrializados, fiquei surpreso e
feliz ao consultar um simples saquinho de pipoca. Aquele tipo de pipoca que nós chamamos por
aqui de “pipoca de isopor”. Rótulo hermeticamente fechado, desenhos de
palmeiras e crianças indígenas, já sai na frente na estampa. Gostosinhas,
semelhantes às de Gravatá, Pernambuco, mas sem aquele sal em excesso no
exterior do produto. Gostei bastante, embora questione o apenas 15 gramas para
mastigação. Mas o que matou a pau foi um produto simples ser industrializado na
zona rural, gerando emprego, renda e perspectivas de futuros com outros
derivados do milho. Portanto, a “Pipoca Boni”, vem da comunidade Bonifácio que
eu muito gostaria de conhecer. Um exemplo a ser seguido por cidades que, como a
nossa, não possui sequer uma fábrica de picolé.
Assim
a cidade vai gerando trabalho na zona rural que poderá pegar gosto e chegar a
surpreender desenvolvendo o agronegócio, fixando o homem no campo e estimulando
a juventude local ao estudo superior de áreas afins como a agronomia,
zootecnia, engenharia florestal e mesmo outras profissões na área da computação
para desenvolver todos os tipos de indústria, notadamente as ligadas a terra. É
certo que uma fábrica de pipoca é aparentemente simples, mas mexe muito com a
cadeia do milho e até que poderá atrair outras fábricas para o seu entorno. E
se os primeiros passos são firmes, imaginemos as grandes passadas do futuro.
Mesmo
com uma cidade muito forte e próxima como Arapiraca, que leva para lá grande
parte de indústrias que surgem em Alagoas, o Bonifácio não se intimidou com a
concorrência geográfica e lançou seu produto no mercado, só não sabemos a
quanto tempo. É motivo de orgulho sim, qualquer que seja a indústria implantada
em nossa região. Estamos felizes com as informações do rótulo da “Pipoca Boni”.
A “Cooperativa de Trabalho dos Produtores do Bonifácio LTDA”, estão de parabéns
pela iniciativa, pela qualidade do produto, pelo destaque de Palmeira dos
índios e pela exposição da zona Rural da “Terra da Pinha”. Cidade que não tem
iniciativa, fica chupando o dedo e roxa de inveja.
A
propósito, o povoado Bonifácio fica nos sopés de montanhas que levam até à
cidade de Quebrangulo. Região belíssima, por sinal.
Viva
o milho de Palmeira dos Índios!
EMBALAGEM
DA PIPOCA BONI (FOTO: B. CHAGAS).
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