quarta-feira, 12 de abril de 2023

 

NO COLÉGIO ESTADUAL

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de abril de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.863

 



Estudando para relançamento dos “Canoeiros do Ipanema”, documentário, na Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva, no próximo dia 19, pela manhã. Missão prazerosa em mostrar para alunos, professores e demais funcionários, esse episódio dos canoeiros que a nova geração ignora. Muito bom voltar ao lugar onde iniciei minha carreira profissional no Magistério e onde fui o primeiro diretor eleito, pela unidade. Assim aproveito também para rever o mundo do meu trabalho por tantos anos na vida.  Já no dia seguinte, estarei, se Deus quiser, na Escola Estadual Prof. Aloísio Ernande Brandão (Cepinha), para uma palestra sobre Santana do Ipanema e também relançamento dos Canoeiros para aquela plêiade da educação.

Na Escola Estadual, contaremos com o diretor Fábio Campos, escritor e prefaciador do nosso documentário. E no Cepinha, contaremos com o assessoramento do prof. e escritor Marcello Fausto, perito nos preparos de slides para palestrantes. E se numa escola iniciei minha carreira, no Cepinha eu a encerrei, mesmo faltando alguma coisa burocrata para a aposentadoria. E para falar sobre a história de Santana, precisamos saber se o tema é o miolo da história ou suas periferias (episódios relevantes, que escapam dos escritos). Os canoeiros, por exemplo ficaram na periferia e só agora os estamos resgatando, assim como as indústrias calçadeiras e os curtumes santanense, também resgatados agora com o título de “Santana: Reino do Couro e da Sola” e episódios da histórica “Igrejinha das Tocaias”. Tudo será desdobrado em nossas palestras dependendo do interesse das plateias.

E lá vai eu descobrir onde estão as fotos antigas, tempos em que só contávamos com o lambe-lambe para comprovar os textos. A da segunda cheia de Santana, 1960, canoeiros atravessando em canoas uma camioneta, vencendo o riacho Camoxinga, as pontes de madeira que eram levadas pelas cheias e multidão contemplando os estragos em 1915, a primeira ponte de cimento sobre o afluente do Ipanema em 1947, a margem direita do rio completamente desabitada, O grande poço do Juá que servia de cenários para os navegantes da época ou as últimas casas da Avenida Barão do Rio Branco início das aventuras fluviais dos heróis do Ipanema.

COLÉGIO ESTADUAL, INAUGURADO EM 1964 (FOTO: LIVRO 230, B. CHAGAS).

 


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segunda-feira, 10 de abril de 2023

 

PÉ–d’ÁGUA

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de abril de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.862



 

Um pé-d’água reforçado marcou a noite do Sábado de Aleluia, em Santana do Ipanema. Parece que o tempo aguardou pacientemente entre céu nublado, friezinha outonal, até a chegada da Aleluia. E no momento certo brindou a terra sertaneja numa comemoração ao homem que venceu a morte. Depois surgiu o céu quase limpo com uma “luazona” enxugadora de todas as lágrimas da Semana Santa. Antes, houve trovão, não muito forte, mas houve deixando o sertão sem saber se o caso era trovoada ou início do período chuvoso. Mas que foi uma homenagem ao Filho do Homem, foi, para que duvidar? O domingo de Páscoa amanheceu de sertão lavado, limpo qual pessoa que toma um banho. Sem dúvida, horas de meditação e cantoria de violeiros repentistas louvando a Natura.

Tudo isso nos fez projetar para o próximo verão, um tour pelas cidades alagoanas sertanejas, com o seguinte roteiro: Santana do Ipanema (saída), Poço das Trincheiras, Maravilha, Ouro Branco, Canapi, Inhapi, Mata Grande, Pariconha, Água Branca, Delmiro Gouveia, Olho d’Água do Casado e Piranhas. Voltando por Senador Rui Palmeira, São José da Tapera, Olho d’Água das Flores (talvez Carneiros e Olivença) e retorno a Santana do Ipanema. Um dia ou dois conforme o interesse que a maioria irá demonstrar. Até porque se for ver de tudo passaríamos semanas se deliciando com as atrações peculiares de cada uma dessas receptivas cidades. Esse roteiro não é aconselhável durante o inverno quando a liberdade de conhecer é delimitada pelas chuvas.

Já fizemos algo semelhante quando pernoitamos em São José da Tapera, por problema leve causado no veículo.  Bendito problema, pois foi uma noite de pousada muito agradável e mais um festejo de inauguração da praça principal. Estávamos retornando da cidade ribeirinha de Piranhas.  Deixe, amigo, amiga, sua zona de conforto da capital e venha conhecer o nosso médio, alto sertão e sertão do São Francisco. Aumente seus conhecimentos, desopilando o fígado, se encantando com tudo e voltando à capital novo e nova em folha. Deixe as mesmices das praias e venha conhecer um mundo novo onde o céu é mais largo e as estrelas têm mais brilho.

Coragem é bom para vista.

Estou indo...

CIDADE SERRANA DE ÁGUA BRANCA

 

 

 

 


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