quinta-feira, 6 de abril de 2017

O RIO AMAZONAS



O RIO AMAZONAS
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.658
Imagem (governamental)

Entre os montes que circundam a minha cidade, avulta-se a serra do Poço. Com mais de 500 metros de altitude, é assim chamada porque se divide também com o município de Poço das Trincheiras. Faz parte do Maciço de Santana do Ipanema, é a mais alta do maciço e já foi celeiro de frutas e referência de produtos agrícolas de qualidade. No sopé já foram encontrados fósseis, cujas escavações não progrediram.
Como todo povo brasileiro, a criatividade também impera no povo sertanejo. Ainda hoje quando alguém quer se referir à longevidade de pessoas, exclama: Fulano é mais velho do que a serra do Poço. E assim aquele monte absorveu mais essa função social do humorismo caboclo.
Mas não só a idade da serra do Poço interessa aos estudiosos e habitantes do lugar. Distante dali grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília, juntamente com cientistas europeus deu mais um passo importante nos mistérios da Região Norte. Descobriu que o rio Amazonas tem 8 milhões de anos, ampliando pesquisas anteriores que davam ao maior rio do mundo apenas 1 a 1,5 milhão de existência.
A constatação atualizada teve como base os estudos dos sedimentos, a maioria de formação da Cordilheira dos Andes que vai de 10 a 5 milhões de anos atrás.
O rio existia pequeno e como lago. Sua nova idade é contada a partir da sua expansão até o Oceano Atlântico. Quando se ergueu a Cordilheira, esta empurrou rio lago e tudo para a vertente do Atlântico, o rio se expandiu chegando até o que conhecemos atualmente.
Várias secas estão ocorrendo no Amazonas e também períodos de chuvas em tempos não previstos. E como dissemos antes, somente a continuação dos estudos mostrarão novas luzes sobre a influência do rio, Floresta Equatorial e a Natureza com sua biodiversidade. Por isso saber o passado é importante para se compreender o que fazer no futuro.
Além de tudo o que já foi descoberto, sabe-se que a umidade que sai da região amazônica, vai para o Pacífico, mas é impedida pelas alturas dos Andes que manda a umidade de volta e faz chover no Distrito Federal, Brasília e Centro-Oeste.
E para encerrar, apesar de seus 8 milhões de anos, o rio Amazonas ainda é considerado jovem.
Nesse caso, você escolhe em dizer que aquela pessoa que você não aprecia é velha que só a serra do Poço ou novinho igual ao rio Amazonas.





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domingo, 2 de abril de 2017

HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS



HOMENS INTELIGENTES E SUAS PESQUISAS MARAVILHOSAS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.567

ILUSTRAÇÃO (Wagner Cerqueira e Francisco).
À margem da política, da cachorrada, da safadeza, salva o lado tenebroso, a inteligência de hábeis e determinados pesquisadores. E diante da desertificação séria e tantas vezes denunciada ao mundo, seguem-se períodos de fome e miséria em regiões do globo onde não mais se produz nada da terra.
Desvendar os mistérios que envolvem o Saara ─ maior deserto quente do mundo ─ a nós parece um feito extraordinário de homens que se dedicam às ciências. Sempre tivemos a impressão de que a região saariana tivesse sido uma coisa diferente no passado, mas não dentro das revelações dos últimos estudos a respeito. São surpreendentes as deduções de pesquisadores da Universidade de Estocolmo (Suécia) e da Universidade de Columbia e do Arizona, fora outra vertente debruçada no mesmo tema.
Parece mesmo ficção científica apontar o deserto como atualmente se conhece com uma precipitação entre 35 e 100 milímetros e dizer que ali já teve 20 vezes mais chuvas no passado. Os estudos mostram que aquelas areias de tanto calor pelo dia e tanto frio durante a noite, eram antes savanas e pradarias que podem ser chamadas de Saara Verde ou Saara Úmido, sustentadas pelas chuvas de moções.  Um cenário deslumbrante entre cinco e dez mil anos atrás. Região onde havia peixes, crocodilos, elefantes e hipopótamos, paisagem mesmo de savana e pradaria.
"O Saara se tornou verde quando saímos do período glacial. O Sol do verão se tornou mais forte há uns 9 mil anos e isso trouxe uma série de consequências", explica um dos pesquisadores.
Esta pesquisa data o deserto em 2,7 mil anos, mas estima que os seres humanos tenham abandonado as áreas que estavam se tornando desérticas muito antes, à medida que o clima mudava.
Outra versão diz: O período do Saara Verde não ocorreu apenas entre 5 mil e 10 mil anos, mas também há 125 mil anos, como fenômeno cíclico e natural. E se o fenômeno é cíclico, daqui a milhares de anos o ciclo se repetirá. o Saara poderá voltar a ser o que era antes, savana e pradaria, dependendo também das forças antropogênicas.
Sua extensão é maior que a de alguns países, como o Brasil, Índia e a Austrália.

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