segunda-feira, 9 de abril de 2018

A HISTÓRIA DO ATERRO


A HISTÓRIA DO ATERRO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.876
 
REGIÃO DO ATERRO. FOTO: (B. CHAGAS).
No final dos anos 40 para o início dos anos 50, foi necessária a travessia da rodagem – atual BR-316 – por dentro da cidade de Santana do Ipanema. Para isso, inúmeras toneladas de terra foram usadas na baixada cortada pelo riacho Camoxinga, no seu trecho de chegada à foz. Não sabemos de onde veio tanta terra para a obra viária. Após a construção do trecho que ainda constava de uma ponte sobre o próprio riacho, o lugar passou a ser denominado popularmente até a presente data, de Aterro. Parecia muito feio a cidade dividida por um grande muro. Como ficaria posteriormente o lado oposto à região do comércio? Isto iria depender da disposição da cidade em se expandir também para aquelas bandas. Afinal era à maneira de uma rodagem federal chegar até nós.
O futuro foi delineando a paisagem insalubre da parte baixa após o Aterro. A própria dinâmica da região onde atualmente é o chamado Colégio Estadual, foi formando a seu modo as habitações independentes, como caminho para a serra do Poço e os sítios Barroso, Água Fria e Camoxinga dos Teodósio. Por outro lado, a região do Maracanã se expandiu com algumas ruas e, o todo construído passou a se chamar Rua da Baraúna. Os dois núcleos, como era de se esperar, se encontraram, formando uma região conhecida por várias formas. Apesar da insalubridade, ali funcionam vários órgãos importantes da educação e da saúde.
Com o tempo, foi construído um viaduto no Aterro, que procura ligar a região periférica do comércio com a baixada das escolas. Isso veio facilitar os meios de transportes e a comunicação. O asfalto deu vida e beleza ao Aterro, mas ainda faltam outros cuidados desprezados como a jardinagem de encosta e um melhor serviço de drenagem das águas de toda a região em ambos os lados.
A parte baixa do Bairro Camoxinga, ainda precisa de novas alternativas da engenharia para o transporte até o comércio e estradas retas até o sítio Barroso.

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domingo, 8 de abril de 2018

CAFÉ COM O QUEIJO ALAGOANO


CAFÉ COM O QUEIJO ALAGOANO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.875

LATICÍNIO EM MAJOR ISIDORO. FOTO: (AGÊNCIA ALAGOAS).
Quem quiser que não ache, mas nenhuma comida típica sertaneja supera o café com queijo. Transportando a delícia para séculos passados, o queijo de coalho e de fogo surgiram em Alagoas com a ocupação do Sertão pelos rebanhos bovinos. Os fazendeiros das fazendas de criar passaram a ser autossuficientes em questões básicas de alimentos. Entre outros produtos estava o queijo de coalho, fabricado com leite cru e o coalho natural. Essa iguaria vem varando o tempo, nas mesas da roça, nos bornais de cangaceiros, vaqueiros e forças volantes, significativa com farinha de mandioca e rapadura. Atualmente, devido aos apertos cada vez maior das autoridades em busca da saúde, o queijo de Alagoas passa por uma transformação espetacular.
As fábricas estão se organizando e, obrigadas por lei, procuram fabricar o produto com leite pasteurizado. Nos laticínios de Alagoas, são produzidos 30% do queijo de coalho. O sindicato da categoria estima que o estado produza 15 mil quilos de queijo de coalho/dia, 60 toneladas por mês. Existe até fábrica que desenvolveu o próprio queijo na fazenda, sem os estudos já existentes, atingindo uma qualidade superior. Produtores batalham por uma identificação internacional do queijo de coalho de Alagoas, assim como de uma região específica do queijo mineiro. É uma espécie de identificação geográfica diferenciada: “selo referencial de qualidade”. Esse alimento apreciado pelo alagoano está em todo o território estadual, cada vez mais com selo de inspeção, municipal, estadual ou federal.
Diz uma das inúmeras canções de vaqueiros:

“Ela pergunta ao amado:
Você quer café com queijo?
Ele responde sorrindo:
Eu quero é lhe dá um beijo...”.

E assim vamos torcendo para que o nosso estado consiga logo esse tal selo referencial de qualidade, para que possamos nos orgulhar mais ainda dos nossos atrativos lácteos.
Por falar nisso, licença que um bom café e uma generosa fatia de queijo de coalho me aguardam.




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