terça-feira, 12 de março de 2013

DILMA NO SERTÃO



 DILMA NO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de março de 2013.
Crônica Nº 980
 
Mais uma vez as notícias dão conta de que a presidenta Dilma virá a Alagoas para inaugurar os primeiros trechos do canal do sertão. Os jornais virtuais vacilam na data de chegada da presidência, parecendo notícias desencontradas. O certo mesmo é que após vinte anos de muita conversa e reveses, o canal do sertão vai saindo do papel para a realidade tão esperada pelo sertanejo. Esperada porque no momento vê-se somente essa obra como a única salvação para o semiárido alagoano. Muitas questões sobre o canal já foram debatidas, mas finalmente estamos avançando no projeto que levará água sertão afora até o agreste, precisamente ao município de Arapiraca. Enquanto isso, o governo vai anunciando medidas de combate à seca, ou melhor, de convivência com ela. Água através de carros-pipa, perfuração de poços e recuperação de nascentes. Dizem que mais de duzentos carros estão agindo nos 37 municípios enquadrados na seca.
Estamos ainda no mês de março e este não faz parte do tempo de inverno e nem de trovoadas. Portanto, vai emendando a época de estiagem pelo sertão alagoano, correndo muito à frente das medidas paliativas do governo. O fornecimento de algum tipo de comida ao gado é importante, mas continuamos com aquele antigo ditado do brasileiro que só se previne depois do roubo. Apareceu por aí farelo de milho e soja com proteínas para sustentar o rebanho e o bagaço da cana como fibra. Mesmo diante dessas providências governamentais, inúmeras reses morreram com a seca, no estado, mas ainda não mostrada à verdadeira estatística. A bacia leiteira mesmo é fornecedora habitual de 650 mil litros de leite diários e que foram reduzidos para 450 litros. O que fazer mais para alimentar o rebanho calculado em 400 mil animais? Afirmam órgãos do governo que nas primeiras áreas do canal já existem plantações de feijão e capim. De qualquer maneira, a “lagarta branca” estar sendo estendida pelas terras semiáridas.
Dilma vem ou não vem? Pelo menos a presidenta pode contemplar uma obra sua que vem dando certo. Olho no rebanho, olho no canal e DILMA NO SERTÃO.



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segunda-feira, 11 de março de 2013

CASA DA CULTURA



CASA DA CULTURA
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de março de 2013
Crônica Nº 979

Foto antiga mostra construção de praça em Santana.
Recebo a notícia de que a gestão atual do município de Santana do Ipanema vai implantar na cidade a Casa da Cultura. Atitude louvável esta que seria realizada através do Departamento de Cultura, tendo a frente o jornalista Fernando Valões. Disseram-me também que o local escolhido seria a antiga residência do saudoso cônego Luiz Cirilo, logo defronte o prédio da prefeitura e avenida principal de Santana. Antes tarde do que nunca. O casarão histórico do também cônego José Bulhões, foi abandonado e demolido sem a menor sensibilidade do poder público, gestão anterior. O vazio continua lá, escondido de quem passa pela ponte que liga o centro ao Bairro Camoxinga. A residência do cônego Luiz Cirilo vai de uma rua à outra. Sendo comprida, mas estreita, não sabemos ainda como será o funcionamento do novo. É importante, porém, que a cidade possa ter uma central de informações para o seu mundo de cultura. Caso seja bem organizada, essa central poderá satisfazer a curiosidade de pesquisadores comuns, estudantes, turistas e povo em geral.
Cito como exemplo, informações em panfletos sobre a História, a Geografia, o folclore, os festejos, a culinária, a indicação de hotéis e pousadas e todas as outras possíveis, em resumo, sobre o município, sempre indicando onde se encontram os temas completos daquilo que se procura. Bem que o local poderia ser um ponto de encontro natural ou provocado dos seus artistas, escritores, pesquisadores, artesãos... Vários autores seriam encontrados ali para a curiosidade, o autógrafo, a entrevista, a conversa sadia sobre suas obras e sobre a “Rainha do Sertão”. Na realidade, uma cidade poderá possuir vários tipos diferentes de museus e muitas bibliotecas espalhadas pelo centro e pelos bairros. A Casa de Cultura pode ser entendida como uma central de dados do município, no aspecto mais amplo possível do conhecimento municipal. Não é um trabalho fácil, mas poderia ser altamente eficiente e prazeroso com uma armazenagem posterior fantástica. Tudo depende do interesse de quem está à frente. É melhor ter do que não ter, mas também fraco demais vira uma vergonha e, Santana precisa urgentemente de um espaço condizente com seu tamanho e desenvolvimento.
Já começamos a torcer pela CASA DA CUTURA.


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