quinta-feira, 11 de outubro de 2012

DEMOCRACIA



DEMOCRACIA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de outubro de 2012.
Crônica Nº 883

Juiz e rádio destacam-se em S. do Ipanema - AL.
As eleições deste ano devem ter sido parecidas em todas as cidades do interior nordestino. Não falamos do caso da votação em si, na movimentação dos eleitores, nas urnas eletrônicas, no nervosismo dos candidatos. Mas era praxe ficarmos desconfiados entre autoridades independentes e os poderosos que detinham o poder local. Começa os conchavos porque todo ser humano tem suas fraquezas e o fator dinheiro não deixa de tentar homens e mulheres que ocupam posições de gabarito. É costume sair comentários desairosos a essas autoridades, comprovadas após o pleito, mas que o cidadão comum só tem o direito de falar sob cochichos. Atos desabonadores vão sendo revelados, provocando desprezo e nojo por atitudes de traição ao povo. Dizem que o dinheiro não compra tudo, mas compra muita coisa, inclusive a quem nunca deveria ser comprada. Dizem também que não há nada que o tempo não revele, deixando adiante os segredos combinados no escuro. Entretanto, é muito bom quando a festa eleitoral ocorre dentro da confiança geral de eleitores e candidatos.
Como falamos acima, uma cidade do interior do Nordeste mostra a aparência de outras tantas. Este ano, dois destaques aconteceram em Santana do Ipanema, sertão de Alagoas. O trabalho digno, suado, decente do juiz Dr. Durval e sua equipe que caíram em campo com muita garra por uma eleição a mais limpa possível. Pela primeira vez, observamos eleitores e candidatos satisfeitos com a atuação exemplar de um magistrado. Ao final do pleito, o povo estava eufórico com a bela atuação do Dr. Durval que concedeu entrevista a potente Rádio Milênio que cobre amplamente os municípios do sertão. Durante suas entrevistas a população telefonava para a rádio mostrando a gratidão pelo trabalho dignificante do doutor. Por outro lado, não poderíamos também deixar de registrar o belíssimo espetáculo que deu a Rádio Milênio. Logo cedo do dia 7, já estava no ar fazendo a cobertura da eleição para prefeitos e vereadores. O dia todo chegavam notícias dos seus repórteres, mantendo a população bem informada. Minutos após o término da votação, a rádio já iniciava a cobertura completa da contagem de votos. Está de parabéns, portanto, toda a equipe da Milênio. Dois belos trabalhos, da Justiça e dos comunicadores.
Aguardamos novos espetáculos para as próximas eleições, nesse aperfeiçoamento constante da DEMOCRACIA.

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

LONGE UNS DOS OUTROS



LONGE UNS DO OUTROS
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de outubro de 2012.
Crônica Nº 882

A fonte da sabedoria. Foto (Wikipédia).
Meu pai era um homem simples, temente a Deus e sábio na ciência da vida. Vivia a aconselhar constantemente como seus filhos deveriam se comportar na sociedade. Esse poço de sabedoria, esse homem de bem, ainda me faz falta mesmo na idade em que nos chamam de sexagenários. Manoel Chagas era um homem prático e tinha nos ensinamentos religiosos sua fonte perene do saber. Possuía o privilégio dos sonhos proféticos em que nos dizia e ficava aguardando os acontecimentos. Para as dificuldades da vida, sempre tinha uma palavra amiga, um conforto profundo e ditados bíblicos que indicavam a saída. Certa feita, quando falávamos em administradores de municípios, quase sempre péssimos e escandalosos, ele dizia que “administrador é como cavalo bom, mora longe um do outro”. As observações através do tempo vão comprovando o que ele nos falava. O homem não costuma olhar para o coletivo, carrega em si um desejo secreto de se apoderar do alheio, de egoísmo sem fim. Esquece ou ignora que o que Deus lhe deu foi para compartilhar, para ajudar o próximo, o necessitado. Mérito nenhum tem o que só ajuda à própria família, pois assim a onça, o leão e outros bichos fazem a mesma coisa.
O homem, antes de ser administrador de uma coletividade, deveria ser humano, olhar para os outros mortais com olhos diferentes dos predadores. Muitas vezes até, as máquinas, as estradas, o asfalto, a ponte, a praça, valem muito mais para o administrador cego, que não enxerga o sofrimento da fome, da pobreza, da miséria dos seus munícipes. É preciso ter sido criado nos preceitos de Deus, nos ensinamentos de Jesus, a quem deve servir de modelo para os seus atos de tanta importância. A sensibilidade do administrador da coisa pública deve navegar sempre na compreensão e no amor ao bem. Muitos foram os que depositaram sua confiança no novo gestor. Cabe ao pastor à sabedoria de guiar o seu rebanho, sem descriminar, sem perseguir, clamando sempre ao Senhor dos Mundos para iluminar suas decisões. Tudo que uma pessoa individualmente ou não, possui, foi dada por Deus. Ele tanto aumenta quanto tira do que esquece os seus ensinamentos.
Para essa nova safra de prefeitos e vereadores do Brasil, vamos desejando, primeiramente, a todos eles, a sabedoria para guiar o seu povo. Sem ela, vinda dos céus, tudo estará perdido. Vamos ver se estreita mais os bons administradores que estão LONGE UNS DOS OUTROS.


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