quarta-feira, 18 de março de 2015

DIA DE SÃO JOSÉ



DIA DE SÃO JOSÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de março de 2015
Crônica Nº 1.390

Imagem: (www.dj.org.br).
Hoje é dia de São José. Um dia que de maneira alguma passa despercebido pelo agricultor, principalmente nordestino.
Lá na Bíblia, no Novo Testamento, estar escrito que José Foi esposo de Maria e pai de Jesus. As Igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana, consideram o Santo padroeiro universal. São José ainda é padroeiro dos trabalhadores e das famílias, pela sua fidelidade a sua esposa e a dedicação ao filho, Jesus.
Contam que quando Jesus iniciou suas pregações, aos 30 anos de idade, o seu pai José já havia falecido.
Livros apócrifos falam sobre a sua morte e o que Jesus teria feito com o seu cadáver e recomendações para que sua alma fosse entregue no céu.
A finalidade, porém, desse trabalho é para lembrar, junto com os agricultores, a importância desse grande homem, humilde no caráter e no trabalho.
O seu dia é aguardado com grande expectativa, como um marco entre o fim do verão e as tão almejadas chuvas de outono. O agricultor tem fé em que chovendo no dia do santo, pode-se plantar que as próximas chuvas estarão garantidas. Caso se plante milho no dia de São José, o homem do campo estará colhendo e comendo milho maduro na noite de São João, diante da fogueira.
Pela religiosidade ou pela ciência, de fato existe “uma química” nesse dia, quando várias pessoas não trabalham. Acho interessante, compreensível e bonito a devoção de indivíduos chamados José que nessa data acende uma pequena fogueira à porta de casa, agradecem ao pai de Jesus e renovam seus pedidos, redobrando as esperanças.
A nação nordestina acolheu muito bem esse nome do esposo de Maria, sendo esse santo, talvez o mais festejado de todos.
Por aqui pelas Alagoas, a própria ciência já disse que o inverno será regular. Hoje São José estará de plantão, com certeza!




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SENADOR



SENADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de março 2015
Crônica Nº 1.389

CIDADE DE SENADOR RUI PALMEIRA.  Foto: (divulgação).
Pelas calçadas ruas de Senador Rui Palmeira, não se tem como não se lançar um olhar crítico à falta de interesse e estratégia desenvolvimentista da cidade polo de Santana do Ipanema, na época. A inércia, o sono eterno, o acomodamento umbilical, deixaram escapar a oportunidade de asfaltar o município de Senador a Santana do Ipanema, pela grande região de Olho d’Água do Amaro, um dos trechos da zona rural mais rico de Santana. O sertão continua assim, com um desinteresse generalizado pelo desenvolvimento coletivo, com os dirigentes encastelados nos seus próprios feudos. Um sertão enfraquecido politicamente que a única coisa que reivindica, mesmo assim no individual, é o carro-pipa quando o homem do campo já não aguenta mais.
Senador é um município que pertenceu a Santana do Ipanema e tem uma área, aproximada de 359,667 km2.  Originou-se de uma fábrica de corda de caroá, matéria-prima abundante naquele momento, típica do semiárido nordestino. A fábrica foi implantada por Antônio Afonso de Melo, vindo de Palmeira dos Índios, em torno de 1940. Com a instalação da fábrica, o lugar passou a ser chamado de Usina. No momento havia apenas alguns casebres de taipa pertencentes aos funcionários da fábrica. Cinco anos depois, foi instalado um alambique para produção e venda de cachaça, pelo cidadão José Rodrigues Fontes.
A característica principal desse futuro município foi a sua feira-livre iniciada mais ou menos em 1943 que se expandiu e, nos anos 60 atingiu o clímax, rivalizando com a feira da sede, cujo carro-chefe era o negócio do feijão. Inúmeras carretas do país inteiro movimentavam a grande, pujante e crescente feira do lugar, cuja denominação já era de Riacho Grande.
Emancipado de Santana do Ipanema com o novo título de Senador Rui Palmeira, o município ganhou asfalto, por outro trecho, deixando Olho d’Água do Amaro, Campo de Aviação, Várzea da Ema, João Gomes e inúmeros outros sítios santanenses “a ver navios”, isto é, poeira. O intercâmbio intensivo com esse município que despejava dinheiro em Santana foi canalizado para outras cidades beneficiadas pelo asfalto. Mais uma vez a inércia venceu a boa vontade.
A propósito, quem nasce na progressista cidade do Alto Sertão alagoano é conhecido como rui-palmeirense. Por lá vai passando o Canal do Sertão que até nisso Santana perdeu.


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