quinta-feira, 27 de junho de 2019

SÃO PEDRO: O AMARGO ESPERIMENTO


SÃO PEDRO: O AMARGO ESPERIMENTO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.135

(IMAGEM/DIVULGAÇÃO)
 São Pedro é um santo muito popular no Nordeste. Em relação a ele, o nome Pedro ainda hoje prolifera em todas as unidades nordestinas. Todos conhecem a história do homem que teve o prestígio de ser amigo de Jesus. Ainda hoje Pedro é apreciado como o chaveiro do céu. Os nordestinos gostam tanto de Pedro que o chamam como brincadeira respeitosa, de Pedrinho. Dizem que certa feita, o homem que abre e fecha o céu, pediu a Jesus para passar três dias na Terra. Estava com saudade, dissera ele. Jesus consentiu e Pedro desceu. Mas, não retornou no dia combinado. Somente quinze dias depois Pedro lembrou-se do trato com o Senhor e partiu para cima. Sem brabeza alguma, Jesus passou a interrogar a Pedro.
“Perdoe Senhor, mas é que na Terra estava tão bom que eu esqueci do prazo. Era festa por todos os lugares, Mestre. Música, dança, farra, fartura... Uma beleza”. Aí Jesus indagou: “E falam em
mim, Pedro?”. “Não ouvi não, Mestre”. O tempo passou e no ano seguinte bateu a mesma saudade da Terra no ex-apóstolo de Cristo. Dessa vez pediu os mesmos três dias de férias. Jesus foi generoso e disse: “Não Pedro, pode passar quinze dias na Terra que eu me arranjo por aqui”. Pedro agradeceu e partiu para o Planeta. Passados apenas três dias, São Pedro estava de volta. Jesus, então,  perguntou ao amigo o que tinha acontecido. Não havia lhe dado quinze dias, porque voltara em apenas três?
Pedro respondeu: “Ah, meu Senhor, voltei logo porque a coisa está feia na Terra. Muita fome, terremotos, enchentes, maremotos, guerras, secas, desentendimentos... Muito desespero, Mestre”. E Jesus, calmamente, perguntou de novo: “E falam em meu nome, Pedro?”. Pedro ficou triste e respondeu: “Só é em quem falam Senhor, o vosso nome é um clamor geral”.
E assim foi encerrada essa lenda em que os mais velhos contavam nas rodas instrutivas de outrora. O amigo bem que poderia repassá-la aos filhos, netos e amigos. Quem sabe se a narrativa não iluminará a meditação de alguém.
Respeito profundo a Pedrinho.
Viva São Pedro!.

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quarta-feira, 26 de junho de 2019

MONSTRENGO NAS BR


MONSTREGO NAS BR
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de junho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.134

SILHUETA ESTILIZADA. (FOTO: B. CHAGAS).
Todos eleitores esperam do seu candidato eleito, tino administrativo apurado. Prefeito, governador, presidente, estão – pelo menos no início – como esperança de um trabalho profícuo sem desculpas amarelas... Esfarrapadas. Obra iniciada e não concluída só atrai o que não presta, tanto para o povo quanto para o gestor. As inúmeras carradas de pragas e palavrões devem mexer muito negativamente na espiritualidade e na política do alvo das multidões. Pragas e xingamentos não podem trazer o que é bom. Um viaduto que seria de anel viário, trevo, passagem ou outro nome qualquer, enganchou no meio da BR-101 e BR-316 no trecho São Miguel dos Campos – Rio Largo; Pilar – Atalaia. Levantado pedaço do viaduto, obra parada e longos anos pousando no equívoco humano.
Ah, essas obras inacabadas que não levam a lugar nenhum, são muito parecidas com o destino enigmático de muita gente. Calculamos em mais de dez anos a resistência do monstrengo no mostruário em terras alagoanas. Quantas e quantas piadas e palavrões ouvimos dos motoristas que trafegam por ali! Havia muitas comparações com o asfaltamento do povoado Carié – Inajá, com enrolamento de mais de 40 anos e a conversa fiada do trevo da Polícia Rodoviária. A primeira já foi realizada. A segunda, em Maceió, finalmente está em pleno vapor e se desenha como obra de fato magnífica. Vai ser aliada da nova entrada Satuba/Maceió, antes imunda e hoje transformada em jardim.
Bem, para os longevos e pacientes cidadãos, parece que a coisa vai. Quem trafega no trecho na antiga presepada começa a
ver movimento de máquinas e operários no local, dando nítida impressão que mexeram nos pauzinhos. Assim, passamos no ponto mais de uma vez e aproveitamos para fotografar, mesmo em hora inconveniente. Pelo menos mostra a silhueta do bicho de concreto. E se o negócio dos novos dirigentes é desenterrar cabeças de burros, que assim seja. As três obras citadas são valorosas e representam ao final, desenvolvimento e segurança nas estradas que cortam o nosso estado.
Na realidade, existem os coveiros de cabeças e os desenterradores de muares.
Xô!.



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