segunda-feira, 7 de novembro de 2022

 

TRABALHO PRONTO

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.796


Uma vez resgatada a história da “Igrejinha das Tocaias” e dos “Canoeiros do Ipanema”, chegou a vez da história do ciclo dos “Curtumes, da Sola e das Fábricas de Calçados” que muito fizeram progredir Santana do Ipanema. Vale salientar que não havia uma linha, sequer, dessas histórias registradas nos anais da cidade. Estamos, portanto, na fase final do nosso resgate, da lapidação da obra para estudarmos as possibilidades de publicação. O trabalho tem início com referência ao “Ciclo do Couro ou do Gado” no Brasil e no Nordeste e depois em Santana do panema. Remontamos ao tempo em que Delmiro da Cruz Gouveia, construiu a estrada Pedra a Palmeira dos Índios, com ramais para Garanhuns e Quebrangulo. Época de Santana/vila, cuja estrada passou por dentro da urbe e nos lugares Maniçoba e Bebedouro, subúrbio citados no primeiro documento que se conhece de Santana do Ipanema.

O Ciclo da Sola e do Couro, não deixa de citar a “Matança”, a Intendência, os donos de curtumes, proprietários de fábricas de calçados, as transações comerciais ,muitos detalhes e fatos curiosos dessa época. O objetivo foi alcançado graças às entrevistas e boa vontade do Senhor Daniel Manoel Filho, funcionário aposentado do DER – Departamento de Estradas e Rodagens, com 81 anos e que trabalhou desde criança em todos os curtumes que havia no subúrbio Maniçoba/Bebedouro.  O tema em questão transporta a geração atual para a fase de ouro de Santana, “Terra dos Carros de Boi” e mostra com incríveis detalhes o comércio de cinzas, couro, sola, cal e angico.

Esse trabalho correu paralelamente à maratona pelos “100 Milagres Inéditos do Padre Cícero Romão Batista” e que está chegando gloriosamente à metade do que foi proposto. Às vezes essas obras extras, tiram um pouco o foco da crônicas diárias e que somos obrigados a intercalar dias para elas.

O tempo, nesta manhã da segunda (7) acha-se nublado e chuvoso. Não faz frio intenso, mas existe muita humidade no ar. Favorece o recolhimento para as escritas que, por certo, serão utilíssimas para os futuros pesquisadores e para essa nova geração santanense.

SENHOR DANIEL MANOEL FILHO, O HOMEM QUE AJUDOU A DESVENDAR NOSSO PASSADO (FOTO: B. CHAGAS).


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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

FREI EMOÇÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 3/4 de novembro de 2022

Escritor Símbolos do Sertão Alagoano

Crônica: 2.795

 

Já no cair da tarde do dia 28 passado, Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, entrou numa agitação gigantesca. É que a caravana palmeirense que conduzia a estátua de 15 metros de Frei Damião, de Petrolina, onde fora esculpida, ao Distrito de Canafístula, percorreu parte da cidade de Santana, numa estratégia de arrebanhar turistas e devotos para aquele progressista distrito de Palmeira dos Índios. A estátua de Frei Damião, encomendada em Petrolina, ao escultor Ranilson Viana será colocada no seu pedestal no recém construído Santuário, no próximo dia 6 de novembro dia de aniversário do “Santo do Nordeste”. A estátua, dividida em pedaços montáveis foi conduzida por carretas, acompanhadas por caravana e, à frente, batedores da Polícia   Rodoviária Federal.

O distrito de Canafístula às margens da BR-316, no município de Palmeira dos Índios, era um dos lugares escolhidos por Frei Damião como sede das suas pregações. Graças aos seus movimentos religiosos, proximidade com a sede e fertilidade das suas terras, o distrito saiu do anonimato, cresceu, evoluiu e hoje tem o reconhecimento não só de Palmeira dos Índios, mas de todo o Agreste e além fronteiras como lugar desenvolvimentista e turístico religioso. A fé em Frei Damião continua indestrutível no estado e em todo Nordeste, fazendo com que o distrito de Canafístula tenha destaque nacional e cultive o turismo religioso e suas romarias alimentadas pelos devotos do Frei. Padre Cícero e Frei Damião são figuras de alto relevo nos corações nordestinos, porém, cada um com estilos diferentes e no mesmo objetivo de servir ao Senhor.

Não sabemos se oficialmente ou não, temos nos meios sociais a referência àquele distrito como “Canafístula Frei Damião”. E agora, com o santuário que terá sua inauguração dia 6 de novembro e a estátua do santo que, com o pedestal terá vinte metros de altura, tem tudo para ser um atrativo nacional. Além das romarias que irão alavancar a economia municipal, faltou dizer que o lugar é referência na cultura e na festa da pinha doce. Sua feira de animais adquiriu fama, principalmente referindo-se a bois e cavalos.

E, em Santana do Ipanema, depois do espetáculo rodoviário com o Frei, com certeza as romarias santanenses serão duplicadas rumo ao Distrito aglutinador.

 

ESTÁTUA DE FREI DAMIÃO EXIBIDA EM CARREATA, NO ANOITECER DE SANTANA DO IPANEMA (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES).

 



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