quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

REGISTRE A PATENTE

REGISTRE A PATENTE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.816

FOTO: (OPERA MUNDI).
Estão completamente defasadas as formas de governar dos prefeitos brasileiros, em maioria. A ambição desmedida (vejam os jornais) perpetua o reinado dos coronéis que se preocupam apenas em abastecer os seus próprios paióis. Não fazem absolutamente nada pelo futuro dos seus municípios e, quando muito, calça uma rua, um beco e logo corre a colocar o nome da rua de um parente. Muitos não querem mais educar os filhos para as profissões diversas do mercado, mas apenas para o dinheiro fácil que é a política. E na falta de filho, coloca a filha, na falta de filhos e filhas, coloca a empregada, a rapariga, a peste, contanto que a minação do dinheiro público mine no seu desgraçado bolso. Ainda bem que alguns se salvam e transformam o seu município em grande competidor do porvir.
A eterna ambição de cada qual deixa o município em situação caótica na Saúde, na Educação, na limpeza urbana, na falta de planejamento. Ruas e mais ruas que mais parecem latrinas com esgotos a céu aberto. O mato toma conta do calçamento que não presta nem para cavalo. Não se encontra uma lixeira nas ruas, faltam placas de sinalização, poda de árvores e pinturas, novos lugares de escoamento do trânsito e tantas outras coisas que desanima qualquer filho da terra. Quando se diz que o povo não sabe votar é apenas meia verdade. O rico honesto não quer ser candidato. O pobre honesto não pode se candidatar porque bandidos não deixam. O mais ou menos chega lá e se corrompe, vai carregar o andor do padroeiro, naturalmente pensando que o santo compactua com sua desgraçada atitude.
Quando o eleitor olha para um lado e para o outro, não encontra candidato do seu agrado e se ver garroteado para votar em um dos viciados que ele mesmo conhece muito bem. E esse ciclo do mal vai se perpetuando até não se sabe quando, pois se acusa, se prende e se solta no outro dia. E depois de tal tornozeleira que o diabo inventou, só fica na prisão o ladrão de bodega, o assaltante de beco, o larápio de galinhas. Mesmo que viesse uma nova ditadura militar, seria para cometer os mesmos erros, muito embora espanasse ratazanas para todos os lugares. Mas quando voltassem à condição civil, novos ratos entrariam na competição pelo queijo fácil do erário público, pelos séculos e séculos sem fim.
Quem tiver como salvar o Brasil dos políticos ladrões, registre a patente.




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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

BOM JESUS EM PÃO DE AÇÚCAR

BOM JESUS EM PÃO DE AÇÚCAR
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1816

PÃO DE AÇÚCAR. (IBGE. CIDADES).
Segundo divulgação, a festa tradicional de Bom Jesus dos Navegantes que acontece praticamente em todos os municípios do baixo são Francisco, terá nova edição em Pão de Açúcar. Os festejos estão previstos entre 10 e 14 com várias atrações como sempre acontece. As apresentações serão culturais, religiosas e espetáculos com bandas conhecidas. Haverá carreata, banda de pífanos, fogos de artifícios, coco de roda, chegança, dança das peneiras, corrida de jegue, quebra pote, corrida de saco, corrida de canoas, procissão fluvial e missa de encerramento. Estas são apenas algumas das inúmeras atrações da festa.
Faz bastante tempo que estive por ali contemplando pela primeira vez a Festa de Bom Jesus dos Navegantes. Estava acompanhado do amigo de Santana, negão Zé Lima, de saudosa memória, quando fomos apreciar do alto do Cristo Redentor a procissão fluvial. Um verdadeiro colírio para qualquer pessoa a paisagem deslumbrante do rio São Francisco. As embarcações conduzindo a imagem do Bom Jesus complementava o cenário espetacular. Mas enquanto eu me deleitava com o cenário sertanejo, meu amigo parecia distante da realidade e delirava acordado, lembrando e falando constantemente sobre os belíssimos olhos de Zilma, segundo ele. Estava apaixonado até a alma pela moça de Santana, cujos olhos verdes não lhes deixavam em paz um só momento.
Mas subindo o morro do Cristo ou não, a Festa do Bom Jesus dos Navegantes, em Pão de Açúcar, não fica esquecida facilmente. E para o visitante que chega sem muitos compromissos, pode ficar após a festa por alguns dias para descobrir tantas coisas passeando por ruas, avenidas, rio e trilhas inesquecíveis. A cidade é plana e agradável com muitas histórias em cada esquina. Antiga Jaciobá (espelho da lua), terra de músicos e intelectuais, inicia-se com o pão de açúcar, morro parecido com forma de fazer açúcar. Querendo chegar ao rio, pode ser através de Santana do Ipanema, passando por Olho d’Água das Flores e Palestina, por uma paisagem cem por cento sertaneja e encantadora.
Bom Jesus dos Navegantes lhe aguarda.



   





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