domingo, 14 de dezembro de 2014

FUTEBOL FEMININO



FUTEBOL FEMININO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.324
MARTA. (Foto: Divulgação/Mowa Press.)

“Marta mais uma vez deu show. Com três gols – um deles um golaço – a camisa dez comandou a virada por 3 a 2 sobre os Estados Unidos pela segunda rodada do Torneio Internacional de Brasília de Futebol Feminino. De quebra, a seleção brasileira já garantiu vaga antecipada na decisão do próximo domingo.
(...) a partida no Mané Garrincha com susto para o time do técnico Vadão. Com apenas 11 minutos, as norte-americanas já venciam por 2 a 0 com gols de Carli Lloyd e Megan Rapinoe, com direito a falha da goleira Luciana.
Mas a situação começou a mudar aos 18 minutos. Marta recebeu lançamento, avançou a área e bateu firme na saída de Hope Solo.
Na segunda etapa, a craque deixou tudo igual com um golaço. Ela deixou três marcadoras para trás e bateu cruzado. E a virada veio com uma dose de sorte. Marta arriscou de fora da área e Hope Solo aceitou: 3 a 2”.
Esse foi o comentário da Band que transmitiu o jogo e, nós brasileiros, matamos um pouco a saudade do futebol feminino, principalmente jogado em casa.
Mas continuamos sem saber como anda o futebol feminino de uma forma geral no Brasil. Esse filão empregatício, entretanto, parece andar muito devagar, mesmo com o incentivo da melhor jogadora do mundo. As notícias sobre essa modalidade são mornas, mesmo o esporte sendo praticado em várias cidades brasileiras. Compreende-se também que um esporte onde entra fortuna, só vive reclamando da crise financeira, algum mistério existe. E se o futebol dos homens não para de chorar, onde arranjar, então, dinheiro para se organizar um campeonato nacional feminino com a participação de todos os estados?
Apesar de tantas recomendações de autoridades esportivas, tudo indica que as mulheres terão ainda que esperar bastante para acontecer. E nós, os marmanjos, a olhar infinitamente as pernas cabeludas de outros machos iguais a nós. É dose!











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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

HISTORIANDO O COMÉRCIO DE SANTANA




HISTORIANDO O COMÉRCIO DE SANTANA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2014.
Crônica Nº 1.323
SANTANA ANTIGA. PRÉDIO E SOBRADO DO MEIO DA RUA.

Para nós, meninos e rapazinhos, nos últimos anos da época de 50, duas casas comerciais nos chamavam atenção e marcavam como fontes de novidades para as nossas pequenas compras. O armazém de Seu Marinho, secos e molhados, no prédio do meio da rua, defronte a Sapataria Ideal, e a Casa Imperial do senhor Pedro Cristino (Seu Piduca).
Seu Marinho, homem alto e forte viera da zona rural corrido das presepadas de Lampião. Seu armazém era muito sortido e o próprio Marinho Rodrigues despachava no balcão, junto à dona Prazerinha, sua esposa, e seu cunhado Rêguinho. O seu filho Clodolfo Rodrigues de Melo, amigo de Breno Accioly, estudou medicina e foi o primeiro médico da cidade. Possuíam imóveis rurais nos arredores de Santana do Ipanema. Desde o excelente charque e o bacalhau de primeira exibidos no balcão (que nós íamos tirando lascas com os dedos e comendo) até o arame farpado, bolachas e querosene eram vendidos no armazém. Ali era a nossa fonte de ximbras lisas e depois coloridas, expostas em frascos transparentes bocas largas, sentados no balcão. Seu Marinho fazia questão de meter a manzorra no gogó dos frascos e, creio que passavam somente os dedos grossos.
Já no outro estabelecimento, Casa Imperial, comprávamos também ximbras coloridas, belos pinhões, apitos de plástico rígido, ioiôs em variadas cores, canivetes e facas tipos salva-vidas. O proprietário, Seu Piduca, assim como Seu Marinho, era homem bem conceituado. Estatura abaixo da mediana, careca e usando óculos, Seu Piduca também possuía uma olaria na margem direita do rio Ipanema, vizinha a mais duas como as de Zé Cirilo e Eduardo Rita.
Marinho Rodrigues terminou cedendo terras na periferia de Santana onde foi construído um conjunto residencial (tipo casa de pombo) que leva o nome de Conjunto Marinho, até hoje, sem calçamento e esquecido completamente pelas autoridades. O hospital regional de Santana, também foi construído em terras da família, vizinho ao Conjunto Marinho e que leva o nome do Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo. Ainda vizinha aos dois, nas faldas da serra Aguda, está sendo construído um enorme conjunto residencial particular na antiga fazenda da família Rodrigues.
Assim as marcas físicas do passado vão desaparecendo e rebrotando no papel de quem se propõe a isso.

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