quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AGRADECIMENTOS AINDA QUE TARDIOS

AGRADECIMENTOS AINDA QUE TARDIOS

(Clerisvaldo B. Chagas. 14.9.2009)

Meus caros amigos leitores, ainda tenho muito que aprender nos truques intermináveis do computador. Portanto isso é um formal pedido de desculpas aos que com tanta boa vontade, enviaram mensagens para o meu Blog, alguns desde 2008. Mas assim que comecei a entender essa parte do brinquedo, tratei imediatamente de responder. Não quis enviar meus agradecimentos por outros meios e preferi a crônica direta. Ninguém mais ficará sem resposta, prometo.

Clóvis – da cidade de Franca, a gigante dos calçados, mais de um ano sem lhe responder, amigo. Não lhe posso falar muito agora, pois não sei da sua atual trajetória pelo Brasil. Tínhamos muito que conversar. Espero que você tenha alcançado todos os objetivos nas suas sonhadas viagens. Felicidades e abraços;

Carlos Malta – meu ex-aluno, também sua mensagem está aqui há mais de um ano. Que coisa! Faz tempo, Carlos, que não publico nenhum livro. Nada tenho mais em casa. Eles estão em diversas bibliotecas públicas do país, nos sebos e em mãos de particulares. Estou com cinco livros inéditos para publicar... Deus é pai, não é padrasto. Aguardemos. Deus ilumine seus caminhos, amigo e ex-aluno.

Lourival Paraibano – meu cunhado e velho militante do PT, companheiro de Lula e candidato a vereador na baixada santista. Obrigado pela suas palavras de eterno otimismo, professor. Você é uma pessoa carismática e da preferência do Alto. Ah se toda a humanidade tivesse o seu coração! Abraço forte.

Sérgio Campos – Tão perto e tão longe, hem Sérgio! Graças pelas suas belas palavras. O reconhecimento — que você colocou entre parentes — nunca me abandonou. Sem fanatismo, foi o Sagrado Coração quem me deu o dom da escrita, escrevo para Ele, para agradar a Ele. Quando o Uirapuru, o maior dos cantores da floresta, elogiou o meu trinado, por que devo preocupar-me com pensamentos de anum? Ah, meu amigo Sérgio Campos, se eles (os do reconhecimento), conhecessem apenas um milímetro da doutrina Kardecista! Estou às ordens. Quanto ao link, fique à vontade, é um prazer. Meus agradecimentos.

Fernando Campos – Lembro bem, meu amigo, éramos três. Eu, você e o saudoso José Lima, que partiu tragicamente. Nossas reuniões constantes na esquina do Hotel Central, em Santana do Ipanema, esquina essa a qual dei o nome de “esquina do pecado”. Ali falávamos de tudo sobre Santana e sobre todos os grandes acontecimentos do mundo. As mulheres que passavam por ali para a missa da Matriz de Senhora Santa Ana, já estavam constrangidas. Até mesmo um delegado andou ameaçando acabar com a esquina cultural. Tínhamos entre 15 e 17 anos. Hoje vivemos em latitudes diferentes, escrevendo o que se quer. Depois falaremos sobre os nossos conteúdos. Obrigado pela lembrança e pela atenção. O Blog continua dos amigos. E eu quero muito mais amigos ainda.

Andréia – Cara poetisa vampira. Obrigado pela generosidade das suas palavras. Sobre Tarde Fria, é uma das minhas crônicas prediletas. Sujeito formidável e peculiar é pena você não o ter conhecido. Gostava muito de cantar a música “Tarde Fria”, se não me engano, de Caubi Peixoto. Estou querendo alguém que tenha essa letra para me presentear. Enche muito meu coração de melancolia. Beijos e abraços.

DAUDET BANDEIRA – Muito me honrou, surpreendeu e emocionou o meu coração, a sua mensagem. Você é um dos príncipes dos poetas nordestinos. Repentista, compositor, cancioneiro, elegante e nobre. Faz parte dos monstros sagrados irmãos Bandeiras, do Juazeiro do Norte. Tenho na mente de mais de 20 anos atrás, o lirismo da sua verve:

“Águas de bonitas cores

Com seus profundos rumores

Me digam de onde é que vem...”

Abraços, à família, a Geraldo Amâncio e a Vanildo Vila Nova. Puxa como foi bom saber notícia suas!

Em breve estarei respondendo a Fábio Campos.

Novo endereço de blog: http://clerisvaldobchagas.blogspot.com


Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2009/10/agradecimentos-ainda-que-tardios.html

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A FILA DO FEIJÂO

A FILA DO FEIJÃO
(Clerisvaldo B. Chagas. 13.10.2009)

Fazia bastante tempo que Santana do Ipanema não demonstrava manifestações sobre o nosso feijão de cada dia. Nenhum site da cidade registrou a fila enorme de caminhões carregados de feijão que tomou conta da BR-316, trecho: entroncamento urbano Maracanã—armazém da CIDAL. Estão ali ainda, durante dias, aguardando a vez do armazenamento. Antes, víamos naquelas imediações, somente filas e mais filas de caminhões pipas vindos de todas as cidades do sertão. Com o ano de chuvas bem distribuídas de 2009, ora chovendo, hora fazendo sol, foi permitido ao sertanejo arrancar da terra uma ótima safra de feijão, prato da culinária brasileira. É pena mesmo não se vê uma única foto em qualquer meio de comunicação santanense, mostrando a beleza da fartura sertaneja. De qualquer modo, sentimos alegria em relembrar os velhos tempos em que éramos campeões na produção desse alimento básico. A fila que se prolonga, os carros que passam horas aguardando a vez do desembarque, em nada atrapalham o movimento normal do trânsito no Bairro Camoxinga. Também não embaraçam os que se deslocam para outras cidades do sertão como Poço das Trincheiras, Maravilha, Ouro Branco, Canapi ou mesmo Mata Grande. Isso faz lembrar os áureos tempos da “Festa do Feijão”, comemorada em nosso município, quando atingimos dimensão nacional.
Dizem os nutricionistas que a melhor refeição ainda é o feijão com arroz, salada e bife. Ainda bem, para nós pouco importa o motivo, estamos novamente a contemplar a movimentação do progresso agrícola pelas ruas da cidade. E se a nossa vizinha, Senador Rui Palmeira, resolveu reviver a Festa do Feijão — à semelhança de Santana — parabéns para ela. Senador Rui Palmeira, a antiga Riacho Grande, sempre foi a grande fornecedora de feijão para Santana do Ipanema e para o Brasil inteiro. Mesmo situada no alto sertão, suas terras são apropriadas para o plantio. No passado, o município de Rui Palmeira chegou a rivalizar com Santana e vivia, durante as safras, abarrotadas de carretas do país inteiro em busca do feijão. A feira passou a igualar-se a de Santana do Ipanema e, o comércio de cereais da “Rainha do Sertão”, faltou pouco para perder a liderança do ramo.
Além do simples movimento do produto e dos inúmeros eventos, as atrações dos festejos, contribuem com enorme quantidade de visitantes, que alem de abrilhantarem a festa, vão semeando o real pela cidade inteira. O sertão tem que mostrar que não estar morto. Se as fileiras de caminhões tivessem tido o acompanhamento da mídia local, por certo novamente Santana seria lembrada nacionalmente como aconteceu com o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo. Enquanto isso o Bairro Camoxinga, desmembrado em São José, vai recebendo as cargas desses profissionais do volante que às vezes cochilam na fila enquanto aguardam a vez de penetrarem no enorme armazém da CIDAL. E nós que passamos por ali todos os dias, vamos abençoando com o fundo dos nossos mais nobres sentimentos a grande FILA DO FEIJÃO.



Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2009/10/fila-do-feijao.html