terça-feira, 14 de julho de 2015

O TOMBO NA BARRA DO IPANEMA



O TOMBO NA BARRA DO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de julho de 2015
Crônica nº 1.450
I. de N. S. dos Prazeres,  erguida em 1624. Foto em 2014. (Clerisvaldo).

Muito me alegrou a notícia de que uma filha do povoado Barra do Ipanema, iniciou um trabalho para tombamento da igreja do alto do morro-ilha de Nossa Senhora dos Prazeres, no rio São Francisco. O morro está diante da foz do rio Ipanema, o mais importante rio periódico de Alagoas e afluente do Velho Chico. É ali naquele povoado do município de Belo Monte que se destaca no cimo do morro, a igreja erguida em 1624. Domina o cenário paradisíaco da região, a igreja em que o padre Francisco José Correia de Albuquerque, um dos fundadores de Santana do Ipanema, pregava suas missões.
A senhora Girlene Monteiro, ausente da sua terra, agora pretende resgatar a história e a cultura do seu povo, quando assim procedeu trazendo de volta o esquecido padroeiro São João, para uma noite memorável de autoestima e magnífica festividade no povoado Barra do Ipanema.
Pesquisando incessantemente sobre a origem da igreja do morro, leu o livro “Ipanema, um rio macho” e procurou descobrir o autor até encontrá-lo através de celular. Tudo indica estar se formando uma parceria em prol de um resgate cultural, histórico, geográfico, sociológico e econômico do lugar que apaixonou o autor do livro.
Estamos trocando informações que por certo serão de grande valia para os destinos, não só da igrejinha de Nossa Senhora dos Prazeres (estive lá cerca de cinco vezes) como para o povoado num todo. O potencial turístico continua firme na região, aguardando a sua vez desde a construção da igreja, em 1624.
Além das pessoas que estão ao lado da senhora Girlene, inclusive um pároco da região, convidei o escritor Marcello Fausto (elaborando o seu livro: (“Lucena, o coronel proibido”) para fazermos outra visita à Barra, desta vez com os mesmos objetivos culturais, tendo o professor de História aceito no ato. Quem sabe, mais tarde poderemos convidar outros profissionais interessados em colaborar com projetos importantes para ajudar Girlene Monteiro a tombar a igreja, fundar biblioteca, museu e um centro local para desenvolver as potencialidades que a Natureza oferece.
Barra do Ipanema, um paraíso perdido em Alagoas. Recentemente a TV Gazeta, ganhou um prêmio pela reportagem que fizemos juntos sobre o rio Ipanema em Alagoas, inclusive com cenas no povoado Barra do Ipanema.

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segunda-feira, 13 de julho de 2015

O ARQUITETO DO MUNDO E O AMAZONAS



O ARQUITETO DO MUNDO E O AMAZONAS
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de julho de 2015
Crônica Nº 1449

Rio Amazonas. Foto: (relacionar naturezaehomem).
Com as exibições de documentários cada vez mais frequentes na televisão, sobre Natureza, vem ao nosso crânio o rio Amazonas. Ligados ao maior conjunto de serras da América do Sul, inúmeros grandes rios da Amazônia tinham o Oceano Pacífico e o Caribe como vertentes, antes da Cordilheira dos Andes. Formada há milhões de ano, a Cordilheira, ao se erguer, bloqueou o escoamento das águas para o Pacífico. Os grandes rios, não encontrando saída, formaram ali o maior lago do planeta. Somente muito tempo depois, com as diversas transformações geológicas, o Criador permitiu que o imenso lago arranjasse uma saída pelo lado oposto do que era antes. As águas, ao invés de seguirem para o oeste (Pacífico), escorreram para leste (Oceano Atlântico), beneficiando o que seria no futuro o consolidado território brasileiro.
Descem da Cordilheira inúmeros rios, entre ele o Amazonas. O rio Amazonas vai descendo no Brasil em média 2 centímetros a cada 1 quilômetro, sendo sempre empurrado pelas águas que vêm de trás.
Após a descida da Cordilheira andina, o amazonas é reforçado com 1.100 afluentes e forma uma massa líquida jamais vista na terra.
Entre os seus afluentes está o rio Negro, considerado o quarto rio do mundo. Esse afluente do Amazonas, nas imediações de Manaus, capital do estado do Amazonas, chega ao incrível 100 metros de profundidade. Mesmo assim, para a pujança do rio Amazonas, há em torno de 20 rios que beiram o tamanho do rio Negro como afluentes do principal.
Foi graças aos trabalhos artísticos do Arquiteto do Mundo que o Brasil tem na cabeça a maior rede hidrográfica do planeta. Mesmo assim os grandes cataclismos continuam modificando a paisagem em várias partes do globo como terremotos, maremotos e as ações vulcânicas. Nesse trabalho da natureza, desaparecem terras e surgem outras numa dinâmica real diante da impotência humana.
Enquanto isso, vamos estudando e tentando sobreviver às grandes e insistentes transformações.

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