quarta-feira, 3 de agosto de 2022

 

CULTURA HOMENAGEIA ESCRITOR

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de agosto de 2002

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.746

 

Terça-feira passada (2) numa visita de cortesia ao Departamento de Cultura de Santana do Ipanema, fomos surpreendidos com uma homenagem em alto estilo, do Diretor de Cultura, Robson França, a bibliotecária Telma e o músico Luiz, no gabinete do Diretor. Sem de nada suspeitar, recebemos palavras elogiosas de estímulo e carinho da parte do senhor Robson França. Em seguida, a senhorita Telma, bibliotecária da Biblioteca Breno Acioly, nos recepcionou com um belíssimo recital, acompanhado ao violão pelo músico Luiz que cantava um estribilho de Gonzaga nos intercalados do recital. Entre os poemas que ornaram a tarde daquele dia chuvoso, estava um martelo agalopado da nossa autoria, recitado com tanta ênfase e alma que não resistimos ao marejar dos olhos, numa réplica sensitiva tal as cacimbas do rio Ipanema. O escritor estava acompanhado da sua esposa Profa. Irene Ferreira das Chagas, na   Casa da Cultura.

A Casa da Cultura estar situada à Avenida Coronel Lucena, próximo à Prefeitura, e abriga o Departamento de Cultura e a Biblioteca Pública Breno Accioly. Centralizado na cidade, o Departamento facilita o acesso aos santanenses de qualquer parte da urbe ou de municípios vizinhos em missão de visitas, pesquisas, curiosidades ou turismo. E por coincidência, a Biblioteca foi fundada pelo homem homenageado com o título da Avenida. Na ocasião da nossa visita, a Casa da Cultura achava-se bem movimentada a até banda de música havia, resultado do dinamismo dos seus administradores. Sem dúvida nenhuma o lugar se tornou ponto de   encontro entre intelectuais e os que têm sede de conhecimento.

E por falar em conhecimento, é o ato de compreender por meio da razão e/ou da experiência.  Enquanto isso, um dos conceitos de Cultura,  representa o conjunto das tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitações às gerações seguintes.

É preciso estímulos a quem produz para que mais produções e criatividades aconteçam em benefício da tradição, da história de um grupo, de um país, do Planeta Terra. A cultura específica de um povo, é apenas uma parcela que faz parte da Cultura Geral do mundo. Pensemos nisso.

Casa de Cultura de Santana do Ipanema.

Toda honra e toda glória ao Grande Arquiteto do Universo.

SALA DE RECEPÇÃO NA CASA DA CULTURA (FOTO: B. CHAGAS/ARQUIVO)

 

 


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terça-feira, 2 de agosto de 2022

 

O BERRO DO BOI

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de agosto de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.745

 



Meu amigo quer fazer um churrasco, mas não sabe a melhor carne a ser usada. Independente do preço muita gente não sabe também qual é o melhor pedaço do boi. Essa polêmica presenciei nos anos 60 entre boiadeiros e fazendeiros. Cheguei à conclusão que todo o questionamento é questão de gosto. Um dizia: “A melhor carne do boi é a chã de fora”. Era rebatido: “De fato é gostosa, mas é dura, prefiro a chã de dentro”. Um terceiro: “A melhor carne é o filé”. Novo rebate: “Não gosto, só fede a mijo”. Resolvemos dá uma forcinha, mas continua sendo uma questão de gosto. As carnes geralmente são chamadas de primeira e de segunda conforme a parte do boi de onde é retirada. A traseira é considerada de primeira e ali estão as chamadas carnes nobres; a dianteira são as de segunda, mais ou menos assim distribuídas:

Na traseira da rês estão, de cima para baixo na anca do boi: Picanha, lagarto, chã de fora, chã de dentro, patinho. Mais abaixo Alcatra, maminha da alcatra, fraldinha, ponta de agulha e músculo

Dianteira: Acém, pescoço, peito, paleta (perna).

No meio da rês: de cima para baixo: filé mignon, filé de costela, contrafilé, capa de filé e aba de filé.

Assim fomos a um churrasco delicioso e na medida, como dizem por aqui. Mas o comandante da festa diz: “Não perguntam nem que tipo de carne está no prato?”. E nós: “Quando terminar a brincadeira, perguntaremos”. Parece até um sacrilégio falarmos sobre churrasco no Brasil nesses dias em que muita gente estar passando fome, comprando osso e vendo carne de boi somente na propaganda.

Mas no Brasil, o boi estar representado em todas as Grandes Regiões, até mesmo na Amazônica onde o gado é introduzido na marra. Quem não gosta do boi neste País, gosta da vaca. Quem lembra do filme “Vidas Secas”, baseado no livro de Graciliano Ramos?! Aparece um folguedo de Guerreiro onde o boi é cantado dramaticamente. E enquanto vamos exportando carne bovina para o resto do mundo, o preço do boi gordo dispara nesta nação e dá um coice dos diabos na refeição diária de boa parcela da população.

E com esse desembesto nos preços, churrasco agora só se for do Bumba-Meu-Boi que berra nos festivais de Maceió.

BERRO DO BOI (FOTO: DANILO)

 


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