domingo, 2 de abril de 2017

HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS



HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567

ILUSTRAÇÃO (Wagner Cerqueira e Francisco).
À margem da política, da cachorrada, da safadeza, salva o lado tenebroso, a inteligência de hábeis e determinados pesquisadores. E diante da desertificação séria e tantas vezes denunciada ao mundo, seguem-se períodos de fome e miséria em regiões do globo onde não mais se produz nada da terra.
Desvendar os mistérios que envolvem o Saara ─ maior deserto quente do mundo ─ a nós parece um feito extraordinário de homens que se dedicam às ciências. Sempre tivemos a impressão de que a região saariana tivesse sido uma coisa diferente no passado, mas não dentro das revelações dos últimos estudos a respeito. São surpreendentes as deduções de pesquisadores da Universidade de Estocolmo (Suécia) e da Universidade de Columbia e do Arizona, fora outra vertente debruçada no mesmo tema.
Parece mesmo ficção científica apontar o deserto como atualmente se conhece com uma precipitação entre 35 e 100 milímetros e dizer que ali já teve 20 vezes mais chuvas no passado. Os estudos mostram que aquelas areias de tanto calor pelo dia e tanto frio durante a noite, eram antes savanas e pradarias que podem ser chamadas de Saara Verde ou Saara Úmido, sustentadas pelas chuvas de moções.  Um cenário deslumbrante entre cinco e dez mil anos atrás. Região onde havia peixes, crocodilos, elefantes e hipopótamos, paisagem mesmo de savana e pradaria.
"O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O Sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências", explica um dos pesquisadores.
Esta pesquisa data o deserto em 2,7 mil anos, mas estima que os seres humanos tenham abandonado as áreas que estavam se tornando desérticas muito antes, à medida que o clima mudava.
Outra versão diz: O período do Saara Verde não ocorreu apenas entre 5 mil e 10 mil anos, mas também há 125 mil anos, como fenômeno cíclico e natural. E se o fenômeno é cíclico, daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá. o Saara poderá voltar a ser o que era antes, savana e pradaria, dependendo também das forças antropogênicas.
Sua extensão é maior que a de alguns países, como o Brasil, Índia e a Austrália.

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sábado, 1 de abril de 2017

A CARETA DO SAGUIM



A CARETA DO SAGUIM
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.656
Ilustração (salveoverde).

O alarde que fizeram em Maceió, sobre o saguim encontrado morto no Bairro da Gruta, deixou a população em polvorosa. E por mais ar de inocência que queira fazer, a TV Gazeta sabia que uma notícia veiculada na TV tem enorme dimensão. Talvez para causar sensacionalismo, querendo imitar em tudo as notícias negativas de outros estados protagonizou a Careta do Saquim. Talvez a gazeta estivesse procurando mesmo uma notícia sensacionalista, pois fala somente o dia todo, todo dia, de buraco, lama e esgoto.
Depois da m... Feita, vem os panos quentes para acalmar a população. Por sua vez, enxergamos as autoridades apenas preocupadas com as carcaças dos animais mortos (falam em dois) tentando detectar alguma coisa que confirme ou negue a febre amarela. Também, depois de uma zoada da peste daquelas, a parte da Saúde corre que o só o raio da silibrina para mostrar serviço.
"No momento, a população não deve entrar em pânico. Não temos nenhum caso confirmado de febre amarela aqui em humanos. No primata que foi encontrado em setembro do ano passado o primeiro exame deu positivo. Mas existem três técnicas que são responsáveis por esse laudo. As outras duas deram negativas. Mesmo assim, iremos fazer uma contraprova. No momento, está descartada a febre amarela neste primata". 
Observem bem, primata encontrado em setembro do ano passado. Encaramos tudo isso como uma brincadeira de mau gosto e falta de responsabilidade em noticiários de peso.
Por outro lado não vem sendo veiculadas notícias sobre Batalhão Ambiental, IMA ou qualquer outro órgão responsável pela defesa da flora e da fauna. Na verdade, se tem animais morrendo nas grotas de Maceió, a obrigação seria uma investigação rigorosa em busca da causa. Tem gente envenenando os primatas? Chegou algum predador diferente na área? Tem pessoas malvadas caçando por ali. Será a escassez de comida que vem provocando as mortes? Fora os saguins, têm outros animais aparecidos mortos?
Caso não esteja havendo essa investigação em favor da nossa fauna urbana, demonstra uma falha grave nos órgãos protetores. Isso até nos faz lembrar dois galegos arruaceiros que havia no Bairro Camoxinga, em nossa cidade. Ficavam ambos no lugar denominado Maracanã e quando um cidadão passava eles perguntavam se tinha mosquito (um ditado da época). E se tivesse mosquito o pau cantava em qualquer um dos passantes.
É de se perguntar a Secretaria da Saúde e a TV Gazeta: Tem mosquito?




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