segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

 

ARAÇÁ

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.813

 



Vamo-nos voltando para o mundo sertanejo, indo para o interior na continuada pesquisa literária. Convidado por amigo, se Deus quiser estaremos no sítio Curral do Meio I, onde nossos interesses imediatos estão em compasso de espera. E num tour pela zona rural deveremos descobrir secundariamente se uma fruta da região já foi extinta. Isso porque iremos também a uma comunidade chamada Araçá. E quando se fala em Araçá, no município de Santana do Ipanema, temos que distinguir entre três lugares longes um do outro com a mesma denominação, saber qual é o rumo que deve ser seguido. Araçá é o fruto do araçazeiro, arvoreta de cerca de 6 metros de altura e que havia em abundância em nossa região. Hoje parece extinto e representa apenas a denominação dos três sítios que atestam sua antiga existência.

O araçá, dizem os que o conheceram, tem a aparência de uma goiaba, pode ser vermelho ou amarelo e é rico em vitamina “C”. Do araçá também se faz licores e sorvetes, supondo que seja um fruto bastante saboroso. Em um dos sítios Araçá, foi construída uma barragem que era considerada a maior do município, gestão Nenoí Pinto. Sempre no balançamos para conhecê-la, mas faltou oportunidade: Atualmente foi a barragem superada pela moderna represa construída no riacho João Gomes. Diz o amigo que o nosso rumo será para o sítio Araçá que fica na região do povoado São Félix, antes denominado Quixabeira Amargosa. E se iremos outra vez à zona rural é porque a força extraordinária do padre Cícero Romão Batista continua viva e atuante na cidade e no campo do nosso Nordeste.

Já passamos da metade da nossa proposta inicial de 100 milagres nordestinos, inéditos. E na certa, retornaremos dos sítios Curral do Meio (segunda vez) e Araçá, com mais 3 ou 4 relatos testemunhos para engordar o nosso trabalho sobre o “Patriarca do Juazeiro”, uma vez que já encerramos o nosso livro documentário Santana: Reino do couro e da sola e que está merecendo a apreciação e prefácio do escritor Marcello Fausto, também companheiro e devoto em nossas pesquisas sobre o padre Cícero.

Que pena, ainda não haver asfalto para os nossos outros povoados à semelhança de Areias Brancas, bafejado pela BR-316.

Saúde e paz! O resto a gente corre atrás.

ARAÇAZEIRO (FOTO: INSTITUTO BRASILEIRO).

 


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domingo, 11 de dezembro de 2022

 

ATACAMA

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.812



 

Vamos fugindo do Brasil para o Chile e caminhar no deserto de Atacama, o deserto mais seco e mais alto do mundo. Tem o formado comprido norte-sul e possui cerca de 1.000 km de extensão, chegando até a fronteira com o Peru. Raramente chove no Atacama porque as correntes marinhas frias do oceano Pacífico, impedem que a umidade das nuvens chegue até a altura do deserto, fazendo com que a precipitação ocorra ainda próximo ao próprio oceano. A maior parte do deserto é composta por terreno pedregoso, lagos de sal (salinas) e areia Sua temperatura varia entre zero grau (noite) e 40 graus (dia).

Existem poucas vilas e cidades no deserto, uma delas, bastante conhecida, é São Pedro de Atacama, e que tem pouco mais de 5.000 habitantes. Está situada a 2.400 metros de altitude. Ali chega mochileiros, fotógrafos, astrônomos, cientistas, pesquisadores, motociclistas e aventureiros. Possui vida noturna e agitada com seus bares e restaurantes.

O Atacama produz lítio e cobre, ambos importantes para a indústria mundial moderna.

Quanto a sua flora, podemos encontrar árvores de pequeno porte como a pimienta e o algarrobo; arbustos como chanhar e plantas anhanhuca e a brea, nos vales e nas precordilheiras e cactos nas serras, principalmente.

Os animais que compõem a fauna daquele deserto são: vizcachas (parecidas com chinchilas), o condor, o flamenco, o zorro, o puma, a Águila mora. Mas também, lagartos, cobras, pássaros e mamíferos como o guanaco.

A beleza que Deus criou acha-se espalhada pelo mundo inteiro, desde as regiões geladas às absolutamente castigadas pelo Sol. A riqueza também se encontra em várias formas em todas as regiões do planeta, na terra e no mar, depende da cobiça humana e das tecnologias de exploração. Veja como exemplo a nossa própria região sertaneja quando nos longos períodos de secas, o subsolo de rios e riachos secos alimentaram a população com a água salobra das suas entranhas.

O plano natural do planeta Terra é perfeito, mas depende do conhecimento e da ótica de quem enxerga.

DESERTO DE ATACAMA (FOTO: ISPENCER).

 

 


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