NÃO
MATEI VOCÊ
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de dezembro
de 2014
Crônica Nº 1.326.
(Imagem: limitedoinfinito.com.br) |
Tem jeito não! Como é possível uma coisa
dessas! Você não viu que eu estou aqui há quase duas horas? Quer me fazer de besta,
seu coisa! Fiz à crônica “Ainda o Vaqueiro Raimundo Jacó”, aprumei, caprichei,
lapidei e, quando tudo parecia perfeito você estragou tudo, seu banana!
Preparo-me para relaxar assegurado que a crônica de amanhã, quarta, está na
agulha. Penso agora em lapidar o livro sobre Maria Bonita, daqui para as três
horas da madrugada e, o que você me faz?! Esconde-me o trabalho realizado com
tanto esmero. E o pior, computador, é que você não quis me dizer onde a escondeu.
Tá certo, não vou dizer que foi somente você o culpado, porque me distraí por
um segundo e, pimba! A crônica sumiu. Valha-me Nossa Senhora! Para onde foi à
crônica, pelo amor de Deus.
Onde você colocou a minha crônica,
computador? No arquivo das crônicas não está. Em documentos, não senhor. Em imagens,
nem o rastro. Corro à lixeira, mexo para lá, mexo para cá e nada de Jacó
Vaqueiro. Ajude-me seu cabeça de batata! Procuro pelo nome, nada. Vou pelo
número, ora! Ora! Que tal a data? Também não aparece o menor sinal da crônica
de amanhã. Dá-me uma vontade danada de meter-lhe a mão no pé do ouvido... Não,
não, não leve a sério, rapaz. Mas não é
a primeira vez que você faz isso comigo não. Olhe, desde as onze da manhã até à
tardinha que faltou energia no Bairro e quando chega você me prega uma peça. O quê?
Isso mostra que você é muito rápido? Mas rápido para que computador? Para me
prejudicar? Não se pode aprender manhas de gente, seu, seu, seu... Tripa de
gato!
Fique aí, ligadinho, enquanto eu vou tomar um
copo d’água fresca, fresquinha, e venho já.
Sabe, “computa”, pensando bem, não vou tentar
outra crônica, não. O meu cativo leitor vai ficar desapontado em não encontrar
novidades no blog, amanhã, quarta-feira. Por que, rapaz, fui passar o dedo no
peste do “deletar” e foi tudo, o que era e o que não era para sumir! Calma,
calma, a raiva que eu estava em lhe trocar por outro, não lhe pertence mais. Pensando
bem o culpado foi seu dono. Já me decidi, não irei fazer outra crônica hoje
mais não. Agora, cabra velho, prepare-se para virar a madrugada. Ainda bem,
companheiro, que não matei você.
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