quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ÁGUA VERDADEIRA



ÁGUA VERDADEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de setembro de 2012.
Crônica Nº 868
RIO TIETÊ. (foto: Wikipédia).

São Paulo está perto de vencer uma guerra. Pelos menos é o que nós, brasileiros, esperamos. Algumas batalhas foram vitoriosas na revitalização do rio que sofre seríssimos problemas de esgotos domésticos e de fábricas da Grande São Paulo. Quando o governo paulista diz que em até 2013 o Tietê não terá mau cheiro, poderá ser uma afirmação verdadeira.  O exemplo do rio Tâmisa é uma realidade a ser seguida. E se os ingleses podem, podemos nós. O velho questionamento em deixar o ruim acontecer e depois remediar não é coisa somente do Brasil. O caso é que os ricos podiam consertar, nós não. Agora não existe alternativa senão remendar as machadadas que demos no mundo.
Tietê significa em tupi: “água verdadeira”. A grande via de penetração dos desbravadores tornou-se símbolo histórico de São Paulo. Hoje, poluído ou não, representa um acidente geográfico de primeiro plano. Quase todas as cidades brasileiras possuem o seu particular e querido Tietê. O trabalho que avança naquele estado, por etapas, irá estimular a limpeza ambiental no restante do país e na América Latina. Cada córrego, cada riacho, cada fio d’água representa a imensa dádiva e bondade do Senhor. A humanidade parece evoluir através de fases. Estamos agora no período de reconstrução do planeta, embora os defeitos do homem, muitas vezes confabulem ao contrário. Cuidar da Terra passou a ser ato obrigatório que tem início no simples varrer a casa e limpar o terreiro.
A despoluição do rio Tâmisa não aconteceu repentinamente. E uma coisa boa foi o aprendizado de inúmeros profissionais de áreas diferentes pelo bem do coletivo. Não só o aprendizado profissional, mas também a luz do que pode a solidariedade. Em São Paulo o projeto continua, mesmo recebendo críticas daqui, dali, dacolá. O importante é que a meta seja atingida com o reconhecimento da capacidade brasileira em superar gigantescos desafios. A onda de conscientização ecológica que teve início tão magrinha, tão sumida, hoje virou febre para o bem. Sabiamente os pensantes levaram os problemas para as escolas do planeta, onde vai surgir uma geração forte, consciente e atuante em defesa do seu lugar no Universo. Enquanto isso vamos examinando em nossas localidades como poderemos ajudar em projetos como o da ÁGUA VERDADEIRA.

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ESPÍRITO DE CAIM



ESPÍRITO DE CAIM
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2012.
Crônica Nº867
Muitas vezes ficamos a meditar o que acontece com o homem ou se é a transformação do próprio homem quando assume o poder. Os candidatos a prefeito ou a governador, esses que ficam mais perto de nós, prometem tudo, como é conhecida a velha tecla, que nem responde mais. Educação e Saúde têm sido a plataforma e engodo dos que pretendem chegar ao trono. E quando o tal candidato chega lá, não se considera um gestor do povo, mas sim, o patrão do povo, como se o estado ou o município fossem as suas sesmarias particulares. Fala-se tanto em Educação, mas na hora anual do reajuste, defende o montante como se fosse seu, negando o que antes pregara com tanta veemência. A falta de dinheiro nunca foi uma notícia razoável, pois ninguém viu faltar dinheiro a governo. O gestor público, então, age da mesma maneira que agia quando era particularmente o patrão de alguém. Um pagador na marra. Podendo pagar a dois empregados com a mesma quantia, não paga essa quantia a um só. Obrigado a pagar direitos, faz tudo para “capar” alguma coisa do seu fiel auxiliar. Isso é próprio de certos indivíduos, inclusive já nos deparamos na prática com um deles.
É com esse espírito de Caim que esse patrão, rico e ordinário, “mão de vaca” em benefício próprio e não em benefício do povo, administra a prefeitura ou o estado, fazendo penar os seus funcionários públicos, em estilo egípcio dos faraós. Conhecemos certo governador que pregava pela imprensa nordestina a situação de progresso financeiro do estado de Alagoas, mas no tempo do reajuste negava aumento alegando falta de verba. Os cofres do estado estão abarrotados, atualmente, porém, uma tabela de reajuste para a Educação entra numa luta de escravos contra patrões. O grandão ainda alega que nem tem dinheiro para pagar aos aposentados pela nova tabela. E a lei ainda não chegou para esses infames, Tio Patinhas que não se conforma em juntar e juntar ao mesmo tempo em que massacra. Assim era quando agia particularmente, assim continua sendo, porque o povo diz que “pau que nasce torto, morre torto”. Temos que lutar por uma lei em que o mau gestor não passe de um ano no poder. Enquanto essa lei não chega, funcionário público vive de greve em greve para tentar garantir o pão à mesa. Inclusive, seis governadores já foram declarados inimigos da Educação.
Bem diz quem sabe que quando o homem de bem não entra em política, o cabra safado toma conta. O peste marcado pelo satanás, o ESPÍRITO DE CAIM.

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