domingo, 11 de agosto de 2024

 

AUMENTE SEUS CONHECIMENTOS

Clerisvaldo B. Chagas, 12 de agosto de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.086

 



Quando o ex-dirigente de Santana do Ipanema, governador em exercício, padre Capitulino de Carvalho teve que vir a Santana para resolver problemas entre o dirigente da cidade e os funcionários, viajou no trem de Maceió a Viçosa. De Viçosa a Santana do Ipanema, veio a cavalo com uma comitiva em torno de 100 cavaleiros. Isto no início da era 1920 quando era esta as condições de estradas. Foi recepcionado no subúrbio santanense Maniçoba/Bebedouro por onde passava a estrada para Palmeira dos Índios, Quebrangulo e Garanhuns, vinda da antiga vila da Pedra (hoje Delmiro Gouveia). Houve muita poeira, bombas e foguetes na recepção política. Ao deixar aquela região de subúrbio, os cavaleiros dirigiram-se ao comércio de Santana, pela Rua do Sebo (hoje Antônio Tavares) onde foram recepcionados por uma das bandas de música defronte a chamada Cadeia Velha, nessa mesma Rua. Ao deixarem o lugar, a outra banda musical já aguardava no centro do comércio, onde houve discursos de toda ordem.

Este fato histórico e muito mais, estar registrado em uma das crônicas do nosso escritor da época, Oscar Silva. Mas também estar reproduzida no livro resgate de Clerisvaldo B. Chagas, SANTANA, REINO DO COURO E DA SOLA. Este é um livro que ainda vai ser lançado, porém, já se encontra à venda no Restaurante Santo Sushi, no Bairro Domingos Acácio, em Santana. É uma Santana do Ipanema de uma época que só os mais velhos conheceram. Portanto, vá até ali e adquira seu exemplar que é o único registro sobre o amplo assunto abordado que se conhece.

Também estão à exposição os quatro mais novos romances do autor, ciclo do cangaço. Em breve, estaremos lançando os cinco livros oficialmente. Em breve também estremos com mais dois livros na praça: “Barra do Ipanema, um Povoado Alagoano”, documentário do povoado de Belo Monte, onde fica a foz do rio Ipanema. E “Padre Cícero, 100 Milagres Nordestinos (Inéditos) ”. Este será gratuito e de preferência para os romeiros do Padre Cícero. Será lançado na maior romaria de Alagoas, na Pedra do Padre Cícero em Dois Riachos no dia 20 de julho de 2025, se Deus quiser.

CAPA SURREALISTA DE BURROS CARGUEIROS AO ANOITECER.

 


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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

 

MUSEU É MUSEU

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de agosto de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.085



 

Em 1951, entre as gestões de Abílio Pereira, Ulisses Silva e Adeildo Nepomuceno (os dois primeiros provisoriamente naquele ano) foi construído um prédio estreito à Avenida Nossa Senhora de Fátima, que iria servir como multiuso para a prefeitura local, em Santana do Ipanema. Inúmeras funções variadas foram ali dentro feitas e que ainda hoje continuam. O edifício se mantém de pé. Tão discreto, tão sumido, tão humilde que não chama atenção de ninguém. Defronte a famoso restaurante, bem perto da Câmara Municipal que são estrelas, não brilha o invisível edifício com seus respeitáveis 73 anos de existência. Foi ali que em 1959, oito anos após a sua construção, foi inaugurado o primeiro e único museu da cidade. Gestão do “Prefeito Cultura”, Hélio Rocha Cabral de Vasconcelos.

Passei muito por ali em busca do Saber no Grupo Escolar Padre Francisco Correia. Graças a percepção do prefeito Hélio Cabral, a história do nosso município e do Sertão materializou-se nos inúmeros objetos populares e elitistas catalogados pelo museu. Mesmo sendo uma época difícil de conscientização cultural ampla, o museu da Avenida deus os primeiros passos para essa consciência e que logo se tornou pequeno no que tange as limitações do prédio e, no futuro foi transferido para um casarão relíquia bem no centro comercial da urbe. A única peça quem me vem à lembrança ainda naquele prédio, é uma roda e um farol do carro do pioneiro Delmiro Gouveia. Peças essas levadas para o museu de Palmeira dos Índios, segundo os mais velhos e que agora chegou o tempo de cobrar à volta.

Esses prédios históricos, por mais humildes que sejam e que prestaram relevantes auxílios no desenvolvimento municipal, são como nós os humanos com suas paredes impregnadas de sabedoria, mas dentro de quase total falta de compreensão. E por mais forte que seja o nosso museu, precisa entrar na era dos museus dinâmicos e modernos iguais aos mais avançados do País. É preciso um novo edifício com arquitetura futurista e um espaço imenso para abrigar tecnologias e novos quadros de nossas áreas culturais e históricas. Hoje, um museu dentro deste Século XX, é também uma grande fonte de divertimento e lazer e não apenas uma casa velha de amontoar o que não presta. Parabéns, prédio da Avenida, pelos seus 73 anos de existência.

MULTIUSO DA AVENIDA EM 2013. (FOTO B. CHAGAS/ LIVRO 230, ICONOGRÁFICO AOS 230 ANOS DE SANTANA DO IPANEMA).

 

 


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