quinta-feira, 25 de agosto de 2022

 

DIA GRANDE

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de agosto de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.758


Encerrei minhas atividades do Magistério, justamente na Escola Estadual Prof. Aloisio Ernande Brandão, quando me tornei jubilado, com muita honra. Esta unidade de ensino, antes de se tornar escola, pertencia ao Colégio Estadual Deraldo Campos, em Santana do Ipanema.   Um pouco separada do prédio, funcionava uma carpintaria como uma espécie de departamento de artes, da mesma escola. Depois esse “departamento” ficou independente, virou mais uma unidade de Ensino e passou a ser conhecido popularmente por “Cepinha”, numa referência ao CEPA de Maceió.  Ao falecer o primeiro diretor da Escola Estadual Deraldo Campos, Mileno Ferreiro da Silva, esta escola passou a utilizar outro título com o nome desse primeiro diretor que ali comandara durante 20 anos. E ao falecer o prof. Ernande Brandão (meu professor e depois colega de trabalho) o “Cepinha”, passou a ser chamado oficialmente Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão.

 Na última quarta-feira (24) estive fazendo uma rápida visita ao antigo CEPINHA, quando fui surpreendido por uma recepção emocionante diante de tantos professores novos, alguns chegado de estado vizinho e querendo me conhecer. Apresentado pelo professor Marcello Fausto, coordenador, à plêiade que estava na hora da merenda, deixou-me com lágrimas nos olhos diante de tanto carinho e reconhecimento tanto como ex-professor de Geografia quanto pelo currículo de escritor. Fiquei de retornar com tempo maior para uma palestra mais apurada naquela auspiciosa unidade, onde será lançado o livro “Canoeiros do Ipanema”, como primeira escola.

No mesmo dia recebo em casa meu futuro editor de um clássico do cangaço, com características acadêmicas: “Maria Bonita, A Deusa das Caatingas”, inédito e, que segundo meu editor, será lançado, além de Santana do Ipanema, no próximo encontro do movimento “Cariri Cangaço”. De quebra ainda coletei dois milagres do padre Cícero, reproduzi, acrescentei fotos e numerei no futuro livro: “100 Milagres Inéditos do Padre Cícero”.

Por tudo isso não poderia dizer ao contrário. Foi de fato um dia grande, proveitoso e evolutivo para a nossa Cultura sertaneja e alagoana.

Quem caminha com o Mestre dos Mestres, não caminha sozinho.

ESCOLA ESTADUAL PROF. ALOISIO ERNANDE BRANDÃO (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).


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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

 

MACONHA PASSADO E PRESENTE

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de agosto de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.757

 



Os principais órgãos noticiosos do estado, colocaram a “página de trás” dos jornais impressos nas manchetes da primeira. Em um site alagoano, por exemplo, a que eu chamo “site da miséria”, não publica uma só notícia boa. Estupros, assaltos, roubos, afogamento, acidente de trânsito e crimes de morte, são a rotina desse site. Uma apreensão de maconha no Sertão é motivo de manchete, foto extraordinária e matéria de dois dedos. Nem sabemos mais se maconha tem tanto sucesso assim como chamariz nas redes sociais. As drogas pesadas passaram à frente da maconha e esta, pelo visto, passou a ser “fichinha” e se banalizou.

Durante os anos 60, maconha causava reboliço nos quadrantes das Alagoas. Grandes reportagens da época motivavam enorme interesse nos leitores que procuravam imediatamente os nomes dos envolvidos no tráfico e nos plantios sertanejos apreendidos. A POLINTER agia com grande estardalhaço da imprensa e todo o produto apreendido nas “badaladas” diligências era exposto na porta da delegacia, ensacado, seco pronto para uso ou verde aos montes. Nessas ocasiões o público se dirigia até o Aterro, onde ficava a delegacia, para conhecer o que era maconha, suas diversas etapas e os grandes plantadores presos. Geralmente a maconha vinha de plantações de focos tradicionais conhecidos: povoado São Félix, povoado Pedra d’Água dos Alexandres, grotas da serra da Caiçara, em Maravilha ou da região de Mata Grande.

As pessoas tinham medo do fumador de maconha, considerado marginal e perigoso. Os cigarros eram consumidos em lugares mais distante dos casarios: serrote do Cruzeiro e Campo de Aviação, tinham a preferência desse pessoal, segundo conversas de cochichos nas ruas. O alto traficante e o plantador da erva, também eram temidos, porque eram bem de vida, viviam na sociedade onde gozavam de bastante prestígio, até à descoberta oficial da polícia e os escândalos causados pelos reboliços das prisões.

Portanto, hoje com tanto pedido de legalização da maconha, essas manchetes sensacionalistas, parecem andar contra o vento. E um site que não procura notícias proveitosas para a sociedade, onde só prolifera o horror e suas fontes negativas, estar servindo a que tipo de força espiritual?

MACONHA VERDE (CRÉDITO: DEPOSIT FHOTO)

 

 

 

 


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