quarta-feira, 27 de setembro de 2017

REALIDADE DA POPULAÇÃO

REALIDADE DA POPULAÇÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.747

ARAPIRACA. Foto (Divulgação).
O meu amigo leitor sabe quais são as nove maiores cidades de cada estado nordestino, tirando as capitais? Caso tenha esquecido, iremos lembrá-lo nessa nova ordem brasileira. Nas últimas décadas as pessoas têm procurado mais as grandes cidades do interior para viver. Esses aglomerados urbanos se modernizam oferecendo quase tudo que se encontra nas capitais, a maioria em regiões litorâneas. Para facilitar sua compreensão, vamos apresentar a maior cidade em cada estado nordestino pela ordem. O número de habitantes de cada uma delas está em número redondo, assim distribuído: a maior de todas as cidades do Nordeste, tirantes as capitais é: Jaboatão dos Guararapes, 695.000 habitantes (Pernambuco). E nos outros estados são as maiores: Feira de Santana, 627.000 habitantes (Bahia); Campina Grande, 407.000 habitantes (Paraíba); Caucaia, 358.000 habitantes (Ceará); Mossoró, 295.000 habitantes (Rio Grande do Norte); Imperatriz, 254.000 habitantes (Maranhão); Arapiraca, 237.000 habitantes (Alagoas); Nossa Senhora do Socorro, 181.000 habitantes (Sergipe); Parnaíba, 150.000 (Piauí).
Visto, então, as cidades acima, podemos dizer que elas são as em cada um dos nove estados nordestinos. Jaboatão dos Guararapes – vencedor entre todos os estados – faz parte da região metropolitana do Recife. É conhecida como Berço da Pátria, por ter sido palco da Batalha dos Guararapes, travada em dois confrontos em 1648 e 1649. Com esse acontecimento, pernambucanos e portugueses expulsaram os invasores holandeses. Por essa luta, em 1989, o município passou a chamar-se Jaboatão dos Guararapes, mas também por outros motivos.
Como se vê, a casa dos 600,000 habitantes é reduzida entre os núcleos interioranos, não passando de apenas duas cidades. Na faixa dos 500.000 habitantes não existe nenhuma. A mais comum é a faixa dos 200.000 habitantes, mas não tão comum assim. Para nós, moradores do Nordeste, uma cidade do interior com mais de 200.000 habitantes, já representa um monumento gerador de empregos, renda e serviços essenciais à população. São elas as preferidas nesse fluxo migratório de início de Século XXI.





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terça-feira, 26 de setembro de 2017

O SURURU DE ALAGOAS

O SURURU DE ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de setembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.746
SURURU. Foto: (diariodopoder).
O famoso sururu de Maceió tem denominação vinda do tupi. É um molusco bivalve, isto é, que possui duas conchas duras e por isso chamado também de sururu-de-capote. Retirado das conchas apresenta-se amarelado e comestível. Seu nome científico é Mytela charruana conhecido em outros lugares como mexilhão. Esse molusco também pode ser encontrado em partes de estados nordestinos como Bahia, Sergipe, Pernambuco, Maranhão e em áreas específicas. Mas é em território alagoano onde alcança grande notoriedade, sendo até considerado Patrimônio Imaterial de Alagoas pelo Conselho Estadual de Cultura. No prato possui proteínas de alta qualidade, tem baixo teor de gordura e apresenta-se como de fácil digestão.
Apesar de o sururu ser apontado como coisa de pobre, ele está presente em todas às mesas do estado, inclusive nos restaurantes mais grã-finos. É capturado nas lagoas e mais de trezentas famílias vivem da sua cadeia produtiva na sequência: capturar, lavar, peneirar, “despinicar” e vender. Como curiosidade, a palavra regional despinicar, ficou fora do dicionário, mas significa limpar, retirar os excessos com os dedos. Quando as águas temperadas das lagoas ficam muito doces, o molusco desaparece. Foi o que aconteceu agora com os rios despejando nas lagunas neste inverno prolongado. Temporariamente ficamos sem as vendedoras típicas de sururu gritando o produto pelas ruas da cidade.
Vários pratos são feitos com o molusco como o inigualável “caldinho de sururu” e a “moqueca de sururu”, além do pirão de “sururu-de-capote” e sanduiches. Mas devido à poluição de esgotos domésticos e industriais e o manejo sem higiene, doenças graves ameaçam também seus consumidores. Falta a presença constante do estado em toda a sua cadeia produtiva num trabalho contínuo e ininterrupto em favor da saúde do alagoano. As pessoas que vivem diretamente do sururu, geralmente moram no entorno das lagunas e, na falta do molusco, tentam a pesca comum, o que nem sempre dá bons resultados.
Vamos aguardar à volta do bicho.





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