sexta-feira, 28 de setembro de 2012

FESTA DO POVO


FESTA DO POVO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de setembro de 2012.
Crônica Nº 874

Vamos chegando à reta final das eleições. Os candidatos intensificam desesperadamente seus atos, dobrando o som para estourar ouvidos. Vai ficando cada vez mais difícil disciplinar as atitudes dos postulantes que partem para o excesso. Logo nas primeiras horas permitidas por lei, o som já está nas ruas não importa a quantidade de decibéis. As pesquisas que são feitas não são publicadas oficialmente, em muitos casos, levando a dedução de que quem as faz pertence à situação. Não sendo divulgada, também se supõe que aquele candidato esta no mínimo, na terceira colocação. O aperreio vai chegando para quem anda a reboque. Inúmeros veículos são solicitados a pessoas de municípios mais distantes para impressionar o eleitor em carreatas. Uns inventam vaquejadas como atrações de comícios, outros recorrem à cavalhada, cavalgada, mala preta, quebrando a cabeça com as invenções atrativas ante a Justiça mais vigilante com manobras radicais. Quando o eleitor fica mais calado é sinal de que os da situação não andam bem. Algumas alas perdidas desistem em favor de outros candidatos e a expectativa cresce em cada estado brasileiro.
No desenrolar da campanha, em Alagoas, sai à notícia da falência de uma das maiores fortunas do estado, a do usineiro João Lira. Todos os sites noticiam o fato. Como o homem também enveredara pelos caminhos da política, pessoalmente e em apoio a inúmeros candidatos, em eleições passadas, não deixa de causar certa agitação estadual. Cai a atuação política e vem o receio de desemprego no império Lira. Em São Paulo, a eleitora beija na boca de José Serra e passa a ser notícia nacional com direito à foto e tudo. Pesquisas sérias são divulgadas e antigos imbatíveis seguem na traseira. Dizem que é a festa da democracia agitando cabeças e bolsos dos participantes. Alguns comícios movimentam-se à base da aguardente defronte aos palanques, enquanto os candidatos gesticulam contra ela. Nas casas e nas ruas, as pessoas tapam os ouvidos com os desfiles das zoadas eleitorais intensas. Mesários são convocados. Uns vão satisfeitos pela oportunidade em servir, outros vão xingando “puxados” pelas orelhas. O mês vai terminando, mostrando a primavera para os da frente e o inverno para os de trás.
Estamos perto do fim da agitação democrática, chata ou não chata, mas necessária ao processo que melhora a base da civilização. Muitas novidades ainda vão chegando por aí. Eleição, FESTA DO POVO.

Link para essa postagem
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2012/09/festa-do-povo.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário