quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

AS PRAGAS DO SARDINHA



AS PRAGAS DO SARDINHA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 929

Mitra de Bispo. (Fonte: Wikipédia).
Quem é do estado não deixa de se sentir orgulhoso com duas pesquisas divulgadas há pouco. Maceió foi considerada a mais bela capital litorânea do país; a rede hoteleira de Alagoas foi apontada como a melhor do Brasil. Por outro lado, a Braskem passa a ser o maior complexo cloro químico da América Latina. São anunciadas cerca de setenta novas indústrias trazidas e implantadas no estado. A evidência da maior obra hídrica do PAC, em andamento contínuo e fiscalizada pelo governo federal, é uma realidade partindo para a metade do percurso. O anúncio novela da instalação de dois estaleiros e a declaração de que a Vale Verde está perto de explorar ferro e cobre na região do Agreste, sem dúvida alguma, assanham a classe trabalhadora.
Entretanto, é de se interrogar, pesquisar, descobrir, por que essa unidade da federação não consegue melhores resultados no Social. A pior educação do país, os menores salários do Nordeste, campeão em violência e falta de oportunidades para os seus filhos. No meio disso tudo o sofrimento particular dos professores e as insatisfações salariais dos médicos. A luta pelo PCCS de ambas as classes arrepiam a população caeté que se pudesse, colocava de trinta em trinta dias um cabra diferente como dirigente estadual para tentar afastar o mocô grudado que nem quebra-queixo.
Certo que parte da Justiça, ultimamente, vem combatendo de forma mais aguda a corrupção em todo o território alagoano, mas ainda é pouco. Os sites noticiosos editam quase todos os dias ações contra prefeitos, ex-prefeitos e vereadores, juntamente com afastamento de juízes que há muito são conhecidos pelo povo. Todas essas ações aliviam o peito do alagoano sofrido, explorado e indefeso, mas a sede de Justiça continua amargando a boca do pequeno. Em Alagoas os presídios para políticos são potes sem fundo, os mandados para lá, quando por acaso chegam, entram por cima escapolem por baixo. Os mesmos que depois passam rindo por você, como se tivesse acabado de ganhar o Nobel do paraíso.
Respirando entre o mar e o sertão; entre o computador e o chapéu dos coronéis; entre o promissor e a cuia; entre o Olimpo e as abissais, o alagoano procura sobreviver no pressionado mimetismo humano. Ó! Como prosperam os puxas e os mancomunados! O restante, ah, o restante vai tentando exorcizar “possível” praga do religioso devorado nessas terras pelos silvícolas. Quem sabe se a sucessão de mortiços dirigentes estaduais não trazem mesmo a fome do cacique e AS PRAGAS DO SARDINHA.


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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

HEREGES DE 2º CLASSE



HEREGES DE 2º CLASSE
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 928

Para àqueles que procuram decorar as passagens bíblicas, fica fácil localizar uma parábola de Jesus. Ele fala sobre um homem que imaginava construir um grande celeiro e ali depositar toda a sua produção. Os seus produtos seriam tantos que ele ficaria sem precisar mais trabalhar e apenas usufruir de tanta riqueza. Jesus exemplifica e chama o homem de insensato e que naquele dia mesmo ele partiria para o além. Imaginei muito, na época, para descobrir o fio da meada. O caso é que o homem fez os seus projetos sem consultar o Senhor, pois Deus não estava nos seus planos, apenas, ambição e insensatez moviam o fazendeiro.
Certa feita eu me encontrava em um bar da minha cidade, chamado “Bar do Erasmo”, quando entrou um cidadão bastante conhecido e que pertencia a facção do prefeito recém-eleito. Já enrolando a língua, dizia besteiras umas atrás das outras até que desafiou a plateia afirmando, arrogantemente, que a facção do parente eleito iria passar doze anos no poder. O tal prefeito não passou dos quatro anos e outras tentativas na política foram infrutíferas. O indivíduo arrogante já morreu levando a cachaça e a frustração de outras derrotas no ramo da esperteza. Foi ali que eu lembrei claramente da parábola acima. Dessa vez era um grupo de pessoas que excluíra o Senhor dos seus projetos, pois os planos malévolos, não podem contar com o Sumo-Bem.
foto: Wikipédia
A vida é muito curta e cada pessoa desembarca por aqui trazendo a missão de servir. O modo de servir é inúmero, desde as tarefas grosseiras às mais refinadas possíveis. Quem se desvia da sua missão pendendo para o que não presta não pode culpar quem o enviou. Encontramos muitas pessoas esclarecidas que não acreditam em nada do que não veem, mesmo em micróbios. Mas outros têm uma consciência tão clara dos preceitos naturais que põem Deus em tudo que escreve e diz. Um Deus feito de quimera, de engano, um Deus que não existe, porque os atos terrenos não condizem com o verdadeiro Soberano. Os leitores conhecem bem essa parte. Quem não já foi vítima desse tipo de gente! Mentira, intriga, calúnia, ambição, inveja e pedras na matula, dos lobos em pele de cordeiro.
Alguém já dizia no interior: “Deus me proteja contra meus amigos pestes! Dos inimigos declarados cuido eu”. E como diziam os livros das nossas antigas escolinhas: “Quem cospe para cima...” Entre insensatos e outros tipos de insetos vamos chegando ao Natal. Que as redomas protetoras livrem autor e leitores dos HEREGES DE 2º CLASSE.

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