O PONTO DO I
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2023.
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.965
Não
dá mais para entender o clima, pois o tempo no Sertão deu um nó na cabeça de
todo mundo. Além de um inverno longo com tempo frio, nublado, chuvas serenadas
e poucas, chega-se a uma semana do fim, mais esquisita ainda. Após alguns dias
de sol, volta o tempo nublado frio e serenos esporádicos. O que é isso! Coisa
nunca vista por aqui. E vamos apenas aguardando o desenrolar das mudanças no
mundo dos climas, das tragédias, da geopolítica e da indiferença das mudanças
espirituais do Planeta. Mais festas e festas acontecem e se assemelham aos
tempos bíblicos de Noé. Enquanto a barca era construída, não faltava aviso do
que viria, mas as celebrações a tudo aconteciam até o dia do dilúvio. A nova
estação está à porta, mas será mesmo que haverá nova estação?
Não
se pode perder o celebrar da vida, mas também não se deve fechar os olhos aos
acontecimentos globais. Em nosso estado, estamos na iminência de uma seca
verde, muito embora a armazenagem de água tenha sido boa no Sertão e Agreste. E
sem nada definido, carros-pipa parados lubrificam a vontade de trabalho. Com
preocupação de uns e indiferença de outros, prossegue a rotina sertaneja com
festas, sem festas, com frio ou sem frio. Entregar totalmente o tempo às mãos
da Natureza, parece ser a solução para a mentalidade do menor esforço e a
frase: “Faz que te ajudarei” caminha para o brejo. Recorrer a quem? Não é
melhor socar a cabeça no chão, como Avestruz, até que venha aurora nova?
Não
dá mais para contemplar o comportamento de alguns animais e alguns vegetais da
flora nativa. A mudança climática é geral, atinge as áreas do Clima, Relevo,
Hidrografia, ... E que tudo vai fazendo um efeito dominó sobre todas as outras,
inclusive na psicologia. Estamos vivendo sim o fim dos tempos, mas com a
chegada de uma nova era. Talvez as coisas estejam acontecendo cem por cento
diferente de tudo que já foi imaginado, mas que está acontecendo, está. E o que
fazer? Sem querer imitar Igrejas e crenças, pode-se afirmar uma palavra-chave:
“Vigiai”.
Mas
agora em que o tempo parece estranho, frio, escuro e incerto, que tal um café
pequeno e uma prece ao Senhor dos Mundos?!
TEMPO
EM SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).
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