terça-feira, 13 de junho de 2023

 

SÓ SE FAZ O QUE SE PODE

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.905


Sempre fui atraído pelos nomes das cidades Colônia Leopoldina e Porto Real de Colégio. Ambas nos extremos de Alagoas, uma no Norte e outra no Sul.  Bem que tentei uma pesquisa em Colônia que fica na região do rio Jacuípe, um dos pontos extremos de Alagoas, fronteira com Pernambuco. Queria aproveitar para conhecer a antiga Colônia Militar que recebeu a visita de D. Pedro II e da princesa Leopoldina e hoje tem esse simpático nome de Colônia Leopoldina. Ao mesmo tempo queria fotografar a famosa Curva Sul do rio Jacuípe. Não me foi possível apesar de tantos esforços individuais. Nem comunicação com a cidade de Jacuípe, consegui, na época. Contudo, consegui levar um grupo de alunos para conhecermos juntos o “ciclo do peixe”, na cidade de Porto Real de Colégio, Alagoas e Propriá, Sergipe.

Porto Real, cidade ribeirinha do Baixo São Francisco, foi ponta de trilhos e possui a ponte que liga o Nordeste ao Sudeste e Sul. Coisa que Penedo nunca conseguiu. No século XVII era habitada pelos índios: Tupinambás, Carapotas, Aconãs e Cariris. Com a chegada de catequistas jesuítas vindos da Bahia, houve um apaziguamento entre as tribos. Foi construída uma capelinha e, defronte, um convento e um Colégio com o nome de “Real”.  Daí a origem do nome Porto Real de Colégio e que bem poderia ter sido Porto do Colégio Real. A capelinha hoje é a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Mas voltando ao tema principal, vimos uma cidade simpática, limpa e ensolarada com cerca de 17 a 20.000 habitantes.

Não tive como pesquisar outras coisas em tempo curto. Fomos para o Vale do Marituba onde apreciamos com os criadores de peixe, o ciclo total desde o alevino ao “touro” adulto (machos enormes desenvolvidos unicamente para reprodução).  Após, partimos para a cidade de Propriá em solo sergipano, onde também a experiência do criatório em capinzal de arroz e do ciclo do peixe, compensou conhecermos hábitos e paisagens de outras regiões. Além de aula de campo – fruto de uma revolução geográfica que implantei no Sertão e quiçá em Alagoas – consegui conhecer a cidade do nome que me atraía. Chegamos à noite no retorno à Santana, com muito alunos dormindo cansados com as aventuras da aula e da viagem.

Quanto a Colônia Leopoldina, só se faz o que se pode.

IGREJA DA IMACULADA, PORTO REAL DE COLÉGIO (FOTO: FLICKR)


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segunda-feira, 12 de junho de 2023

 

CIDADES NOSSAS

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.904

 




No geral encontramos esses tipos de cidades: Administrativas, comerciais, industriais, universitárias, religiosas, militares e turísticas.

Administrativas – São aquelas cidades construídas especialmente para serem capitais, centros de administração política: Ex. Brasília, Washington, Canberra...

Comerciais – Seus movimentos econômicos estão no grosso do comércio. Caruaru, Campina Grande, Arapiraca, Santana do Ipanema...

Industriais – São aquelas que se desenvolveram em torno de fábricas e assim permanecem: Volta Redonda, Cubatão, Detroit...

Universitárias – São aquelas cidades, geralmente pequenos centros que giram em torno de uma universidade. Cambridge, Oxford...

Religiosas – São cidades ligadas às tradições religiosas, como função primordial. Aparecida, Juazeiro do Norte, Roma, Meca...

Militares – Têm função estratégica militar de proteção ou de interesse outros na área. Gibraltar...

Turísticas – São aquelas que atraem pelas suas belezas naturais, culinária, cultura, clima, história... Araxá, Poços de Caldas, Campos de Jordão, Garanhuns, Gramado, Penedo, Piranhas...

Uma cidade altamente famosa por uma das características acima, pode, entretanto, crescer em muitos outros setores e ser procurada em tudo, sem perder suas características originais.

Particularmente também a Urbe, pode não estar encaixada em nenhum desses conceitos apresentados e aparecer como cidade mineira (vivendo da mineração). Cidade boiadeira ou outra denominação vocacionada, porém, a cidade, grande, média ou pequena, quase sempre esbarra nos títulos já comentados. Para os estudos sociais mais avançados, a cidade por ter várias origens, não importa como seus habitantes sobrevivem, o que importa mesmo é a chamada “qualidade de vida” e que continua desigual, mesmo em países apontados como desenvolvidos. Portanto, meça os vários aspectos do lugar onde você mora e responda a sua própria indagação sobre Hospitais, coleta de lixo, mobilidade urbana, esgoto, abastecimento d’água e rendimento escolar comparado, entre outras coisas.

Lutar. Lutar é possível em todas as frentes para evoluir plenamente como deseja o Criador.

GARANHUNS – CIDADE DO FRIO.(PINTEREST).

 


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