ESPÍRITO
DE CAIM
Clerisvaldo B.
Chagas, 19 de setembro de 2012.
Crônica Nº867
Muitas vezes ficamos a meditar o que acontece com o
homem ou se é a transformação do próprio homem quando assume o poder. Os
candidatos a prefeito ou a governador, esses que ficam mais perto de nós,
prometem tudo, como é conhecida a velha tecla, que nem responde mais. Educação
e Saúde têm sido a plataforma e engodo dos que pretendem chegar ao trono. E
quando o tal candidato chega lá, não se considera um gestor do povo, mas sim, o
patrão do povo, como se o estado ou o município fossem as suas sesmarias particulares.
Fala-se tanto em Educação, mas na hora anual do reajuste, defende o montante
como se fosse seu, negando o que antes pregara com tanta veemência. A falta de
dinheiro nunca foi uma notícia razoável, pois ninguém viu faltar dinheiro a
governo. O gestor público, então, age da mesma maneira que agia quando era
particularmente o patrão de alguém. Um pagador na marra. Podendo pagar a dois
empregados com a mesma quantia, não paga essa quantia a um só. Obrigado a pagar
direitos, faz tudo para “capar” alguma coisa do seu fiel auxiliar. Isso é
próprio de certos indivíduos, inclusive já nos deparamos na prática com um
deles.
É com esse espírito de Caim que esse patrão, rico e ordinário,
“mão de vaca” em benefício próprio e não em benefício do povo, administra a
prefeitura ou o estado, fazendo penar os seus funcionários públicos, em estilo
egípcio dos faraós. Conhecemos certo governador que pregava pela imprensa nordestina
a situação de progresso financeiro do estado de Alagoas, mas no tempo do
reajuste negava aumento alegando falta de verba. Os cofres do estado estão
abarrotados, atualmente, porém, uma tabela de reajuste para a Educação entra
numa luta de escravos contra patrões. O grandão ainda alega que nem tem
dinheiro para pagar aos aposentados pela nova tabela. E a lei ainda não chegou
para esses infames, Tio Patinhas que não se conforma em juntar e juntar ao
mesmo tempo em que massacra. Assim era quando agia particularmente, assim
continua sendo, porque o povo diz que “pau
que nasce torto, morre torto”. Temos que lutar por uma lei em que o mau
gestor não passe de um ano no poder. Enquanto essa lei não chega, funcionário
público vive de greve em greve para tentar garantir o pão à mesa. Inclusive,
seis governadores já foram declarados inimigos da Educação.
Bem diz quem sabe que quando o homem de bem não entra em
política, o cabra safado toma conta. O peste marcado pelo satanás, o ESPÍRITO
DE CAIM.
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