terça-feira, 3 de abril de 2018

FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS


FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.871
 
AMETISTAS BRUTAS. (YOUTUBE).
Como a Natureza produz pedras preciosas:
Diamante. Feito somente de carbono, o diamante é uma das poucas pedras preciosas que não costumam se formar na crosta terrestre, e sim no manto, um oceano subterrâneo de magma. A pressão e a temperatura do manto, capazes de liquefazer rochas, também comprimem e fundem o carbono na forma de diamantes, que são carregados à superfície pelo magma, misturados a rochas ígneas. Em raros casos, a pressão que forma rochas metamórficas na crosta terrestre também forma diamantes.
Esmeralda. Formada pela combinação dos elementos berílio, alumínio, silício e oxigênio em uma solução aquosa, a esmeralda costuma ocorrer em veios de água quente (hidrotermais) derivada do magma nas profundezas da crosta terrestre. Quando essa solução aquosa com esses quatro elementos se resfria, a esmeralda se solidifica.
Rubi e safira. Quando magma contendo alumínio e crômio encontra bolsões de ar na crosta terrestre que contêm oxigênio, esses três elementos se combinam e formam rubis. O crômio, um elemento raro, é o que dá a cor vermelha ao rubi. Se ele não estiver presente na brincadeira, a gema formada é a safira, que costuma ser azul.
Turquesa. Parecida com a esmeralda, a turquesa vem da combinação de elementos (fósforo, cobre e alumínio) em uma solução aquosa. A diferença é que essa solução não deriva do magma do manto, e sim do infiltramento de água da superfície na crosta terrestre. Quando o infiltramento se aprofunda o suficiente para o calor evaporar a água, a turquesa se forma.
Quartzo. É formado pela evaporação de uma solução aquosa contendo átomos de silício, o que ocorre tanto em veios de água de superfície na crosta terrestre quanto em veios hidrotermais. Com a presença de certas impurezas (com o ferro) durante sua formação, o quartzo pode ficar da cor violeta, também conhecido como ametista.
Fonte: (Petrobrás e outras).
Em Santana do Ipanema tem uma mina desativada de ametistas. Detalhes no livro inédito: “O Boi, a Bota e a Batina; história completa de Santana do Ipanema”.









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domingo, 1 de abril de 2018

O CABURÉ DO SERTÃO


O CABURÉ DO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.870
 
CABURÉ. ILUSTRAÇÃO: (Jorge Kutsmi).
Povoando praticamente o Brasil inteiro, podemos encontrar o Glaucidium brasilianum, a pequena coruja brasileira, no sertão nordestino. Também chamada caburé, o caburé miudinho, Glaucidium minutissimum, recebe nome pejorativo com vários significados. Mede 16,5 cm, possui duas colorações de plumagem e sabe confundir a sua presa. O caburé alimenta-se de outras aves como pardais e sanhaçu, insetos, rãs, lagartixas, pequenas cobras e às vezes, beija-flor. Gosta de ficar em lugar mais alto de onde sai o voo para capturar com as garras. Quando sua presença é notada por outras aves, estas fazem um alarido, denunciando sua presença. Tem a voz numa sequência mais devagar e emite 10 a 60 assobios.
O voo do caburé é ruidoso, contrariando a espécie. Põe 2 a 5 ovos brancos, gosta de fazer ninhos em buracos de árvores. Todavia faz morada em buracos de parede e barrancos. Gosta de agir diurnamente e no crepúsculo. Habita as bordas das florestas, várzeas e copas de árvores. Mas o Caburé também gosta de fazer ninhos em cupinzeiros de 4 a 6 metros do chão e, abandonados por outras aves. Ele é ativo dia e noite e canta pelo dia. Com frequência avista-se o caburé em mourões de cercas e nas fiações elétricas. Atrás da cabeça tem face falsa para enganar pessoas e animais. Quando completamente imóvel, como estratégia, não é fácil de ser notado. Suas sobrancelhas são brancas com destaques.
Nas brincadeiras e piadas do sertão, o sertanejo gozador aponta o caburé como sendo o amante à espreita da mulher casada infiel. Também se faz referência às pessoas feias com a expressão: “Parece um caburé-de-‘urêia’ (orelha)”. Algumas localidades sertanejas possuem essa denominação. Também se aplica o termo à pessoa da roça, ao matuto das brenhas, como brincadeira normal do cotidiano.
E para você, casado, que gosta muito de viver farreando fora de casa, tenha cuidado com o CABURÉ.


                                                                                   

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