domingo, 28 de janeiro de 2018

PROCURANDO SOLUÇÕES





PROCURANDO SOLUÇÕES
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.833

VIDA E MORTE DE UMA  LAVANDERIA. FOTO: (B. CHAGAS).
Embora não seja nossa atribuição apontar as mazelas da terra, surgem determinadas coisas que pedem encarecidamente uma força para solução de problemas. Mesmo com o número de vereadores aumentado de nove para onze, tem alguma coisa errada com os fiscais do povo. Nada fomos investigar, pois como dissemos acima, não é da nossa alçada, embora qualquer cidadão possa apontar e reivindicar sobre o lugar em que mora. Mas quando o absurdo é grande demais, não se pode fazer outra coisa a não ser berrar em favor dos humildes contra os ouvidos moucos. É preciso um olhar mais aceso das autoridades para a população carente que é filha do mesmo pai que criou o mundo.
Passamos pelo chafariz construído para lavanderia do povo mais pobre, no Bairro São José. Construção ainda feita pelo, então, prefeito Nenoí Pinto e que muito serviu à população carente. Encontramos a outrora lavanderia abandonada em estado lastimável, praticamente em ruínas e servindo de estábulo. Um fedor insuportável no seu interior, deterioração generalizada, inclusive telhado/peneira. São, entre dez e doze boxes divididos em duas alas, cujos azulejos estão praticamente irrecuperáveis. Não existe vigia do bem público e os aproveitadores estão perto da demolição completa do prédio. A reclamação com o descaso é motivo de revolta surda do povo que utilizava a lavandaria quando decente e conservada.
O chafariz dentro do lixo e do abandono ainda funciona, quando várias pessoas para o local se dirigem em busca de água doce. Entre os onze vereadores santanenses, três são do próprio Bairro São José e moram em torno da citada lavanderia em raio de menos de duzentos metros. Como simples cidadão também do bairro, estamos apelando para as autoridades assim como alguns moradores que não sabem mais o que fazer. Será que é preciso reportagem da televisão? A lavanderia está implantada por trás de escola municipal servindo de péssimo exemplo público que vem se arrastando por algumas gestões.
Quanta falta de sensibilidade!




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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

ALBERTO AGRA E A PRAÇA DO TOCO


ALBERTO AGRA E A PRAÇA DO TOCO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de janeiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.832

ALBERTO. Foto: (Adriana Marques).
Tive três bons professores de Geografia em minha vida, mas Alberto Nepomuceno Agra foi o maior deles e o responsável pelo meu amor à profissão. Intelectual, austero, professor, fazendeiro, dono de farmácia e ex-pracinha, Alberto não era de elogiar ninguém e economizava o riso. Este cidadão foi ainda um dos pioneiros dos transportes coletivos Santana – Maceió, fundador de Companhia Telefônica na cidade, um dos fundadores e diretor do Ginásio Santana, da Rede Cenecista. Além disso, prestou inúmeros outros relevantes serviços à sociedade e sempre esteve presente em todos os grandes acontecimentos municipais.
Certa feita nos encontramos no Comércio e eu – todo acanhado diante daquela autoridade – fui surpreendido quando ele me disse: “Já corrigi as provas, coloquei a sua como uma das primeiras”. Quase não dormi à noite, ante aquela inusitada deferência. Vários anos depois, já atuando como professor de Geografia em várias escolas de Santana, novo encontro.   E ele: “Não me chame Seu Alberto, e sim, Alberto”. Fiz ver ao mestre a minha admiração pelo seu trabalho na matéria geográfica e ele me respondeu com a maior naturalidade: “Você me superou”. Atônito, respondi apenas: “Que é isso, Alberto!...”.
Mas a afirmação de Nepomuceno foi como se eu tivesse escutado o espocar de mil foguetes no alcance do meu objetivo: Desde a adolescência que eu queria atingir um dia a intelectualidade dos três homens que eu considerava os mais inteligentes de Santana e ficar na mesma plataforma: Alberto Nepomuceno Agra, Aderval Tenório e Eraldo Bulhões.
O tempo passou e o meu Velho Mestre partiu deixando a Geografia em minhas mãos, em minha cabeça e no meu espírito.

XXX

As autoridades, criminosamente ignorando o valor histórico da única praça original de Santana do Ipanema, construída na década de 1940 para homenagear um deputado federal que muito ajudou a nossa cidade, Emílio de Maia, destruíram quase tudo na fúria de trator. Para serem agradáveis, retiraram o nome do primeiro benfeitor para colocarem o nome do meu mestre que se fosse vivo jamais teria consentido semelhante aberração.
Mais uma vez a ignorância venceu a racionalidade. Atualmente o santanense perdeu as duas homenagens: nem Emílio de Maia e nem Alberto Nepomuceno Agra. A Praça agora estar sendo chamada PRAÇA DO TOCO.
As autoridades atuais precisam corrigir a injustiça transferindo o nome de um dos maiores santanenses da nossa história, para um lugar decente que até poderia ser uma futura ponte sobre o Ipanema, a futura Praça de Eventos ou mesmo um futuro calçadão no centro da cidade, sem cometerem o mesmo erro. 
PRAÇA DO TOCO! QUE AFRONTA A QUEM DEU TUDO POR SANTANA!







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