quinta-feira, 2 de maio de 2024

 

JARAMATAIA E O AÇUDÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 039

 



Não há dúvidas em que a maior atração da cidade de Jaramataia é o seu enorme açude. Aliás, o açude de Jaramataia é considerado o maior do Sertão Alagoano e se estende da cidade ao povoado São Pedro em cerca de cinco quilômetros. Foi construído pelo DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – na década de 60. Esse cartão postal do povo jaramataiense, é formado pelo riacho do Sertão, afluente do famoso rio Traipu que é um dos grandes afluentes do rio São Francisco. Vale salientar que a cidade de Jaramataia é a porta de saída do sertão para quem vai para Arapiraca e a primeira retornando ao semiárido O açude foi construído para minorar os períodos de seca com abastecimento para humanos e animais daquela região.

Apesar do tempo construído, o açude continua prestando relevantes serviços à população da cidade e do seu entorno com irrigação, como bebedouro e lugar de criação de peixes, que até já possui uma colônia de pescadores. Ali se pesca corvina, piaba, xira, piau e tilápia, proteína animal que auxilia no cardápio cotidiano. A cidade também lucra nas visitas turísticas que procuram o açude como atração sertaneja. Afinal, são mais de 19 milhões de metros cúbicos de água. Mas têm razão as autoridades em inspecionar as condições de manutenção e segurança da obra seguindo o ditado do povo: “É melhor prevenir do que remediar”. Bastam as tragédias em reservatório de água que pipocam por esse Brasil inteiro, sobressaindo obras de mineração em Minas Gerias.

Enquanto isso, o Açude do Bode, formado pelo riacho do Bode em Santana do Ipanema, continua praticamente sem serventia. Também foi construído pelo DNOCS na década de 50 e nunca tivemos uma notícia de associação de pescadores, de limpeza, de manutenção. Apesar de ser um agradabilíssimo ponto turístico, é como se não existisse. Não é extenso como o de Jaramataia, indo em torno de 1 quilômetro. A última vez que estivemos por ali, a grama do paredão que evita as erosões, era quase uma floresta que deu trabalho encontrarmos alguma brecha para uma foto do espelho d’água. Após a construção pelo DNOCS, ali foram colocados alevinos do cará-zebu, mas hoje nem sabemos de nada, porque nem sequer notícias você tem do açude do Bode. Afastado da cidade em torno de 2 Km, o citado açude está ameaçado pela expansão do Bairro Lagoa do Junco. Dizem que “C. de bêbedo não tem dono.

 AÇUDE DO BODE (FOTO: B. CHAGAS – Livro 230).

 

 

 

 

 

 

 

 


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terça-feira, 23 de abril de 2024

 

HOMENAGEM A CLERISVALDO

Clerisvaldo B. Chagas, 24 de abril de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.036




Fiquei devera feliz com a homenagem recebida pela prefeitura local através da Escola Durvalina Pontes. Uma turma de nono ano, atenta e estudiosa, era a plateia preparada para homenagem ao escritor Clerisvaldo B. Chagas. Apresentação do autor, observações diversas e curtas, perguntas e respostas e um resumo relevante de passagens do autor pela história santanense. Alguns alunos também apresentaram seus dotes poéticos e foram apontados aqueles que nutrem vontade de se tornarem escritor no futuro. As homenagens aos escritores estavam distribuídas pelas diversas escolas municipais neste dia que antecede a Emancipação Política do município. Além de um diálogo franco e sereno, trouxe para casa um troféu relativo à cidade, uma camiseta estampada com várias obras da minha autoria, uma chuva de aplausos que bem tocou meu coração e o reconhecimento literário do autor.

No momento estamos fazendo essa crônica de agradecimento, mas esse trabalho diário irá escasseando diariamente uma vez que agora que lançamos o livro O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, voltamos nossas atenções para deixar no ponto de publicações os quatro romances ainda inéditos: DEUSES DE MANDACARU, FAZENDA LAJEADO, PAPO-AMARELO (rifle) e O OURO DAS ABELHAS, todos do ciclo do cangaço, assim como os dois já publicados RIBEIRA DO PANEMA E DEFUNTO PERFUMADO. Quem não adquiriu O BOI, A BOTA E A BATINA, não adquire mais. Foram todos vendidos. Estão esgotados. Também não se cogita uma 20 edição. Vamos para mais um ditado popular sertanejo: “Quem viu vovó, viu; que não viu não mais verá!”.

Também estamos trabalhando com o documentário: O FANTÁSTICO MUNDO RURAL SANTANENSE, trabalho inédito no Brasil e tão profundo e de alto nível quanto o BOI e a BOTA. Daí a falta de tempo para se dedicar totalmente a crônicas diárias. Entretanto, o reconhecimento aos nossos trabalhos, nos dá forças para continuarmos a produzir o conhecimento e o belo para deleite das almas brasileiras.

Agradecemos profundamente aos que nos ajudaram a publicar a História de Santana, aos que esgotaram o nosso estoque e aos que nos homenagearam. Abraços e beijos!

ESTAMPA EM CAMISETA DE HOMENAGEM (FOTO: B. CHAGAS).

 

 


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