segunda-feira, 9 de março de 2015

UM CÉU PARA INEZITA



UM CÉU PARA INEZITA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de março de 2015
Crônica Nº 1.383

Inezita (Reprodução).
Cumpriu a sua missão na terra com dignidade, brilhou a vida inteira e honrou o solo brasileiro. Tudo o que se disser sobre Ignez Magdalena Aranha de Lima (Inezita Barroso) ainda tem o que se dizer. Partiu aos 90 anos com o peito cheio de amor pela música sertaneja de raiz. Um presente real que o paraíso ganhou; uma lembrança eterna, iluminada, cheia de doçura que fica no país tropical.
“Ignez Magdalena Aranha de Lima, nome de batismo de Inezita Barroso, nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Filha de família tradicional paulistana, passou a infância cercada por influências musicais diversas, mas foi na fazenda da família, no interior paulista, que desenvolveu seu amor pela música caipira e pelas tradições populares. Começou a cantar e a estudar violão aos 7 anos.
Formada em Biblioteconomia na Universidade de São Paulo (USP), Inezita foi uma grande pesquisadora da música caipira brasileira. Por conta própria, percorreu o interior do Brasil resgatando histórias e canções. Reconhecida por este trabalho, foi convidada a dar aulas sobre folclore em uma universidade paulista. Pelo seu trabalho como folclorista, e por ser uma enciclopédia viva da música caipira e do folclore nacional, recebeu o título de ‘doutora Honoris Causa em Folclore’ pela Universidade de Lisboa.
Foi a primeira mulher a gravar uma moda de viola e era considerada a grande dama da música de raiz.
Na televisão, sua carreira começou com a TV Record, onde foi a primeira cantora contratada. Depois passou pela extinta TV Tupy e outras emissoras, até chegar à TV Cultura para comandar por mais de 30 anos o Viola, Minha Viola”.
Respeitada dentro e fora do Brasil, admirada, respeitada, líder musical, humilde e valorosa, Deus deve ter dito: “Tá bom Inezita, nota dez para o seu trabalho, retorne à base, minha filha”.
Ignez era uma estrela de primeira grandeza que veio iluminar a Terra por 90 anos.
Perdi a minha musa de “Viola, Minha Viola”.
Um céu para Inezita.
NÃO PERCA QUINTA E SEXTA: POLÍTICA SANTANENSE; O QUE SE COMENTA NAS RUAS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.












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domingo, 8 de março de 2015

ELES NOS TOMAM TUDO



ELES NOS TOMAM TUDO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de março de 2015
Crônica Nº 1.382

Foto: (blogloyola)
Numa rua sem calçamento, poeirenta ou enlameada, onde automóvel era raridade, brincávamos de ximbra, pinhão e bola. Pegar bigu em carro de boi fazia parte da via animada, repleta de meninos, da Cadeia Velha à Rua de São Pedro. Uma espiadinha na fábrica de colchão de junco de Júlio Pisunha ou uma presença anual no pau de sebo ajudavam na criação da meninada.
Quanta falta de benefícios para ruas e bairros da minha terra! Quanta falta de oferta do poder público às crianças que ornavam os caminhos de Santana!
Certa feita, o prefeito Adeildo Nepomuceno Marques, resolveu caçar os meninos brincalhões das ruas. Os mesmos meninos que não tinham parques, praças, quadras, jardins, campo e nenhum espaço público de lazer. E lá vem o senhor Aloísio Firmo, travestido de juiz de menor, unha e carne com o prefeito (já abordamos esse assunto) montado numa burra, seguido pelo soldado Genésio, rua acima, rua abaixo dando carreira em garotos para lhes tomar ximbras, bolas e pinhões.
Menino da minha cidade preferia ver o cão ao senhor Aloísio Firmo e ao soldado Genésio, dois homens de bem, mas abusados do chapéu à burra, do quepe ao coturno.

Nos tempos de hoje não podemos mais confiar nos três poderes que formam o nosso país. Os escândalos se sucedem desde que o combate à corrupção foi iniciado com a primeira vitória: a prisão de um juiz, coisa nunca visto antes. Como a corrupção se estabeleceu de mala e cadeado, as avalanchas de escândalos vão se multiplicando. Ladrões e ladrões sem conta vão roubando o dinheiro público, diretamente dos poderes ou indiretamente nos hospitais, escolas, construções civis e muito mais. Vão sucateando o estado brasileiro e fazendo da gatunagem coisa rotineira como se tivessem (e têm) a maior autoridade e direito de assim proceder. Muitos estão agindo como traficantes de drogas que não têm mais medo de nada e não respeitam a ninguém.
No Japão, o descoberto, se suicida de vergonha. No Brasil o surpreendido debocha do denunciante. Não bastassem os casos lava-jato, Petrobrás, guabirus, taturanas e tantos outros, o jornal Extra de Alagoas empurra mais pedras ladeira abaixo sobre o Judiciário com figuras bastante conhecidas nesse estado pequeno, fora o caso fantasma da Assembleia.
60 anos depois de tomarem nossas ximbras, bolas e pinhões, tomam nosso dinheiro, chafurdam-se na lama e arrastam o país para o caminho da crise, da bancarrota e das armas. 
NÃO PERCAM QUINTA E SEXTA-FEIRA, "POLÍTICA SANTANENSE, O QUE SE FALA NAS RUAS PARA A PRÓXIMA ELEIÇÃO".


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