quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

SERTÃO DO CHAPÉU DE PALHA



SERTÃO DO CHAPÉU DE PALHA
Clerisvaldo Braga das Chagas, 26 de dezembro de 2014
Crônica Nº 1.332

Foto: (savoirfairessa.blog).
No antigo sertão nordestino predominavam os chapéus de couro, de palha e o de baeta, massa ou feltro. Este era usado, principalmente, pelo pessoal mais abastado e da cidade. O couro, pelos mais pobres ligados à pecuária e a palha, pelos da agricultura.
Hoje a matéria-prima usada no chapéu de palha, é diversificada, como a palha da cana e do milho. Quero me referir, contudo, aos chapéus de palhas feitos da palha do coqueiro ouricuri. Confeccionados por mulheres que trabalhavam sentadas no chão da casa de barro batido, usando pouquíssimas e simples ferramentas. Suas comercializações aconteciam nas feiras livres, ao lado de vassouras e abanos também de palhas.
O chapéu de palha sempre foi desvalorizado, levando junto o seu usuário. Porém, diante do sol inclemente sertanejo, para caminhadas e para uso no roçado, nada pagava a proteção desse tipo de chapéu. Ele não esquenta nunca, mesmo diante do sol mais quente do mundo. É igual à água de cabaça, quanto mais alta a temperatura mais é fria. O negócio é que não pode levar chuva. Nas feiras os emboladores de pandeiros à mão, se desafiavam:

Cabra de chapéu de couro
Quem não pode com besouro
Não assanha mangangá...

O outro respondia o desafio, atacando também:

Cabra do chapéu de “paia”
Como vai tua “canaia”
Já deixasse de roubar?

O chapéu de palha, nos últimos anos, vem sendo substituído pelo boné. Mas a muito que se dizia ao encontrar um cabra com chapéu desse tipo: “Homem de boné, ou corno ou chofer”.
Quem vai desaparecendo é o coqueiro ouricuri, matéria-prima  do chapéu, fruto do desmatamento.
Mesmo assim o chapéu de palha de vários formatos atinge seu alto grau de popularidade com os romeiros do padre Cícero, em Juazeiro do Norte, quando acontece a famosa bênção do chapéu.





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MEDITANDO BELÉM



MEDITANDO BELÉM
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de dezembro de 2014.
Crônica Nº 1.331

Publicado por Tiago Chagas; 26.12.2011.
"A tradição cristã de que Jesus teria nascido na cidade de Belém pode está sendo questionada por um arqueólogo israelense. Para Aviran Oshri, Jesus teria nascido na cidade de Belém, mas não na Judéia, e sim, na Galileia
A tese é baseada em dados históricos, citações bíblicas do Antigo e do Novo Testamento e pesquisas que levaram dez anos e inúmeras escavações. A distância entre a cidade de Nazaré e Belém da Judeia é de aproximadamente 150 quilômetros, enquanto que entre Nazaré e Belém da Galileia, a distância é bem menor: “Se ela (Maria) percorresse mesmo essa distância teria dado à luz muito antes. Faz muito mais sentido que a Belém do nascimento seja a da Galileia que fica apenas 7 km de Nazaré”, afirma Aviram.
Segundo informações do site Folha.com, a tese de Aviran não é nova, pois outros historiadores usam as evidências mencionadas por ele e outras indicações históricas para questionar a versão que ficou conhecida.
Porém Aviram afirma que descobriu indícios arqueológicos que reforçam sua tese. Suas pesquisas apontam para o fato de que nunca foram encontrados sinais do Império Romano na cidade de Belém da Judéia, porém, na cidade da Galileia, há vestígios que datam da época do nascimento de Jesus, como por exemplo, os restos de uma muralha que pode ter sido construída para proteger uma comunidade e um igreja de grande porte: ‘Para que construir uma igreja daquele tamanho num lugar remoto? É prova de que a cidade tinha significado’, defende.
Há versões relatadas por historiadores do cristianismo que os autores dos evangelhos alteraram o nome da cidade natal de Jesus propositalmente, para que fosse feita a associação de Jesus ao Rei Davi, que era da região de Belém da Judeia, e reforçar a ligação sanguínea entre ambos.
Atualmente cerca de 800 moradores habitam a cidade de Belém da Galileia. Até 1948, ano da formação do estado de Israel, o local era ocupado por uma comunidade alemã da seita protestante dos
Templários, e atualmente o povoado tornou-se uma comunidade rural".






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