segunda-feira, 8 de outubro de 2018

MUITO BEM GOVERNADOR


MUITO BEM GOVERNADOR
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de outubro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.992
Governador Reeleito Renan Filho.

A vitória do governador Renan Filho, quase sem adversário, foi como ele mesmo disse: O reconhecimento da sua administração. Estamos vindos de uma sequência de governadores indiferentes, péssimos, fraquíssimos que nem cabo de vassoura. Nem gostamos de falar em política em nossos escritos, para não dá a impressão de odiento ou de bajulador. Mas na hora de falar do errado, nós falamos, assim como elogiamos o que foi feito de proveitoso. Os bons administradores foram ficando tão raros que nem tínhamos mais esperanças nos homens da terra. Analisamos fatos como cidadãos comuns que vivem o cotidiano do nosso estado com análise isenta de partidarismo: fez, fez; não fez, não fez.
Está certo quem diz que o governador não foi bom para o Magistério, a minha categoria, mas foi dinâmico na infraestrutura do estado. Faz gosto hoje a qualquer visitante rodar por Alagoas, por suas estradas bem cuidadas da capital aos recantos dos sertões. Houve uma mudança radical no modo de vê as coisas de cima para baixo. A transformação que aguardávamos há décadas chegou e Alagoas voltou a ser o tal “filé de Nordeste”, como se dizia, antigamente. Existe, porém, outro desafio na segunda gestão do governador. Vamos ficar vigilantes para que o sucesso do primeiro seja o êxito do segundo.  Quanto mais trabalho mais crédito, pois a população, hoje em dia encontra-se bem informada.
Dizia meu pai, comerciante experiente e admirador de um ótimo governante: “Administrador é como cavalo bom, mora longe um do outro”. Vamos aguardar a segunda gestão do Renan Filho. Tem tudo em suas mãos para dá certo. Alagoas precisa de paz e boa estrutura, confiança assegurada nos seus governantes, para alcançar uma posição invejável no Nordeste. Os maus – em tudo – estão aos poucos deixando o poder pela vigilância popular. Ainda falta, é verdade, uma limpeza grande, mas essa eleição já começou com uma vassourada boa.
Ê “mundo ‘véi’ sem porteira!”.
É bom ser povo.



                                                                                                                                

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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A GALEGA E O GALO


A GALEGA E O GALO
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de outubro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.991
ILUSTRAÇÃO; GALO DA MADRUGADA.

Já ouvimos falar bastante do perigo de um guará choco. Quando o lobo- guará parte para atacar o homem, afirmam todos, o cabra tem que está armado, ser muito macho e pode até morrer no duelo. O cachorro é outro bicho que também ataca o ser humano nas ruas. Duas ameaças ferozes conhecidas. No caso do guará choco, tem até gravação de forró dizendo que não deseja absolutamente nada de mal ao inimigo, apenas um encontro casual com um guará choco. Muito bem, estando em uma unidade de saúde, chega uma galega alta, forte, sexagenária e falante, mão inchada, braço na tipoia e dedos quebrados. “O que foi isso, mulé?”. E ela responda sorrindo; “Foi galo”. A admiração é a mesma entre todos. A galega conta em voz alta à aventura.
Ao passar em uma das ruas de Santana do Ipanema, um galo a atacou. Um galo de, aproximadamente, três quilos, viciado, provavelmente de briga. A galega defendia-se com uma sombrinha. O galo afastava-se, preparava novo golpe e partia voando em direção ao rosto da senhora como querendo arrancar-lhes os olhos. A galega defendia-se desesperadamente sob o riso de algumas pessoas que assistiam o duelo. O galo fez nova carreira e pulou nos peitos da mulher que não resistiu ao impacto, caiu por cima do braço e quebrou os dedos. Não pode se levantar. O galo afastou-se e ficou ciscando com ares de vitória. Somente aí a galega foi socorrida pelo povaréu. Talvez precise operar os dedos.
Aguardando o médico, a galega narrava à aventura – digna de ser filmada – com animação. Ao sairmos, a mulher nos abençoou e pediu a Deus para não encontrarmos um galo doido por aí. Quem ia chegando queria saber a história dos dedos quebrados, mão inchada e tipoia. Logo imaginamos que o acontecido daria uma crônica, pelo fato cotidiano da presepada. Aproveitamos e dissemos a mulher bem humorada. “Aproveite e jogue no bicho, minha senhora. Aposte no galo... Quem sabe!”.
A galega dos dedos quebrados desatou uma gargalhada.

                                                                                            

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