quarta-feira, 3 de abril de 2013

ANARQUISMO, KKKK



ANARQUISMO KKKK
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2013.
Crônica Nº 994

PROUDHON
Quando o intelectual, no consultório médico, falou ao cliente que o Congresso é uma anarquia, lembrei-me das lições da escola.
O Anarquismo pregava a supressão de toda forma de governo. Defendia a liberdade geral. Um dos seus precursores foi Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Proudhon escreveu o livro “O que é a propriedade”. Fala do socialismo utópico para criticar os abusos do capitalismo e queria tudo como dádiva, amigo. Propõe cooperativa e bancos que emprestassem sem juros aos empreendimentos produtivos, além de créditos gratuitos aos trabalhadores. Propõe ainda uma sociedade sem classe, sem exploração, uma sociedade de homens livres e iguais. Defendia a destruição do estado em favor dos pequenos proprietários. Foi assim que o homem inaugurou o Anarquismo.
Mikhail Bakunin (1814-76) tornou-se líder do Anarquismo terrorista, pois apontava a violência como a única forma de se alcançar uma sociedade sem estado e sem desigualdades. Seria um mundo novo de felicidade e liberdade para os trabalhadores braçais. O homem pregava o revolucionário com o indivíduo que rompe todas as leis. Tudo o que há nesse mundo é odioso para ele. O sujeito, segundo Bakunin, tem que ser frio, deve estar disposto a morrer, resistir à tortura e deve destruir qualquer sentimento nele surgido.
Calvo como bola de sinuca, óculos, sério e muito branco, com uma famosa revista ao seu alcance, continua falando o cidadão. Nem descrevia o Anarquismo, porém, exemplificava o que estava acontecendo no País como a nova resistência que surge contra a corrupção. Manobram para que o Ministério Público não investigue a bandalheira. Não quis me meter na conversa dos dois clientes que pareciam ilustres. Logo a minha senha fala mais alto e eu passo por ambos recordando a lição de certo político raposa. Sempre que procurado por um lado e pelo outro, dava razão a ambos para ficar de bem com os dois. Caso eu dissesse, pelo menos “é isso aí”, talvez estivesse apoiando a ideia do intelectual, mas para quê? Ri por dentro, àquele riso forçado trazido dos antigos gibis: ah, ah, ah..., Logo traduzida pelo cérebro para a Cibernética: ANARQUISMO, KKKK...

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SÓ JESUS SALVA



SÓ JESUS SALVA
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de março de 2013
Crônica Nº 993

Vamos verificando que a crônica de ontem tem a mesma data da de hoje. Sempre disseram que a pressa é inimiga da perfeição e, quando a gente está fora de casa resolvendo coisas extras, tudo fica mais difícil e o bicho quer pegar. Confundem-se datas e palavras, muitas vezes sem tempo ou tranquilidade suficiente para correções. O pior é que a crônica de segunda procura tomar o lugar de primeira e a tensão empurra os dedos para os caminhos tortuosos parecidos com o destino de cada um. A Gramática corre, o Dicionário foge, a Internet dorme e o pintinho piu, o pintinho piu, piu, piu, piu... Diz a musiquinha repetida do neto. Lá fora o tempo amanhece chuvoso e Maceió toma aspecto nevoento que parece ter chegado o inverno antecipado. Lá vamos nós sem querer acreditar que vem chegando mesmo água do céu. Lembramo-nos do homem que, perguntado se “lá pra cima (Sertão) chove” e, o cabra espirituoso responde que “não senhor, só chove pra baixo”. É assim que outro indivíduo das bandas da Maravilha vai explicando: “Como vai o gado? Ora, Os bois estão de ossos brancos e as vacas produzindo leite em pó”.
Se estivéssemos no Sertão poderíamos ir olhando pelas caminhadas da periferia os sinais ensinados pelos antigos. Vai haver bom inverno ou não vai? Nem só pelas tecnologias adivinha o homem. Se o velho Ipanema chegou com água no verão, vamos ter bom inverno. Se as formigas estiverem se mudando dos lugares baixos para os pontos altos; se o joão-de-barro construiu o ninho virado para o poente; se o mandacaru estiver florando... São sinais de boa safra. Mas, se nada disso estiver acontecendo, somente Deus poderá desmentir os sinais que ele mesmo ensinou aos homens. O Canal do Sertão vai amenizando por onde passa, mas por onde passa porque o restante vai comendo o pão que nem o diabo quer. Novamente olhamos para o tempo chuvoso da capital e não apostamos nem sequer em duas horas de chuvas fina, para dizer que isso tudo é falso. Outros conterrâneos sertanejos vão relatando o drama da seca em que o pequeno fazendeiro está na classe média e de repente vai para o fim da fila o que representa ainda uma grande injustiça social. A seca existe. Mas as providências nunca estão à frente, formando um terceiro mundo dentro do próprio país.
Às vezes penso que certas reIigiões estão certas quando escrevem nas paredes: “SÓ JESUS SALVA”.

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