domingo, 2 de setembro de 2012

ALERTA NORDESTE!


ALERTA NORDESTE!
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de agosto de 2012.
Crônica Nº 855

O DESERTO AVANÇA. (Fonte: Google).
Não deixa de ser alarmante o grito dos estudiosos a respeito da desertificação em território brasileiro. O deserto vai se delineando, pouca importa ficar jogando a culpa nas mudanças climáticas ou nas ações diretas do homem. Temos importantes técnicos no assunto e confiança em um trabalho profícuo voltado para o problema. E se o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) ─ órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia ─ fala em 15% de desertificação, é coisa grave, muito grave. Segundo o INSA, o caso chega a atingir 1.488 municípios localizados no Nordeste (nove estados) norte de Minas Gerais e Espírito Santo. O semiárido já é uma região bastante castigada pelas estiagens prolongadas. O desmatamento sem piedade da região deixa o solo exposto e, os berros isolados de socorro não são de hoje. O próprio sacerdote, Cícero Romão Batista, já alertava aos agricultores sobre o perigo do desmatamento e formulava vários conselhos sobre a terra. Remediar agora o mal que se alastrou é muito mais difícil, se bem que deve existir solução para esse desastre tão feroz.
Diante desse problema que necessita estudos de vários profissionais de áreas diferentes como geógrafos, agrônomos, geólogos e outros, revelou-se interessante a técnica utilizada pela pequena agricultora paraibana Angineide de Macedo, de 42 anos. Após acompanhar a degradação das suas terras, Angineide resolveu plantar o nim indiano. O nim tem crescimento rápido e vai aos oito metros de altura. Ora, com esse processo simples, adquirido pela agricultora através de uma organização não governamental, o quadro em sua propriedade foi revertido. Angineide ainda salvou suas plantações de ervas medicinais, ganhou sombras à vontade e local de brincadeiras para crianças. O nim protege suas plantações do sol abrasador e dos ventos, deixando a paraibana feliz com o que conseguiu. “De acordo com o coordenador da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), Naidison Batista, a conscientização dos agricultores sobre o manejo adequado da terra somada à difusão de tecnologias adaptadas ao Semiárido são elementos fundamentais para combater o processo de desertificação no país”. Ele defende o uso de técnicas agroecológicas no combate e prevenção.
A questão da terra não pertence somente ao agricultor. A terra é mãe e o fim de todos. Interessa a toda criatura de bom senso, cliente inevitável dos seus frutos.  ALERTA NORDESTE!

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