terça-feira, 14 de maio de 2024

 

O OURO DAS ABELHAS

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.046

 



O cenário do romance “O Ouro das Abelhas”, é o Sertão alagoano, mais concentrado no povoado fictício de São Bento. Um caso de morte de moça inocente, por três cabras de Lampião, faz trabalhar o curador e místico vidente “Seu Francelino”, no sonho dourado e misterioso de Angelim, vulgo Tenente. Além da espiritualidade acompanhando o romance, a ação de cangaceiros no povoado São Bento, causa comoção nos seus habitantes e no leitor. Mas a viagem de noivos do Ceará às Alagoas, furando a caatinga bruta e enfrentando malfazejos organizados, faz surgir heróis populares de coragem ímpar. Você vai conhecer Tenente, João Tetê, Mocinha, Dodô, Galo Preto, Zé Quilombo e o mundo paisagístico da caatinga outono/inverno.

Mas o povoado São Bento mostra seus folguedos, paixões, danças, missas, amor, invasões, assaltos e balaços mortais nas estradas arenosas. Invejas comerciais   procuram sustar o progresso lento e crescente do arruado, onde o carroceiro Cololô filho de cangaceiro preso é vítima de emboscada, revolta-se e faz vingança provocando sinistro na cidade. Mas, cena de pedofilia leva à morte violenta de Cololô, prolongando a saga de Tenente, Mocinha, Jove e João Tetê. E se o povoado São Bento é cerne dos acontecimentos, as fazendas Angelim, Araçá e Santa Fé, complementam muito bem a história que conta o segredo do Ouro das Abelhas

O romance se passa em torno do ano em que mataram Lampião, 1938, numa ficção tão real que às vezes se assemelha a autêntico documentário de época. Uma gana de informações paralelas, induz o leitor e leitora a pesquisar em outras fontes a história palpitante entre o bem e o mal. As ligações físicas entre fazendas, povoado e cidade, tempera em grandes proporções o romance histórico/regionalista que por certo irá encantar os apreciadores de romances, novelas filmes e seriados.

E como foi dito anteriormente, os quatro romances de Clerisvaldo B. Chagas, serão lançados todos de uma vez, vendidos em Kit ou individualmente. Não haverá lançamento em Maceió, (poderemos até mudar de ideia) mas haverá uma central de entrega aos que encomendarem os livros com responsabilidade. Avisaremos amplamente aos nossos leitores quando da proximidade do futuro evento em Santana do Ipanema. Agradecidos estamos.

 

 

 

 


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segunda-feira, 13 de maio de 2024

 

PAPO-AMARELO

Clerisvaldo B. Chagas, 14 maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.045

 



Romance/aventura/ações do início ao fim. Saga que se inicia no Sertão de Alagoas e penetra no Sertão baiano do São Francisco. Uma verdadeira epopeia acontece quando uma mulher casada sofre um suposto sequestro e um secretário de estado contrata um pequeno grupo civil para o resgate.  É assim que você vai conhecer Petrônio, Godói Arruda, Brasiliano, Aniceto, Maria Bela, Dorinha Pinto, Balinha, Bartira, Berenice... A paisagem do São Francisco, o vazio da caatinga baiana, as paixões exacerbadas de alguns personagens, participar de tiroteios de finais empolgantes e entrar em um mundo encantado dos sertões nordestinos. Além da narrativa paisagística, o diálogo rico e atrativo dos personagens, levam o leitor ao sonho de não querer acordar, isto é, de não querer largar o livro tão amigo da sua alma.

Papo-amarelo, tipo de rifle de repetição que tinha a culatra amarela, foi a grande sensação armada do tempo do cangaço. Usado pela população, por cangaceiros e coronéis, em algumas ocasiões também foi distribuído pelo governo em lugares do semiárido para defesa contra hordas de cangaceiros. É assim numa época de insegurança militar e ameaças constantes de secas prolongadas onde o grupo de resgate atua com esperança de êxito e inúmeros perigos na estrada que vai cativando o leitor exigente. Papo-amarelo é uma ficção tão forte que se assemelha a uma história verídica vivida pelo leitor ou leitora. Afora os personagens do grupo de resgate, surge grupo de capangas que equilibra o romance entre o bem e o mal.

O rastejador Zé Praxedes também é uma atração à parte numa perseguição prolongada na caatinga, onde vários segredos da profissão são mostrados. Mas você também pode gostar do modo de ser de Sabino, chefe da capangada, Vagareza, Passarinho ou Mané Sinhô, personagens que também sabem conquistar a sua simpatia. Tanto a paisagem do Sertão baiano do São Francisco quanto a paisagem do Sertão alagoano, vão se delineando na mente do leitor que ansioso aguarda o desfecho de cada página, cada secção, cada capítulo dinâmico de Papo-Amarelo. E no final do suposto sequestro, a surpreendente decisão de entrega da vítima ao coronel e secretário de estado, representa um dos ápices do romance de Clerisvaldo B. Chagas.

CHEIA DO SÃO FRANCISCO PRESENTE NO ROMANCE. (FOTO: AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

 


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