quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

AGRIPA RECEBE VISITA



AGRIPA RECEBE VISITA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2013
Crônica Nº 1104

DA ESQUERDA PARA DIREITA: EMPRESÁRIO JAILSON E OS GUARDIÕES MARCELLO, VILMA,  MANOEL, DONA JOANINHA, CLERISVALDO E SÉRGIO CAMPOS.
Como foram explicados para os leitores, anteriormente, os trabalhos da Associação Guardiões do Rio Ipanema, foram planejados em quatro fases. Primeira, pesquisa no rio e seus afluentes urbanos.  Segunda, apresentação da AGRIPA e entrosamento com representantes de escolas e comunidades santanenses (somente da cidade). Terceira, convocação das autoridades em geral e representantes da sociedade organizada para exposição pela AGRIPA da situação atual do rio, ouvir os presentes e estabelecer parcerias para salvar o trecho urbano do Ipanema. Quarta, ações efetivas contra as mazelas existentes.
A satisfação social acima é sempre necessária para quem acompanha os passos dos guardiões.
Acabamos de entrar na segunda fase do todo planejado. Durante o mês de janeiro, estaremos enviando convites para representantes de todas as comunidades, escolas estaduais, municipais e particulares, para o nosso primeiro encontro. Caso consigamos cumprir a terceira etapa no mês de fevereiro, com certeza, em março, toda a população estará ajudando a AGRIPA num trabalho sistemático de resgate do nosso mais importante acidente geográfico. E no dia 21 de abril Dia do Rio Ipanema, poderemos realizar uma grande festa.
Ontem, quarta-feira, mais uma sessão foi realizada na sede provisória, Escola Estadual Profª. Helena Braga das Chagas, Bairro São José. Foi aprovado por unanimidade patrono da AGRIPA, o defensor da Natureza, nordestino, padre Cícero Romão Batista e que também é Padroeiro das Florestas, do Greenpeace. Foi apresentado um mapa dos trechos motivos de trabalho dos guardiões, exclusivo e para melhor análise aos que procurarem conhecer de perto propostas da Associação.
Durante a sessão de ontem, tivemos a grata surpresa de recebermos o nosso primeiro visitante, Jailson “Balbino”, empresário no ramo de extração mineral. O empresário nos trouxe valiosas informações sobre o primeiro trecho urbano do rio Ipanema, onde desenvolve suas atividades. Teremos outros visitantes, sempre na primeira sessão das duas de cada mês. Em breve, novas notícias da AGRIPA.
·        Os cães ladram e a caravana passa.



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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

PADARIA ROYAL



PADARIA ROYAL
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de dezembro de 2013
Crônica Nº 1103

Centro de Santana do Ipanema.
A Rua Antônio Tavares tem nome do panificador Seu Tavares que negociava no Comércio. Morreu de desgosto ao passar três dias trancado onde residia ao ser desmoralizado pelo soldado Artur (O Boi, a Bota e Batina, História Completa de Santana do Ipanema). Contam que algumas pessoas pobres, querendo desconto, perguntavam quanto custava um pão. Seu Tavares respondia. O cliente insistia na pergunta indagando: “E dois, Seu Tavares?”. O homem tornava a responder, irônico: “Tá o besta! Tá o besta! Dois é mais! Seu Tavares era pai do deputado estadual, santanense Siloé Tavares, um dos invasores ao palácio no caso do Impeachment, governador Muniz Falcão. Em Santana estava entre os fundadores do bloco carnavalesco “O Bacalhau”, juntamente com Seu Carola e, nunca falou em vingança.
Talvez no mesmo lugar ou vizinho, surgiu a Padaria Royal, de ares modernos, comandada pelo empresário Raimundo Melo. A Padaria Royal na época era a grande sensação de Santana. Várias qualidades de pães surgiam como novidades, como o pão Roberto Carlos e o Pão Recife. As bolachas tipos cream-cracker eram vendidas em latas ricamente decoradas. Ao chegar o final de ano o freguês recebia como brinde um Pão Recife em forma de jacaré. Por se situar no comércio a padaria que também ficou conhecida como padaria de Raimundo, era frequentada naturalmente pela elite santanense. Raimundo Melo, cidadão que morava à Rua Nova, era sério, introvertido e homem de bem. A padaria Royal atravessou décadas em Santana sob o seu comando que ao se mudar para a capital, deixou em seu lugar Manoel Melo, cidadão moldado na escola pessoal e trabalhista do antecessor. Muitos anos após do início do comando, Manoel Melo, que também ficou conhecido como Mané da Padaria, foi acometido de um derrame que o deixou em recuperação difícil. Na luta diária que ainda enfrentou, ontem não resistiu ao chamado do pai maior.
Manoel Melo, apesar de comedido, prestou relevantes serviços a Santana do Ipanema, além de escrever seu nome na história das panificações e evoluções das massas no município. Evolução que vem de antes de Raimundo com o singelo costume de deixar os pães em sacolas penduradas às portas dos clientes.
Não conheci Seu Tavares, mas fico feliz em ter conhecido Raimundo e Manoel, cujo estabelecimento continua em outro ponto com o mesmo nome romântico do passado: PADARIA ROYAL.

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