sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O MUSEU DA CACHAÇA



O MUSEU DA CACHAÇA
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de outubro de 2012.
Crônica Nº 889

Senhor Mário e o Museu. Foto (Divulgação).
Quem gosta de tomar umazinha, tem um lugar danado de bom, para isso! Trata-se do Museu da Cachaça, situado no Km 205, na Rodovia Comendador Pedro Monteleone, no município de Catanduva, região do noroeste paulista. O citado museu fica dentro do Engenho Santo Mário, onde são produzidos trinta mil litros de bebida ano. O oásis de quem gosta, funciona das segundas as sextas, das 8h às 18h e nos finais de semana, das 8h às 12h. Para quem ainda não descobriu esse local, é bom saber que ele funciona há 29 anos e é visitado por milhares de pessoas todos os meses. O museu possui sete mil garrafas de cachaça, com 3.812 marcas da “branquinha”. O museu vem da realização do imigrante filho de italiano, Mário Seghese. Mário faleceu, mas o filho Sérgio Seghese, toma conta do patrimônio. Portanto, se o amigo gosta desse tema exótico e curioso, é só fazer uma visita ao local, pois ali se vende a bebida e ainda se dispõe de quiosques para descanso. (Não é bom beber e dirigir em seguida).
Se fôssemos somente falar de bebidas e fatos correlatos, um livro seria pouco. Mas o museu me faz lembrar o farmacêutico Moreninho, de Santana do Ipanema, AL. Convidado que foi por um matuto a quem havia feito um benefício, Moreninho foi bater no sítio do homem. Já era noite quando o matuto se prontificou dizendo que pedisse o que quisesse que ali havia de tudo. O farmacêutico, chegado a um bom uísque, havia levado o seu litro e testou o matuto pedindo água de coco. O homem desapareceu na escuridão e de repente surgiu trazendo logo um cacho completo do fruto. Moreninho vibrou mais do que corda de viola. Convidou o homem para um drinque e uma loa. O agricultor não se fez de rogado. Moreninho, então, citou uma quadrinha decorada:

“A cachaça é moça branca
Filha do pardo trigueiro
Quem bebe muita cachaça
Não pode juntar dinheiro”.

E virou o copo de uísque. O matuto antes de beber sua cachacinha, falou:

A cachaça é moça branca
Filha dos seiscentos diabo
Tu que sobe pra cabeça, peste,
Por que não desce pra o rabo!.

Moreninho abriu-se numa gargalhada gostosa, dizendo: “Eita matuto f’i da peste!”.
Aos amigos que irão visitar o museu, todo cuidado em saber se a pinga sobe ou desce. Temos quase certeza que esses dois últimos personagens teriam gostado muito de conhecer O MUSEU DA CACHAÇA.





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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O CANAL DO SERTÃO



O CANAL DO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de outubro de 2012.
CRÔNICA Nº 888

Canal do Sertão. Foto: (Sertão24horas)
O Canal do Sertão, maior obra de infraestrutura de Alagoas e uma das maiores obras hídricas do Nordeste, vai caminhando, caminhando, caminhando... O projeto é que o canal que se inicia no município de Delmiro Gouveia, extremo oeste do estado, Alto Sertão, chegue ao Agreste, em Arapiraca. Sua extensão será de 250 quilômetros, quando serão beneficiadas mais de um milhão de pessoas ao longo de 42 municípios. A água será tratada, melhorando assim a qualidade de vida da população, desenvolvendo a economia regional, evitando o êxodo rural.
A tão comentada obra acha-se dividida em trechos. Dos 250 quilômetros, o governo já concluiu 45 e os trabalhos estão adiantados até o Km 64,7. Os recursos estão garantidos para o início da terceira etapa, até o Km 77,8, cujas obras já começaram. Os trechos quatro e cinco, até o Km 150, já estão licitados e contratados.  
A água que virá para os 65 km iniciais será usada para o consumo humano e animal. O canal se integrará ao Sistema Coletivo do Alto Sertão, abastecendo oito cidades: Água Branca, Delmiro Gouveia, Canapi, Inhapi, Mata Grande, Olho d’Água do Casado, Pariconha e Piranhas mais 94 núcleos urbanos.
Com a chegada de recursos do Ministério da Integração, a ordem foi dada para a eletrificação que colocará água no canal, nos primeiros dois trechos concluídos, isto é, nos 65 quilômetros. Nesse caso serão beneficiados imediatamente: Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca.
Durante muito tempo, o Canal do Sertão foi motivo de campanhas políticas ao governo do estado.  Entra governo e sai governo e o canal caminha a passos de jabuti. Entretanto, o importante é que as obras continuam, inclusive com recursos garantidos. Nesse aspecto não se pode negar o interesse do atual governador pela obra, considerada a redenção sertaneja. Mas a metade do canal ainda está longe e ele não será concluído na atual gestão. Com água nos primeiros 65 quilômetros, os investimentos poderão começar a aparecer para uma terra por tanto tempo esquecida. Devagar ou apressado, todos querem O CANAL DO SERTÃO.


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