AGRIPA, IFAL E RESERVA TOCAIAS

AGRIPA, IFAL E RESERVA TOCAIAS

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de novembro de 2014

Crônica Nº 1.300

(Foto: AGRIPA/Assessoria).

Na última sessão, realizada semana passada, a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA, teve a grata surpresa em receber na sua sede provisória, Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, Bairro São José, o diretor-geral do Instituto Federal de Alagoas – IFAL, Campus Santana do Ipanema, o professor Paulo Felisberto.

A sua visita de cortesia à AGRIPA, deixou os guardiões honrados e felizes. Honrados por ser o professor dirigente de uma Instituição de tanto prestígio nos meios acadêmicos do estado. Felizes por ter sido Paulo Felisberto o professor de pós-graduação em Geo-História, pelo CESMAC, de três dos guardiões presentes na sessão: Marcello Fausto, Maria Vilma e Clerisvaldo Braga.

Paulo Felisberto não chegou a participar da sessão completa, porém, lançou-me o desafio de escrever a história do Instituto em Santana do Ipanema. Mesmo ocupado em escrever o livro Maria Bonita... (complemento é segredo) aceitei o convite sem pestanejar.

Os que fazem a AGRIPA também receberam um convite do dono da reserva de caatinga “Tocaias”, que abrange o lugar Tocaias e serrote Pintado, na periferia sul, de Santana do Ipanema. Administrada pelo próprio dono, Albertinho Agra, a reserva foi criada pelo seu pai, professor, comerciante, ex-pracinha e fazendeiro, recentemente falecido, Alberto Nepomuceno Agra. O citado convite foi para uma visita ao local. E diante da importância da visita dos defensores do meio ambiente, deslumbra-se um tradicional festejo, após os procedimentos de praxe. Imagine!

A AGRIPA, agora de posse de relatório da CASAL sobre os problemas que impedem o saneamento de Santana, está disposta a fazer uma visita a Codefasf. Antes os guardiões estarão com o presidente da Câmara de Vereadores, Zé Vaz, o prefeito Mário Silva e, talvez, no ministério público, visando solucionar a vergonha que ora acontece na cidade e no rio Ipanema, quando milhões foram gastos e nada funciona.

Enquanto isso, toneladas diárias de fezes são despejadas diretamente no maior rio que atravessa o estado de Alagoas.

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SÍMBOLO DE ALAGOAS

SÍMBOLO DE ALAGOAS

  Clerisvaldo B. Chagas, 7 de novembro de 2014.

Crônica Nº 1.299

CRAIBEIRA. (Foto: Clerisvaldo).

Uma das árvores mais bonitas de Alagoas, se não a mais bonita, tornou-se símbolo do estado.

O seu período de florada já teve início, pois anunciam o natal com cerca de dois meses de antecedência. A Craibeira é árvore nobre que cresce até cerca de vinte metros, mostrando tronco robusto e forma majestosa. Gosta de areia grossa e salgada de leito seco e margens de rio e riachos do Sertão.

Em Alagoas, contemplamos seus exemplares desde a entrada do rio Ipanema em nosso estado, a partir da confluência do Ipanema com o riacho Tapera, no município de Poço das Trincheiras. Daí em diante a Craibeira vai dando o ar da sua graça na paisagem seca de novembro e dezembro com suas flores amarelas fazendo contraste no cenário cinza.

Surgem isoladas ou formando bosques ao longo do Ipanema, onde nascem naturalmente até nas rachaduras das pedras nas margens e no leito.

Na ocasião das grandes cheias dos rios sertanejos, as plantas ainda pequenas que habitam as rachaduras envergam, mas não quebram, sustentando o que o sertanejo chama de "basculho". Passada a cheia, seus pequenos galhos vão se recompondo como faz o heroico homem da região após seca desoladora.

Em nosso livro “Ipanema um rio macho”, vamos descrevendo o encanto da craibeira no amanhecer quando o sol se enfia pela sua pomposa galhada. A ela demos o título de “Rainha do Rio”, pois não encontramos mais bela nos 220 quilômetros percorridos a pé, das nascentes à foz do rio Ipanema.

Toda a craibeira tem serventia, desde a medicina popular ao fabrico do carro de boi, para cuja mesa é ela ainda a mais indicada.

Podemos contemplar bosques de craibeiras nas imediações da barragem de Águas Belas, em Pernambuco, Poço das Trincheiras, até mesmo em torno da cidade e em Santana do Ipanema, no lugar denominado barragem, para citarmos apenas alguns pontos.

E para não andarmos contando lorotas, vejamos a foto da crônica com uma belíssima craibeiras urbana na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, no Bairro São José.

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