GLADIADORES DO MUNDO Clerisvaldo B. Chagas, 28 de setembro de 2011 Temos absoluta certeza de que o amigo sabe o que significa a palavra ...

GLADIADORES DO MUNDO

GLADIADORES DO MUNDO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de setembro de 2011

Temos absoluta certeza de que o amigo sabe o que significa a palavra gladiador. Os filmes sobre Roma antiga têm mostrado as ações desses homens fortes e corajosos que divertiam plateias romanas em lutas magistrais. Os primeiros combates de gladiadores podem ter sido criados pelos etruscos. Quando essa moda chegou a Roma, foi registrada pelo historiador latino Tito Lívio, como tendo sido em 264, a.C., o primeiro combate. Os pesquisadores descobriram que, inicialmente, as lutas tinham caráter funerário, religioso e privado, dá para acreditar? Dizem ainda que em torno de 100 a.C., os combates tornaram-se espetáculos públicos e grandes anfiteatros começaram a ser construídos. Entre essas arenas, a maior de todas teria sido o Anfiteatro Flávio, construído em Roma em d.C. Os estudiosos descobriram vestígios de anfiteatros, não somente em Roma, mas também em toda Itália e até nas províncias romanas, como encontramos hoje construções de estádios para o futebol. Fazia parte da cultura urbana daquele povo essa modalidade de luta.
          E se você estiver se perguntando por que o nome gladiador, é que o homem que combatia usava uma espada curta que tinha o nome de “gládio” (gladius, no latim), daí o termo “gladiador”. Ser gladiador era um estilo de vida assim como um lutador de boxe dos tempos modernos. O negócio é que os filmes mostram apenas gladiadores prisioneiros de guerra, criminosos condenados à morte, ou outros marginais obrigados a lutar entre si ou com animais como leões, ursos, leopardos, lobos, hipopótamos, tigres, rinocerontes e até camelos. Aconteciam as lutas nessas arenas populares, completamente lotadas. Talvez, então, o gladiador mais famoso para nós, tenha sido Espártaco, depois que o cinema apresentou muito bem a sua história. Houve uma revolta desses lutadores que escolheram três líderes, sendo Espártaco o mais importante deles. Tudo isso no ano 73 a.C., registrado nos  escritos do grego Plutarco. O combate de gladiadores passou a ser proibido por decisão do imperador Teodósio ao se converter ao Cristianismo.
         No Brasil, temos o futebol, o boxe, a capoeira, a luta-livre, modalidades que foram ganhando espaço em todo território nacional. Mas a luta maior, perversa, violenta, abominável, é a que travamos contra a monstruosidade da corrupção, presente sem penas no desmonte dos hospitais, das estradas, das escolas e de todas as obras públicas. Uma luta doida ajudada pela imprensa, polícia federal e a banda mais limpa da Justiça, num martelar constante entre choros, gritos, gemidos e ranger de dentes, num clamor desesperado aos céus. População brasileira! Mártir e heroína constante dos abutres de uma república viciada. Eis aí a flâmula verdadeira de quem é: da camada mais sofrida desse país que são os verdadeiros e contemporâneos GLADIADORES DO MUNDO.

DENÚNCIA AO MUNDO              Clerisvaldo B. Chagas, 27 de setembro de 2011   A mostra dos trabalhos nas minas de Potosí faz-nos lembrar ...

DENÚNCIA AO MUNDO

DENÚNCIA AO MUNDO
             Clerisvaldo B. Chagas, 27 de setembro de 2011

  A mostra dos trabalhos nas minas de Potosí faz-nos lembrar dos tempos da escravidão brutal ao povo andino no domínio espanhol. Os homens trabalhavam nas minas infernais, chicoteados e famintos. Emagrecendo e adoecendo, terminavam em farrapos, até serem jogados para morrerem a céu aberto, fora das minas. Um dos infernos do mundo funcionava nos túneis da Cordilheira dos Andes.
             Hoje, para o açoite assassino, a televisão mostra regime desumano conduzido pelos próprios irmãos de países vizinhos. O trabalho nas minas é terrível, quando a partir de cinco anos, os pulmões já estão comprometidos, devido ao pó constante e as condições de insalubridade. A média de vida dos novos escravos nacionalistas fica entre trinta e cinco e quarenta e cinco anos de idade. As mulheres sabem muito bem que àquela miséria fazem-nas duas vezes viúvas: de marido vivo e de marido morto precocemente. Elas não têm como fugir daquele ambiente horrível, vendo a desdita estender-se aos seus filhos e choram fundo por dentro e por fora.  A luta mineira muito dura, comendo pó de pedras dia e noite, sem um olhar salvador das autoridades, é apenas por um punhado de prata que garanta a refeição do dia. É uma vergonha mundial o que foi denunciado nas minas de Potosí, que deve ter sua réplica em  vários outros lúgubres lugares do mundo. E como se diz aqui no Nordeste, é de cortar coração! Até a repórter não resistiu e veio às lágrimas.
             Hoje, como antes, na sociedade mineradora havia grande número de homens livres que se dedicavam ao comércio ambulante de pequeno porte, aos ofícios artesanais e ao transporte. Essas pessoas, porém, não conseguiram enriquecer com a mineração nem obter prestígio social.
             Assim na economia açucareira, a exploração das minas esteve baseada no trabalho escravo apesar de grande quantidade de homens livres.
            Mesmo com algum tipo de progresso no perfil de alguns países latinos, infelizmente ainda existe essa “burca” que aprisiona a alma dos mineiros do Sul e de outras partes do mundo. Isso não deveria estar acontecendo; e o globo inteiro tem que reagir a essa ignomínia, ora denunciada por este autor. Ali se vive os primórdios da humanidade. Muito pior dos que os chamados homens das cavernas. Todos precisam saber dessa DENÚNCIA AO MUNDO.