quinta-feira, 15 de março de 2018

AABB EM NOITE LITERÁRIA SERTANEJA



AABB EM NOITE LITERÁRIA SERTANEJA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.859


Finalmente amanhã, sábado dia 17, teremos um grande encontro literário. Trata-se de um grupo de 100 pessoas (Ciclo Fechado dos 100) que resolveu financiar o próprio livro “230”, cuja publicação será especial e restrita a 100 exemplares. O livro “230” é uma homenagem do autor santanense, Clerisvaldo B. Chagas, aos 230 anos da fundação de Santana do Ipanema. É a história dos nossos edifícios públicos, situações e lugares através de fotografias antigas e modernas. O livro/enciclopédia, além da história cronológica dos prédios, situações e lugares, traz legenda, resumo histórico e datas, que irão deixar o leitor bem confortável, polêmico e saudoso, quando “230” se grudará a sua vida.  
O lançamento do livro histórico santanense será apresentado pelos escritores da terra, Fábio Campos e Marcello Fausto, numa típica reunião sertaneja que contará com a participação extra do cantor Manoel Messias, o Imperador do Forró e a cantora revelação do interior Wilma Alves, A Dona da Noite, além de declamação de poesia. O Ciclo de 100 Guardiões da Cultura Santanense está fechado, mas se houver alguma desistência, haverá repasse  dos faltosos para uma pequena fila de espera. Apenas 100 exemplares serão oferecidos à sociedade santanense, cujas escolas maiores da cidade, fazem parte da lista dos guardiões.
Os trabalhos literários terão início às 20 horas no salão nobre da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB.
Entre tantas obras publicadas pelo romancista B. Chagas, estão alguns documentários e didáticos como livros importantíssimos para a história do Sertão como “Geografia de Santana”, “Negros em Santana”, “Ipanema um Rio Macho”, “Conhecimentos Gerais de Santana” e “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema” (ainda inédito).
Após o lançamento do livro “230”, o autor promete luta para publicar “O Boi e a Bota...”, os romances do ciclo do cangaço: “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda Lajeado” e “Papo-Amarelo” e mais “Colibris do Camoxinga”, “Maria Bonita, a Deusa das Caatingas”, “Barra do Ipanema, Um Povoado Alagoano”, “Repensando a Geografia de Alagoas” e “Padre Cícero, 100 Milagres Inéditos”.
Vamos ao clube.


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quarta-feira, 7 de março de 2018

LAMPIÃO E LUIZ GONZAGA


LAMPIÃO E LUIZ GONZAGA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de março de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.857
 
CAPA DE DISCO. (DIVULGAÇÃO).
Lá nas paragens de Exu, Pernambuco, quando Gonzaga ainda era menino, queria porque queria conhecer o Virgolino Ferreira que atingia o Ápice da fama. Acompanhando o velho Januário, tocador de fole, pelos bailes da região, o futuro sanfoneiro ia treinando com o instrumento e a música que se traz no sangue. Todos já sabiam que Lampião também tocava sanfona de oito baixos. Esse era um dos ferrenhos motivos pelos quais Luiz queria conhecê-lo, embora tenha dito mais tarde que Virgolino tocava desafinado e que havia gente no bando que tocava direito. A família de Luiz não queria contato com o bando de Lampião, alegando as atrocidades cometidas pelo bandido. Pelas pistas escorregadias da entrevista do cantador, vamos nos situar em 1926.
Quando correu o boato de que Lampião iria a Juazeiro do Norte, Luiz Gonzaga animou-se uma vez que Exu era ponto de passagem do cangaceiro. E no segundo boato, quando se falou na aproximação do marginal, muitas famílias de Exu abandonaram suas casas e foram se esconder no mato. Gonzaga protestava em ficar, mas a mãe não consentiu. Passaram a noite em um esconderijo da caatinga. No outro dia, na dúvida, a mãe de Gonzaga indagou se ele tinha coragem de ir até à rua, saber se Lampião já havia passado. Gonzaga foi. E quando retornou ao esconderijo, veio brincando aos gritos que todos corressem que Lampião estava chegando. O resultado é que levou uma boa pisa de todos.
O povo que havia corrido para passar a noite no mato se arrependeu e voltou. Somente sua família permaneceu isolada na caatinga. O futuro artista diz que perdeu a única oportunidade de conhecer Lampião, além de levar a surra. Tempos na frente, já no Rio de Janeiro, Gonzaga iniciava a vida com a sanfona e tocando coisas alheias, em trajes elegantes. Quando começou a tocar em indumentária de cangaceiro e compondo suas músicas nordestinas, as portas começaram a se abrir. Assim o Brasil ganhou um dos maiores artistas da história e se fechou para um possível cangaceiro medíocre do grupo de Lampião.
A música de Gonzaga fez o Brasil feliz.





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