domingo, 16 de outubro de 2016

NAIS VERDE NA ESCOLA HELENA BRAGA


MAIS VERDE NA ESCOLA HELENA BRAGA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.579
Tempo de colher na horta da escola Helena Braga. Foto; (Clerisvaldo).

Desde o mês de maio que existe movimentação maior e positiva na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas. Aqui em Santana do Ipanema, Alagoas, a escola do Bairro São José foi escolhida em projeto do IFAL para a realização de hortas comunitárias. Funcionários e estudantes abraçaram a ideia com muito carinho e o projeto virou realidade. Estudantes ministraram palestras no turno vespertino e em seguida conversaram com o oficineiro do Programa Mais Educação.  Na unidade educacional, alunos dos dois turnos e funcionários ajudam nesse prazeroso mister. Trazida de longe, terra apropriada e adubo orgânico, teve início o trabalho de organização, plantio e proteção dos canteiros através de garrafas Pet. Surgiu assim um colorido dominado pelo verde e suas matizes alegrando muito o entorno do prédio reformado e limpo.
Entre os produtos colhidos o forte parece ser o coentro que muito tem ajudado no tempero da merenda e na cozinha dos estudantes, desde o início de setembro.
Com esse projeto que está dando certo, o gestor Marcello Fausto, disse que “todos estão contentes, sendo também o trabalho motivo de admiração e respeito pelos pais e outros visitantes da escola. Muitos querem conhecer as hortas e na ocasião tecem rasgados elogios", encerrou Marcello.
São projetos simples e criativos que levam os estudantes à frequência escolar. Apontada sempre como escola onde reina a disciplina, cada vez mais a unidade Helena Braga conquista a sociedade santanense. Outros projetos estão na cabeça dos seus dirigentes e serão anunciados em breve. A união de esforços por uma educação de resultados marca fortemente os que fazem a Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas.
É motivo de muito orgulho pertencer aos quadros da escola do Bairro São José.



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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

LAMPIÃO PENSANTE

LAMPIÃO PENSANTE
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de setembro de 2016
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.578

   Já foram cantadas e decantadas as estratégias militares do chefe de bando Lampião. Havia planos traçados e improvisos para todas as situações de guerra e de calmarias. Como comandante da caterva, notamos o pensamento militar no embornal único do aprendido e do original. É que os comandados eram mais levados pela obediência, pois ninguém possuía o tutano estrategista da liderança. Iniciando pelo próprios irmãos que davam mais dor de cabeça de que soluções, até os mais temidos chefes de grupos em que o bando se dividia. É certo que a jararaca velha, Antônio Ferreira, tinha lá seus hábitos de atacar o inimigo pela retaguarda, mas quase somente isto.
    Entre todos os truques narrados por autores e fora dos livros, dois nos chamaram a atenção, quando hoje falaremos apenas em um deles. Às vezes Lampião pretendia descansar de tantas perseguições, andanças, fugas e tiroteios, bem como sarar de ferimentos. Nessas ocasiões o homem simplesmente desaparecia do cenário, se encantava, se envultava... Sumia. "Cadê Virgulino?" Indagavam todos. As respostas quase sempre era de que o bandoleiro havia morrido tuberculoso ou que havia deixado o sertão e partira para o Sul.
   Quando Lampião resolvia assim fazer, escolhia um lugar de difícil acesso ou uma fazenda grande de coiteiro de confiança, cujas notícias somente entravam e nada saia. O isolamento variava entre quinze dias a três meses. Segundo nos contou um matuto, o bandido querendo descansar mandou sumir todos os rastros e acampou no raso de caatinga do município de Canapi, próximo do hoje povoado e entroncamento Carié, Alagoas. Perto havia uma estrada carroçável. O chefe distribuiu alguns cabras ao longo do trecho com algumas instruções. Quando algum passante apontava na estrada, o primeiro cabra escondido gemia como um desesperado. O passante arrepiava o cabelo e não havia cavalo no mundo que acompanhasse de perto sua carreira. Adiante, os outros cangaceiros repetiam a presepada. Logo, logo, correu o boato de mal-assombro e ninguém mais ousou transitar por ali, enquanto Lampião descansava das suas sinistras manobras em ações de guerra.



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