domingo, 1 de março de 2015

FESTA NO CEO



FESTA NO CEO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de março de 2015
Crônica Nº 1.377
Ivanzinho, do CEO. Foto (Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas).

Pode-se dizer mesmo que houve festa no CEO. Um jogo aguardado com muita expectativa em Olho d’Água das Flores terminou premiando o dono da casa. O futebol mostra mais uma vez que nome famoso e mídia farta não ganham combate.
Na tarde de ontem, no sertão alagoano, o tempo estava ensolarado e nada fazia prever sua mudança. Recebendo a visita do Centro Sportivo Alagoano (meu velho CSA), o Centro Esportivo Olhodaguense ─ CEO, não se intimidou com o nome tradicional do futebol de Maceió. O CEO convenceu jogando com garra e plano tático, cujo nó de marinheiro o adversário não conseguiu desatar.
No interior, onde a diversão popular é pouca, fez o jogo CSA X CEO tornar-se uma atração, não somente local, mas ponto de convergência de torcedores dos mais diferentes municípios do Médio e Alto Sertão.
No decorrer da partida o tempo começou a mudar e, o céu de cima quis prestar uma homenagem ao CEO de baixo. Nuvens cinza e chumbo foram se acumulando e uma boa chuvada caiu no Estádio Edson Matias e na cidade de Olho d’Água das Flores. A torcida liberou o grito da garganta, comemorando a vitória do time da casa e a chuva que molhava a multidão desprevenida. Os torcedores, nessas alturas, cantavam e pulavam de alegria, auxiliados pela chuva que também viera juntar-se à vitória no Edson Matias. O tempo escureceu, refletores iluminaram o campo e, a torcida não parava de comemorar.
Olho d’Água das Flores vivia uma tarde gloriosa, quando passou mais de 90 minutos focalizada e sendo a atração estadual. Quanto dinheiro não rolou na cidade entre as mais diferentes atividades econômicas. Goste-se ou não de futebol, mas o danado do esporte bem alavanca as finanças.
Com inúmeras pessoas com dinheiro no bolso, à tarde festiva foi encerrada em Olho d’Água.
Em Santana do Ipanema, cidade localizada a 20 km do jogo; da chuva de Olho d’Água das Flores chegaram apenas relâmpagos e trovões, como se fossem foguetório comemorando a vitória do CEO, de 1 X 0, pela vizinhança.
Que tristeza para o nosso glorioso Ipanema! Mas com persistência e força, logo chegará a sua vez.


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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

VANDALISMO POLÍTICO



VANDALISMO POLÍTICO
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de fevereiro de 2015
Crônica Nº 1.376

Agonia popular nos trens. Foto (Reprodução Band).
Quem teve oportunidade de ontem à noitinha assistir os programas “Brasil Urgente”, comandado por José Luiz Datena (Band) e “Cidade Alerta”, com o apresentador Marcelo Rezende (Record) ficou estarrecido com o que ouviu e viu. O caso dos trens e os passageiros desarvorados foi motivo para críticas pesadíssimas em cima dos políticos, por parte dos dois apresentadores de televisão em canais diferentes. Muitos nomes de “ladrões” e até de “vandalismo político” foram pronunciados.
É o que sempre tenho dito que os políticos estão implorando uma ditadura militar em que o congresso seria fechado, e toda classe política presa, perseguida e muitos correriam para se refugiar no estrangeiro, à semelhança de 1964.
Estão zombando de tudo e de todos inclusive da Justiça. Do jeito que vai, o povo pegará em armas ou às forças militares darão um basta na canalhice que estar afundando o Brasil.
Vejamos apenas três exemplos. Em Alagoas, depois do exorcismo forçado, a Assembleia volta a contratar como nunca, desmoralizando o povo e a Justiça.
Na Câmara Federal, mais uma imoralidade protegida por lei, quando se resolve aprovar passagem para mulher acompanhar marido com super salário, por aí a fora, com o dinheiro do povo. A fortuna ganha pelos deputados e mais as mordomias não saciaram a sede de um saque oficial, quando lembramos que a maioria do povo ganha menos de um salário mínimo. Uma afronta à população, ao povo e a democracia. Uma tapa bem dada na cara de cada um dos brasileiros.
Em outro local, um juiz toma os bens de um milionário e passa a utilizá-los. Ação comparável a de um policial que toma a droga do bandido e vai usá-la. 
Quem conhece a história do Brasil, sabe que inúmeras revoltas aconteceram. Eu não sei onde está a paciência das forças armadas que ainda continuam apenas observando a farra dos políticos. Sou contra ditadura, qualquer que seja ela, e o povo também, mas os políticos não deixam de implorá-las aos militares com seus atos insanos, tresloucados, doidos, insaciáveis de fazenda particular com atitudes de coronelismo nordestino coletivo.
O que os dois apresentadores de televisão disseram, clamaram, berraram em defesa do povo, não pode ficar sem resposta.


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