terça-feira, 2 de abril de 2024

 

A TARDE É QUENTE

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3030



 

Os trovões passaram hoje à tardinha por Santana do Ipanema.  Negócio invocado. Às três e meia eu havia tirado uma foto do céu muito bonito: fundo azul e mancha branca soberba, completando o desenho Divino. Acabara de sair do Posto de Saúde São José, onde fora tomar vacina contra a Influenza. Mas ao chegar a casa, o céu transmudou-se para desmentir a foto (abaixo). Formaram-se, então, nuvens de chuvas escuras, mas não tão escuras assim. E eu, naquele velho costume sertanejo de interpretar os céus: afirmei que ela não viria para a cidade e, se viesse seria para trazer apenas um sereno. Sim, o tempo escureceu, o calor se acentuou, o vento foi modesto e os trovões ensaiaram seus arroubos. Desliguei tomadas, fiquei sem Internet, mas não passou disse, como eu previra.

Um sereno mesmo, apenas.  A água foi despejar em lugar mais distante, enquanto os trovões ameaçavam como quem dizia: “Não foi agora, mas logo voltaremos”. E cadê a Internet querer retornar! Melhor mexer nos meus romances inéditos do “Ciclo do Cangaço” e deixá-los no ponto de publicação quando chegar a hora. E novamente fui consultar o calendário que nos mostra ainda no início do outono. E de fato, pode começar o período chuvoso tradicional que para nós é de outono/inverno. Assim a fotografia de estio não saiu por mentirosa. E agora, minhas amigas e amigos, vamos  vivendo esses tempos esquisitos que começaram com a epidemia e não mais ousam retornar ao que era. E para que aguardar a gripe que já matou milhões por esse mundo velho de meu Deus!

Mostrei a marco do braço da vacina da infância na época do Grupo Escolar Padre Francisco Correia. A mesmo vacina contra a gripe espanhola que na época era aplicada com bico de pena de escrever arranhando a pele, deixando a marca para contarmos a história cerca de setenta anos depois. Continuamos, desde os tempos do grupo, acreditando na Ciência, na inteligência humana e usufruindo da evolução científica. Uma vacina de pena de escrever, de pistola, de agulha... E brevemente não invasiva. Mas a expiação na terra não terminará tão cedo.

Só resta ver o tempo e acreditar.

ANTES DOS TROVÕES (FOTO: B. CHAGAS).

 


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domingo, 31 de março de 2024

 

O BOI NA UNEAL

Clerisvaldo B. Chagas, 1 de abril de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 029

 



 Após sucessos de lançamentos do livro “O Boi, A Bota e a Batina; História Completa de Santana do Ipanema”, o BOI será lançado também na Universidade Alagoana, no Campus da UNEAL, em Santana do Ipanema. Sob a égide do confrade e professor Carlindo Lira – que também esteve no lançamento no Restaurante Sushi – o BOI promete berrar com fartura para os acadêmicos que querem mergulhar na história completa da “Rainha do Sertão” e consequentemente na história de todo o semiárido alagoano.  Santana do Ipanema é a mãe de oito municípios que a ela pertenciam. Portanto, a curiosidade acadêmica é fundamental para debates, pesquisas e surgimento de novas janelas enriquecedoras do nosso acervo santanense e sertanejo.

Recebemos inúmeras felicitações pela qualidade da Obra trazida a lume à sociedade nordestina e brasileira. Agradecemos as diversas manifestações de carinho do povo alagoano e de outros estados para onde o BOI foi exportado, tendo como exemplo, Paraíba e Rio Grande do Norte. Pena que algumas pessoas do grupo fechado dos 100, tenham se distraído e faltado ao compromisso assumido com o grupo e com a gráfica. Mas o Boi, a Bota e a Batina, com os poucos livros que restam, procuram sair de águas escassas para águas mais profundas. Assim, no próximo dia 17 de abril, se assim o bom Deus nos permitir, estaremos no Bairro Lagoa do Junco, onde se encontra o majestoso edifício da UNEAL à margem da BR-316, saída para Maceió.

Aliás, o Bairro Lagoa do Junco que abriga inúmeras repartições públicas importantes, é descrito no livro acima sobre seu surgimento e expansão. Cada página da História de Santana é uma novidade, uma surpresa, mina de diamantes para os amigos do conhecimento e da cultura geral. Desde quando o rei de Portugal proibiu a criação de bovinos na zona da Mata canavieira, que o boi vagueia pelos sertões nordestinos e que nós continuamos a agradecer a Providência divina em virarmos todos vaqueiros diretos ou indiretos desse animal sagrado que tanto impulsionou a nossa Economia.

Boi Bumbá, Boi Mamão, Bumba Meu Boi...  BOI NA UNEAL.

Viva o novo lançamento do Boi, a Bota e a Batina...

LANÇAMENTO NO RESTAURANTE SUSHI.


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