ANARQUISMO KKKK
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2013.
Crônica Nº 994
PROUDHON |
Quando o intelectual, no
consultório médico, falou ao cliente que o Congresso é uma anarquia, lembrei-me
das lições da escola.
O
Anarquismo
pregava a supressão de toda forma de governo. Defendia a liberdade geral. Um
dos seus precursores foi Pierre-Joseph
Proudhon (1809-1865). Proudhon escreveu o livro “O que é a propriedade”.
Fala do socialismo utópico para criticar os abusos do capitalismo e queria tudo
como dádiva, amigo. Propõe cooperativa e bancos que emprestassem sem juros aos
empreendimentos produtivos, além de créditos gratuitos aos trabalhadores.
Propõe ainda uma sociedade sem classe, sem exploração, uma sociedade de homens
livres e iguais. Defendia a destruição do estado em favor dos pequenos proprietários.
Foi assim que o homem inaugurou o Anarquismo.
Mikhail
Bakunin (1814-76)
tornou-se líder do Anarquismo terrorista, pois apontava a violência como a
única forma de se alcançar uma sociedade sem estado e sem desigualdades. Seria
um mundo novo de felicidade e liberdade para os trabalhadores braçais. O homem
pregava o revolucionário com o indivíduo que rompe todas as leis. Tudo o que há
nesse mundo é odioso para ele. O sujeito, segundo Bakunin, tem que ser frio, deve estar disposto a morrer, resistir à
tortura e deve destruir qualquer sentimento nele surgido.
Calvo como bola de sinuca,
óculos, sério e muito branco, com uma famosa revista ao seu alcance, continua
falando o cidadão. Nem descrevia o Anarquismo, porém, exemplificava o que
estava acontecendo no País como a nova resistência que surge contra a
corrupção. Manobram para que o Ministério Público não investigue a bandalheira.
Não quis me meter na conversa dos dois clientes que pareciam ilustres. Logo a
minha senha fala mais alto e eu passo por ambos recordando a lição de certo
político raposa. Sempre que procurado por um lado e pelo outro, dava razão a
ambos para ficar de bem com os dois. Caso eu dissesse, pelo menos “é isso aí”,
talvez estivesse apoiando a ideia do intelectual, mas para quê? Ri por dentro,
àquele riso forçado trazido dos antigos gibis: ah, ah, ah..., Logo traduzida
pelo cérebro para a Cibernética: ANARQUISMO, KKKK...
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