segunda-feira, 9 de abril de 2012

AS COISAS VÃO ACONTECENDO

AS COISAS VÃO ACONTECENDO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de abril de 2012.
Nº 752

           Depois de uma Semana Santa sem grandes novidades, vamos sendo surpreendidos por alguns acontecimentos que surpreendem. E surpreendem porque estamos acostumados a essas enxurradas de notícias péssimas que extasiam a muitos vendedores de informações. A redução dos juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal causou um grande impacto na clientela das casas de crédito do país inteiro. Aquele velho sonho de décadas, para que o Brasil um dia chegasse ao patamar de juros de países ricos, vai se delineado como realidade tipo “me belisque para eu ter certeza de que estou acordado”. Outra redução brusca foi a do telefone fixo, de tal maneira que houve um espanto se não eram trotes que saiam dos fios pretos. Agora mais um anúncio de redução de taxas, anexado quase ao grito de que “a carne baixou”. Olhando para a parte externa, a própria cachaça vai sendo reconhecida como produto exclusivo do Brasil, assim como o rum, o charuto, o uísque, a tequila, uma vitória nacional que deve ser comemorada com suas exportações em cerca de 17 milhões. A Embraer firma parceria com a Boeing, a Embrapa vira internacional e Brasil passa a ser parceiro em igualdade de condições com o país mais poderoso da terra. Dessa maneira, parece que o Judas enforcou-se mesmo por aqui.
          A estratégia que vem sendo utilizada há certo tempo pelo nosso país, diversificando suas exportações por todos os continentes e formando uma nova situação geopolítica Sul-Sul (que parecia impossível) deu certo. Daí formou-se os BRICs, sigla que foi ganhando terreno no espaço mundial. Os Estados Unidos viam o Brasil se afastando e crescendo, aglutinando forças internacionais com outros gigantes como Índia, China e Rússia. E a história mostra que nenhuma nação é poderosa sozinha por séculos e séculos. Portanto a aproximação entre Dilma e Obama, nas circunstâncias atuais, traz uma imensa vantagem para as nações respectivas. Os Estados Unidos precisam mais do que nunca do Brasil quanto o Brasil dos Estados Unidos. Diferente do passado quando essa parceria proposta pela ALCA seria apenas a do explorador e do explorado.
          O futuro já chegou. É a vez e a hora de melhor condição de vida para o povo brasileiro, pois, de cabeça erguida perante os grandes, temos andado sem receios. E a ideia de mandar cerca de cem mil jovens estudarem e pesquisarem em outros países parece ter despertado de vez a consciência de que Educação, Conhecimento, Ciência e Tecnologia, são essenciais para atingirmos o mais rápido possível a posição que almejamos no mundo. Dezenas e dezenas de décadas rebocando sonhos. Finalmente chegou o milagre: AS COISAS VÃO ACONTECENDO.

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domingo, 8 de abril de 2012

JESUS VIROU BEBÃO

JESUS VIROU BEBÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2012.

           A infelicidade do ator Tiago Klimeck, em Itararé, São Paulo, foi mais uma das coisas estranhas que se contam a respeito das encenações da Paixão do Cristo. Muitos falam de episódios sobrenaturais sobre o espetáculo que também é assistido por um bom número de espíritos misturados aos encarnados. Falam também da própria intervenção divina em certas partes comoventes que mexem em profundidade com a vida particular de atores que imitam o Cristo. Assim como descrevem coisas comoventes, surgem também as partes divertidas maquinadas pelos encarnados mesmo. No caso do ator Tiago, ele se enforcou de verdade em confundir determinadas cordas. Como fazia parte do espetáculo, o ator ficou desacordado e ninguém percebeu, pois estava escrito na cena. Descoberto o acidente, Klimeck foi levado ainda com vida para o hospital, porém, em estado grave.
          Na banda hilariante, falam que certa feita, numa encenação da Paixão do Cristo, o ator principal adoeceu, justamente no dia da estreia. Um viciado em álcool, que amava o teatro e assistia aos ensaios todos os dias, vendo o aperreio da trupe, ofereceu-se para fazer o papel de Jesus. Sem alternativa, o homem foi aceito. O teatro estava lotado e comovido com o desempenho do “filho de Deus” que dava um espetáculo interpretativo. Na hora da crucificação, porém, o pseud.(o) ator sentiu a necessidade fremente do álcool. Um camarada mais experiente que fazia o papel de soldado romano, vendo o aperreio do crucificado, passava álcool em um algodão quando ele pedia água. Mas o pouco de álcool, não dava nem para molhar os lábios de “Jesus”, apenas estimulava mais ainda o viciado. O ator estava louco para beber, diante de uma plateia religiosa que vinha às lágrimas. Não podendo mais se controlar diante do figurino, o ator improvisado não resistiu ao cheiro do álcool no algodão, mais uma vez para acalmá-lo, e levantando a cabeça no mais veemente protesto possível, gritou para os companheiros: “Eu quero é cachaça, rebanho de peste!”. Onde diabo já se viu um Cristo pedindo cachaça! Foi gente espanar para tudo quanto é canto num apavoramento triste! Acabou-se o espetáculo.
          Minutos depois o “Jesus” arrependido foi encontrado acalmando os nervos no lotado boteco da esquina. Literalmente o “filho de Deus” acabava de trocar a vida eterna por uma dose da branquinha. No outro dia, a parede do teatro amanheceu pichada: “JESUS VIROU BEBÃO”. 









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