FUTEBOL FEMININO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de dezembro
de 2014
Crônica Nº 1.324
MARTA. (Foto: Divulgação/Mowa Press.) |
“Marta mais uma vez
deu show. Com três gols – um deles um golaço – a camisa dez comandou a virada
por 3 a 2 sobre os Estados Unidos pela segunda rodada do Torneio Internacional
de Brasília de Futebol Feminino. De quebra, a seleção brasileira já garantiu
vaga antecipada na decisão do próximo domingo.
(...) a partida no
Mané Garrincha com susto para o time do técnico Vadão. Com apenas 11 minutos,
as norte-americanas já venciam por 2 a 0 com gols de Carli Lloyd e Megan
Rapinoe, com direito a falha da goleira Luciana.
Mas a situação
começou a mudar aos 18 minutos. Marta recebeu lançamento, avançou a área e
bateu firme na saída de Hope Solo.
Na segunda etapa, a
craque deixou tudo igual com um golaço. Ela deixou três marcadoras para trás e
bateu cruzado. E a virada veio com uma dose de sorte. Marta arriscou de fora da
área e Hope Solo aceitou: 3 a 2”.
Esse foi o comentário
da Band que transmitiu o jogo e, nós brasileiros, matamos um pouco a saudade do
futebol feminino, principalmente jogado em casa.
Mas continuamos sem
saber como anda o futebol feminino de uma forma geral no Brasil. Esse filão
empregatício, entretanto, parece andar muito devagar, mesmo com o incentivo da
melhor jogadora do mundo. As notícias sobre essa modalidade são mornas, mesmo o
esporte sendo praticado em várias cidades brasileiras. Compreende-se também que
um esporte onde entra fortuna, só vive reclamando da crise financeira, algum
mistério existe. E se o futebol dos homens não para de chorar, onde arranjar,
então, dinheiro para se organizar um campeonato nacional feminino com a participação
de todos os estados?
Apesar de tantas
recomendações de autoridades esportivas, tudo indica que as mulheres terão
ainda que esperar bastante para acontecer. E nós, os marmanjos, a olhar infinitamente
as pernas cabeludas de outros machos iguais a nós. É dose!
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