quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DINHEIRO NA RUA



DINHEIRO NA RUA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2012.
Crônica Nº 864
(Fonte: FNBCTU/AP Photo).
Quando qualquer pessoa está em situação difícil, pensa muitas coisas, dias e noites. Uma delas é achar um belo pacote de dinheiro na rua. Um pacote de dinheiro deixado por alguém, de preferência um rico. A verba pode estar no metrô, no banco traseiro do táxi ou mesmo em algum lugarzinho, encontrado por causa de uma topada. Não importa o lugar. A esperança de um milagre deixa os olhos atentos ao chão e uma fé que perambula pela cabeça. Ninguém duvida que os milagres existem. Se não acontecem com um, acontecem com outros. Existem também os casos das provações, em que a pessoa honesta encontra dinheiro e devolve ao dono ou às autoridades. Nesses casos, devido aos desonestos, o humilde é mostrado até em rede nacional como coisa rara, uma pessoa decente. E assim vamos vendo que o comum vira raridade e, a raridade vira o comum. Como andará a honestidade no mundo? Será que já foi feita alguma pesquisa nesse sentido? Achar dinheiro por aí é mesmo milagre ou é questão do acaso? O povo tem razão em dizer que “dinheiro não fala”, mesmo assim o danado ainda é achado, no jardim, no muro, no mato, na lixeira...
Cena inusitada aconteceu em um banco de Santa Clarita, Califórnia, Estados Unidos, segundo noticiário. Após o assalto, os bandidos, em automóvel, foram perseguidos pela polícia. Até aí nada demais se não entra a diversão no meio da violência. Tentando obstruir a perseguição policial com aglomerados de pessoas, os marginais resolveram jogar dinheiro vivo pelas ruas. Até certo ponto a estratégia bandoleira estava dando certo, pois os transeuntes, primeiramente atarantados, partiram para caçar e embolsar as cédulas. O leitor imagina as “verdinhas” voando e a ansiedade dos lisos em frenesi. Houve de fato aglomerações de pessoas, mas o automóvel dos fugitivos ficou bloqueado pelo trânsito. Assim ficou fácil para a polícia capturar, pelo menos três deles, nessa fuga inusitada. O montante do roubo não foi informado e pelo menos um dos elementos conseguiu fugir. Interessante também, foi que a população aproximava-se do carro da polícia e fazia gestos de apoio para os bandidos, tem jeito! O fim da festa popular foi quando a polícia ameaçou identificar os catadores do dinheiro espalhado, com processos em pegar dinheiro roubado.
Pelo visto, não é só no Brasil que o povo gosta de “grana”, até porque a crise na terra de Barack não é de brincadeira. Que desapotamento, ser processado porque encontrou DINHEIRO NA RUA!

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A FORÇA DO POVO



A FORÇA DO POVO
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de setembro de 2012.
Crônica Nº 863

Não tem jeito! Nessa época qualquer conversa em rodas de amigos sempre termina em política. Muitas opiniões são divergentes, mas outras bem que se mostram ao agrado de todos. Quase sempre ninguém está satisfeito com o gestor em exercício. A cultura da malícia vem de muito tempo, por isso a nobre arte da política não obedece à ética e nem aos princípios morais dela mesma e das condições humanas e religiosas. O poder corrompe e a ambição estica-se como borracha, pela falta de base sólida familiar e pela ausência quase sempre dos rigores da lei. Colocou-se na cabeça que qualquer problema mais sério, um bom advogado e um juiz venal resolvem. Montado na punição zero, o gestor parece galopar como um imperador na planície do embuste. Quando a pressão popular agiu em muitos casos, ainda conseguiu pegar muitos desses cavaleiros de cabrestos curtos, com as ideias tradicionais dos sem castigos. E mesmo surpreendidos pela “ficha limpa”, visitadores de cadeias, fregueses da polícia federal e conhecedores de processos, mesmo barrados, continuam desesperadamente tentando beber a água inalcançável.
O aperreio em ser desmamado ou a sua possibilidade, está levando quase à loucura muitos ditadores das capitais e das cidades do interior. Pressionados pela banda sadia da Justiça ou pelas reviravoltas dos eleitores, vários modernos coronéis estão com os nervos em pandarecos. Tem o que  traz jogador famoso para pedir voto; o que apela para o último grau da Justiça; o que empurra os filhos em chapas de cidades diferentes; o que chora em carreata com o governador, pelos interiores, e, até mesmo o que falsifica fazendo montagem com pedidos de Lula. São coisas ridículas, tipos palhaçadas, que vão fazendo com que o eleitor moderno divirta-se como nunca diante das cenas bizarras dos palhaços novos. Famosos do riso, como Tiririca, por exemplo, vai perdendo feio nesse recente picadeiro dos aloprados. Ninguém sabe aonde isso tudo vai desaguar, mas o certo é que está sendo iniciada uma reação jurídica e popular, cuja tendência é ser ampliada e amadurecida. O passado e o presente corrupto parecem estar sendo triturados aos poucos. Caso haja uma rasteira nos salários e nas mordomias deles, estaremos muito perto da vitória.
Ninguém duvide, pois, da transição pela qual estamos passando. Não é possível somente grandeza para o diabo. E se Nossa Senhora Aparecida é padroeira dessa terra, com certeza a vitória virá mais hoje, mais amanhã. Muitos asilos de loucos se abrirão para os viciados. Será A FORÇA DO POVO.
*(Estamos também no blog do mendesemendes quando o assunto é cangaço e, todos os dias úteis no blog do sednemmendes. Recomendamos).

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